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REPORTAGEM<br />
REPORTAGEM<br />
ARTIGO TEMÁTICO | ESTUDO SAÚDE<br />
Portadores de doença rara<br />
devem ser considerados grupo<br />
prioritário para vacinação<br />
A doença rara (DR) é aquela que tem<br />
uma incidência de 1 caso em cada<br />
2000 pessoas. Estão identificadas cerca<br />
de sete mil doenças, cerca de 80% tem<br />
carater genético, existe capacidade de<br />
confirmação diagnóstica laboratorial<br />
precisa para cerca de 3.600 e<br />
terapêutica específica para 10% das<br />
entidades.<br />
Existem 300 milhões de pessoas no<br />
mundo com estas doenças, 36 milhões<br />
de Europeus e estima-se que em<br />
Portugal existam cerca de 800,000<br />
pessoas portadoras destas patologias.<br />
A carga epidemiológica destas<br />
doenças constitui um problema<br />
sério para a saúde pública. De<br />
elevada complexidade e muitas<br />
vezes incapacitantes são um desafio<br />
assistencial e para as ciências<br />
Biomédicas com necessidades ainda<br />
não atingidas a vários níveis.<br />
Atualmente o enquadramento desta<br />
subpopulação de pacientes em<br />
Portugal está protegida por uma<br />
Estratégia Integrada para as Doenças<br />
Raras em implementação através<br />
de uma abordagem integrada dos<br />
Ministérios da Saúde, Segurança<br />
Social e Educação, que pretende<br />
responder as necessidades sanitárias,<br />
sociais e educativas destes doentes.<br />
Do ponto de vista sanitário a<br />
espinha dorsal assistencial assenta<br />
no estabelecimento de uma Rede<br />
de Referenciação (RR) eficaz e<br />
da consolidação de Centros de<br />
Referência (CR) que prestem<br />
cuidados diferenciados, de elevada<br />
especialização, dispensa de<br />
medicamentos órfãos, capacidade<br />
formativa específica de profissionais<br />
de saúde, organização de registos e<br />
Investigação médica, e integração<br />
em redes de conhecimento europeias<br />
(ERN – European Reference<br />
Network).<br />
Todo este processo está em curso<br />
e estão já designados no País CR<br />
para 8 áreas de DR pelo Ministério<br />
da Saúde (MS). Ainda um número<br />
restrito de intervenção, mas que<br />
abrange já algumas centenas de<br />
DR. Estes CR são necessariamente<br />
Unidades Hospitalares Centrais<br />
da Carta Hospitalar portuguesa<br />
e são constituídos por equipes<br />
pluridisciplinares certificadas pelo<br />
MS, algumas delas também já<br />
integradas em ERN.<br />
A estratégia organizativa de uma<br />
Rede de referenciação beneficia já de<br />
Normas de referenciação estabelecidas<br />
pela Direção Geral da Saude (DGS)<br />
para vários CR que estão publicadas e<br />
em divulgação nos serviços de saúde,<br />
desde os cuidados primários.<br />
Na outra face desta estratégia<br />
estão os cuidados de proximidade,<br />
a articulação adequada com<br />
os cuidados primários, o<br />
desenvolvimento da hospitalização e<br />
terapêuticas domiciliárias, a prestação<br />
de cuidados continuados apropriados<br />
a estas patologias.<br />
Os apoios ao cuidador, o<br />
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