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REPORTAGEM<br />
REPORTAGEM<br />
ÁREA TEMÁTICA REPORTAGEM<br />
|CIÊNCIA<br />
será um destino para astronautas e<br />
investigações científicas, bem como<br />
um porto para a exploração do<br />
espaço profundo tais como veículos<br />
tendo por destino a superfície lunar<br />
ou veículos em viagem para outros<br />
destinos para lá da Lua.<br />
Por seu lado, a Rússia continua<br />
«presa» na órbita terrestre e são<br />
incertos os seus planos de futuro<br />
que orbitam entre a exploração<br />
tripulada da Lua e a construção<br />
de uma nova estação espacial. No<br />
entanto, e com sérios problemas<br />
de financiamento da exploração<br />
espacial, não se espera que venha<br />
a avançar de forma independente,<br />
podendo haver uma associação aos<br />
programas de exploração espacial<br />
internacionais. Entretanto, prossegue<br />
nos estudos para o desenvolvimento<br />
de uma cápsula espacial parcialmente<br />
reutilizável, a Orel, e de novos vectores<br />
de lançamento, tais como o foguetão<br />
Soyuz-5, preparando-se para lançar<br />
novos módulos para a ISS.<br />
A Índia também prepara um<br />
programa espacial tripulado, o<br />
Gaganyaan, que pretende desenvolver<br />
uma cápsula espacial com capacidade<br />
de dois ou três tripulantes e que possa<br />
permanecer em órbita durante sete<br />
dias.<br />
Ao mesmo tempo que os Estados<br />
Unidos e os seus parceiros dão os<br />
passos em direcção à Lua, a China<br />
inicia a construção da sua estação<br />
orbital modular, a Tiangong, tendo<br />
também já iniciado os estudos para<br />
viagens tripuladas à Lua. Com os<br />
preparativos a decorrer em Wenchang,<br />
o primeiro módulo da estação espacial<br />
chinesa Tiangong, o Tianhe-1, será<br />
colocado em órbita em Março ou<br />
Abril de <strong>2021</strong>, pelo segundo foguetão<br />
Chang Zheng-5B. Com uma massa<br />
de cerca de 20.000 kg, o módulo<br />
irá ser colocado numa órbita com<br />
uma altitude média de 393 km e irá<br />
servir de núcleo da estação espacial<br />
Tiangong. Os módulos Wentian e<br />
Mengtian serão módulos científicos<br />
com uma massa de cerca de 20.000<br />
kg e que serão utilizados para levar<br />
a cabo experiências nas áreas das<br />
ciências da vida, biotecnologia,<br />
física, ciências dos materiais,<br />
microgravidade, etc. Um outro<br />
módulo experimental, o Xuntian,<br />
será um telescópio espacial com um<br />
espelho de dois metros de diâmetro.<br />
Após o lançamento do módulo<br />
Tianhe-1, a China irá lançar o veículo<br />
de carga Tianzhou-2 em Abril e que<br />
irá acoplar com o Tianhe-1 de forma<br />
automática.<br />
A cápsula espacial tripulada<br />
Shenzhou-12 será então lançada pelo<br />
foguetão Chang Zheng-2F/G a partir<br />
do Centro de Lançamento de Satélites<br />
de Jiuquan para uma missão de vários<br />
meses em órbita a bordo da nova<br />
estação espacial. O lançamento da<br />
Shenzhou-12 está previsto para Junho<br />
e deverá transportar três tripulantes.<br />
Por outro lado, várias missões se<br />
perfilam no horizonte cósmico para<br />
captar a nossa atenção, tal como é o<br />
lançamento do telescópio espacial<br />
James Webb que irá procurar pelas<br />
primeiras galáxias que se formaram<br />
após o Big Bang, ou a missão JUICE<br />
(Jupiter Icy Moons Explorer) da ESA,<br />
que irá obter mais informações sobre<br />
Júpiter e sobre as suas grandes luas.<br />
Ainda as novas missões de chegar a<br />
Marte: a Tianwen-1 (China), a Mars<br />
2020 Preseverance (EUA) e a Al-<br />
Amal (Emiratos Árabes Unidos), irão<br />
certamente abrir novos capítulos de<br />
exploração do planeta vermelho.<br />
Finalmente, a nova corrida espacial<br />
protagonizada pelas empresas<br />
privadas, tais como a Blue Origin,<br />
a Virgin Galactic e a SpaceX, numa<br />
tentativa de abrir o acesso ao espaço<br />
aos cidadãos «comuns».<br />
0110 NOMAR21 0111<br />
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