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REPORTAGEM<br />
REPORTAGEM<br />
E perante este diagnóstico, a visão da<br />
Secretaria Regional da Saúde é construir<br />
“um sistema integrado onde todos fazem<br />
parte à medida das suas responsabilidades<br />
e competências, ninguém está<br />
desresponsabilizado a participar, todos<br />
são realmente importantes” para alcance<br />
de melhores resultados e das melhores<br />
respostas aos utentes.<br />
Foi também referida a dualidade do<br />
privado e do público onde há, muitas<br />
vezes, “um preconceito ideológico que a<br />
saúde só deve ser paga com a parte pública<br />
da saúde” e é “como que uma fronteira, um<br />
obstáculo entre a parte pública e privada”.<br />
Clélio Meneses, Secretário Regional da<br />
Saúde e Desporto, adianta que o seu<br />
entendimento<br />
“é que todos podem ser uma<br />
resposta e devem ser uma<br />
resposta capaz de qualificar<br />
para uns melhores<br />
resultados para melhores<br />
condições de saúde das<br />
populações”.<br />
“O Serviço Regional de<br />
Saúde está a esquecer-se<br />
que o que fez esta visão foi<br />
introduzir dentro do serviço<br />
público de saúde o serviço<br />
privado através de empresas<br />
privadas, prestação de<br />
serviços que colocam<br />
médicos tarefeiros a prestar<br />
serviços,<br />
isto é, meteu-se o privado dentro do<br />
público com os recursos do público em<br />
termos de meios, de recursos, de energias,<br />
equipamentos e sem a estabilização que<br />
deve ter a resposta de saúde a dar, e o que<br />
é importante é que se complementem e o<br />
Serviço Nacional de Saúde forte com gente<br />
capaz, cativada, mobilizada com certeza<br />
que vai dar uma melhor resposta e vai<br />
ser um parceiro essencial como todas as<br />
iniciativas privadas que possam surgir<br />
como da mesma forma o serviço privado<br />
também será um estímulo e uma forma<br />
de intensificar a resposta para a parte<br />
pública ter um serviço cada vez melhor e<br />
é nesta dualidade do sistema integrado de<br />
todos que penso que dá uma das principais<br />
respostas”.<br />
Uma visão de saúde moderna<br />
no sistema, no entender<br />
do secretário, “parece ser<br />
essencial”, isto é, que ao nível dos<br />
cuidados primários e os cuidados de<br />
segunda e terceira linha “haja uma<br />
interligação clara, funcional e eficaz” e os<br />
centros de saúde, as unidades de saúde<br />
de ilha, os hospitais “têm de funcionar<br />
sempre, como disse no início, ‘enfrentar e<br />
encarar’, em termos de lidar ‘cara a cara’<br />
temos de enfrentar e não estar de costas<br />
voltadas.<br />
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