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NOREVISTA MARÇO 2021

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REPORTAGEM<br />

ARTIGO TEMÁTICO | ESTUDO<br />

NEGÓCIOS<br />

mais sentiram o impacto da pandemia<br />

nos seus negócios, com uma quebra<br />

de 26% em Faro, 24% em Lisboa,<br />

20% na Madeira, e 15% no Porto.<br />

Já nas diferentes categorias, as mais<br />

resilientes foram as farmácias e o<br />

retalho alimentar tradicional, que<br />

cresceram 56% e 41%, respetivamente.<br />

Pelo contrário, a hotelaria e<br />

atividades turísticas tiveram uma<br />

descida abrupta da sua faturação em<br />

65%, seguida da moda (33%), das<br />

perfumarias (28%), e da restauração<br />

(26%).<br />

Tiago Oom recorda duas dinâmicas<br />

que influenciaram em grande medida<br />

o que foi o ano de 2020:<br />

Por um lado, vimos a número de<br />

transações estrangeiras a diminuir<br />

vertiginosamente em Portugal<br />

perante as restrições de deslocações<br />

entre países e o receio de contágio,<br />

o que levou a um forte impacto no<br />

setor turístico e, na verdade, em<br />

todas as atividades que estão direta<br />

ou indiretamente relacionados com<br />

estadias de estrangeiros, desde a<br />

hotelaria, à moda, passando pela<br />

restauração, etc. Consequentemente,<br />

nas regiões do país que mais<br />

dependem destas atividades as<br />

quebras foram enormes. Por outro<br />

lado, vimos diversos negócios<br />

a reinventarem-se e a procurar<br />

digitalizar a sua atividade para<br />

responder às novas tendências de<br />

consumo que dispararam com a<br />

pandemia, facto que se justifica com<br />

o aumento dos pontos de venda<br />

contratados, bem como o crescimento<br />

da utilização do contactless, cada vez<br />

mais presente no nosso quotidiano,<br />

sendo que definitivamente veio<br />

mesmo para ficar e tornar-se a<br />

principal forma de pagamento.<br />

enquanto que a faturação originada<br />

por cartões de pagamento nacionais<br />

baixou 6%.<br />

Para este resultado contribuíram<br />

de forma significativa as quebras<br />

registadas no segundo trimestre<br />

de 2020 – marcado pelo primeiro<br />

confinamento geral – tendo estas<br />

atingido 36,1% face ao mesmo<br />

trimestre do ano anterior. Já os dois<br />

trimestres seguintes mantiveram<br />

quebras expressivas, apesar de<br />

menores que a anterior, com o<br />

terceiro trimestre a encerrar com uma<br />

variação homóloga de menos 14,5%, e<br />

o quarto trimestre de menos 8,4%. Já<br />

os primeiros três meses de 2020 foram<br />

os que registaram quebras homólogas<br />

mais baixas (- 5,1%), uma vez que o<br />

impacto da pandemia só se começou a<br />

sentir em março.<br />

A nível regional, tal como está a<br />

acontecer neste novo confinamento,<br />

os distritos turísticos foram os que<br />

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