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NOREVISTA MARÇO 2021

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REPORTAGEM<br />

REPORTAGEM<br />

ARTIGO TEMÁTICO | ESTUDO SAÚDE<br />

Portadores de doença rara<br />

devem ser considerados grupo<br />

prioritário para vacinação<br />

A doença rara (DR) é aquela que tem<br />

uma incidência de 1 caso em cada<br />

2000 pessoas. Estão identificadas cerca<br />

de sete mil doenças, cerca de 80% tem<br />

carater genético, existe capacidade de<br />

confirmação diagnóstica laboratorial<br />

precisa para cerca de 3.600 e<br />

terapêutica específica para 10% das<br />

entidades.<br />

Existem 300 milhões de pessoas no<br />

mundo com estas doenças, 36 milhões<br />

de Europeus e estima-se que em<br />

Portugal existam cerca de 800,000<br />

pessoas portadoras destas patologias.<br />

A carga epidemiológica destas<br />

doenças constitui um problema<br />

sério para a saúde pública. De<br />

elevada complexidade e muitas<br />

vezes incapacitantes são um desafio<br />

assistencial e para as ciências<br />

Biomédicas com necessidades ainda<br />

não atingidas a vários níveis.<br />

Atualmente o enquadramento desta<br />

subpopulação de pacientes em<br />

Portugal está protegida por uma<br />

Estratégia Integrada para as Doenças<br />

Raras em implementação através<br />

de uma abordagem integrada dos<br />

Ministérios da Saúde, Segurança<br />

Social e Educação, que pretende<br />

responder as necessidades sanitárias,<br />

sociais e educativas destes doentes.<br />

Do ponto de vista sanitário a<br />

espinha dorsal assistencial assenta<br />

no estabelecimento de uma Rede<br />

de Referenciação (RR) eficaz e<br />

da consolidação de Centros de<br />

Referência (CR) que prestem<br />

cuidados diferenciados, de elevada<br />

especialização, dispensa de<br />

medicamentos órfãos, capacidade<br />

formativa específica de profissionais<br />

de saúde, organização de registos e<br />

Investigação médica, e integração<br />

em redes de conhecimento europeias<br />

(ERN – European Reference<br />

Network).<br />

Todo este processo está em curso<br />

e estão já designados no País CR<br />

para 8 áreas de DR pelo Ministério<br />

da Saúde (MS). Ainda um número<br />

restrito de intervenção, mas que<br />

abrange já algumas centenas de<br />

DR. Estes CR são necessariamente<br />

Unidades Hospitalares Centrais<br />

da Carta Hospitalar portuguesa<br />

e são constituídos por equipes<br />

pluridisciplinares certificadas pelo<br />

MS, algumas delas também já<br />

integradas em ERN.<br />

A estratégia organizativa de uma<br />

Rede de referenciação beneficia já de<br />

Normas de referenciação estabelecidas<br />

pela Direção Geral da Saude (DGS)<br />

para vários CR que estão publicadas e<br />

em divulgação nos serviços de saúde,<br />

desde os cuidados primários.<br />

Na outra face desta estratégia<br />

estão os cuidados de proximidade,<br />

a articulação adequada com<br />

os cuidados primários, o<br />

desenvolvimento da hospitalização e<br />

terapêuticas domiciliárias, a prestação<br />

de cuidados continuados apropriados<br />

a estas patologias.<br />

Os apoios ao cuidador, o<br />

096 NOMAR21 NOMAR21 097<br />

NOFEV21 097

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