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REPORTAGEM<br />
ARTIGO TEMÁTICO | ESTUDO<br />
NEGÓCIOS<br />
mais sentiram o impacto da pandemia<br />
nos seus negócios, com uma quebra<br />
de 26% em Faro, 24% em Lisboa,<br />
20% na Madeira, e 15% no Porto.<br />
Já nas diferentes categorias, as mais<br />
resilientes foram as farmácias e o<br />
retalho alimentar tradicional, que<br />
cresceram 56% e 41%, respetivamente.<br />
Pelo contrário, a hotelaria e<br />
atividades turísticas tiveram uma<br />
descida abrupta da sua faturação em<br />
65%, seguida da moda (33%), das<br />
perfumarias (28%), e da restauração<br />
(26%).<br />
Tiago Oom recorda duas dinâmicas<br />
que influenciaram em grande medida<br />
o que foi o ano de 2020:<br />
Por um lado, vimos a número de<br />
transações estrangeiras a diminuir<br />
vertiginosamente em Portugal<br />
perante as restrições de deslocações<br />
entre países e o receio de contágio,<br />
o que levou a um forte impacto no<br />
setor turístico e, na verdade, em<br />
todas as atividades que estão direta<br />
ou indiretamente relacionados com<br />
estadias de estrangeiros, desde a<br />
hotelaria, à moda, passando pela<br />
restauração, etc. Consequentemente,<br />
nas regiões do país que mais<br />
dependem destas atividades as<br />
quebras foram enormes. Por outro<br />
lado, vimos diversos negócios<br />
a reinventarem-se e a procurar<br />
digitalizar a sua atividade para<br />
responder às novas tendências de<br />
consumo que dispararam com a<br />
pandemia, facto que se justifica com<br />
o aumento dos pontos de venda<br />
contratados, bem como o crescimento<br />
da utilização do contactless, cada vez<br />
mais presente no nosso quotidiano,<br />
sendo que definitivamente veio<br />
mesmo para ficar e tornar-se a<br />
principal forma de pagamento.<br />
enquanto que a faturação originada<br />
por cartões de pagamento nacionais<br />
baixou 6%.<br />
Para este resultado contribuíram<br />
de forma significativa as quebras<br />
registadas no segundo trimestre<br />
de 2020 – marcado pelo primeiro<br />
confinamento geral – tendo estas<br />
atingido 36,1% face ao mesmo<br />
trimestre do ano anterior. Já os dois<br />
trimestres seguintes mantiveram<br />
quebras expressivas, apesar de<br />
menores que a anterior, com o<br />
terceiro trimestre a encerrar com uma<br />
variação homóloga de menos 14,5%, e<br />
o quarto trimestre de menos 8,4%. Já<br />
os primeiros três meses de 2020 foram<br />
os que registaram quebras homólogas<br />
mais baixas (- 5,1%), uma vez que o<br />
impacto da pandemia só se começou a<br />
sentir em março.<br />
A nível regional, tal como está a<br />
acontecer neste novo confinamento,<br />
os distritos turísticos foram os que<br />
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