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REPORTAGEM<br />
REPORTAGEM<br />
Os rastreios oncológicos dispararam e<br />
se sentiu uma diminuição intensa dos<br />
fazia referência aqui a alguns números que<br />
cuidados existenciais e sobretudo nas<br />
dizem respeito a esta matéria. Ao nível das<br />
consultas de enfermagem, nas consultas<br />
cirurgias houve aqui um decréscimo nos<br />
de nutrição, psicologia e nas consultas<br />
meses já referidos como, por um exemplo,<br />
de medicina dentária foram as áreas<br />
“em janeiro de 2020 ouvia-se falar muito<br />
mais afetadas dos cuidados em termos<br />
longe na pandemia na China e houve 2 235<br />
de consultas”. As consultas passaram a<br />
cirurgias, em fevereiro 1 946, em março<br />
funcionar por telefone, principalmente,<br />
baixaram para 1 257 e em abril baixaram<br />
as consultas de seguimento. Acrescentou<br />
para 542, em maio 959, isto é, há aqui um<br />
ainda que “também há um decréscimo<br />
decréscimo intenso e evidente naqueles<br />
significativo dos exames complementares<br />
meses iniciais da pandemia que não<br />
de diagnóstico no que diz respeito, por<br />
estávamos preparados para aquilo que veio<br />
exemplo, a TAC, endoscopias, isto é, um<br />
a acontecer e é evidente este decréscimo<br />
conjunto de áreas que sentiram este<br />
de cirurgias dos hospitais”. O secretário<br />
decréscimo de forma muito significativa,<br />
afirmou também que “as cirurgias em<br />
dado que vive por um lado, da alimentação<br />
ambulatório decresceram de forma intensa,<br />
dos recursos para os cuidados COVID, por<br />
por exemplo, em janeiro nos Açores foram<br />
339, em fevereiro, 374, em março baixam<br />
para menos de metade, 158, em abril, 17,<br />
em maio, 34, isto é, houve um decréscimo<br />
intenso ao nível das cirurgias. Isto faz-se<br />
sobretudo em algumas especialidades”.<br />
Ao nível das consultas também se “sentiu<br />
isto de forma intensa durante estes meses,<br />
por exemplo, no mês de janeiro de 2020,<br />
tivemos 88 257 consultas nos Açores,<br />
em fevereiro, 79 668. Estamos aqui na<br />
casa dos 80 mil, em março baixa para 65<br />
mil, em abril para 50 mil, em maio nos<br />
60 mil, em junho ainda está nos 67 mil,<br />
isto é, em termos de consultas também<br />
outro lado também e para cancelamento<br />
de consultas e cirurgias e também por algo<br />
que se foi sentindo e foi-se percebendo<br />
aquele receio das pessoas para se deslocar<br />
aos locais de cuidados de saúde e sentimos<br />
de facto que há muitas situações que se<br />
agravaram, muitas situações que tiveram<br />
consequências complexas, as pessoas<br />
passaram a ter receio de sair de casa e ter<br />
receio no sentido de ir ao hospital e às<br />
unidades de saúde de ilha são sítios onde<br />
há pessoas doentes que poderiam contrair<br />
a doença e reservavam-se e confinavam-se<br />
que também foi um facto que fez crescer os<br />
cuidados assistenciais”.<br />
Clélio Meneses refere que “para além<br />
deste impacto direto nos números das<br />
consultas, cirurgias também temos um<br />
impacto grande que se vai sentindo já e<br />
que ainda se vai sentir mais que tem a ver<br />
com algumas áreas da saúde que é o caso<br />
particular da saúde mental”.<br />
Com o decorrer da pandemia, é necessário<br />
ter atenção à saúde mental, assim como<br />
a diminuição da atividade motora e da<br />
atividade física. As pessoas confinaram-se,<br />
estão fechadas em casa “e isto é transversal<br />
na sociedade de uma forma muito<br />
intensa”. Relativamente aos mais jovens<br />
“tem a questão do ensino à distância,<br />
da necessidade sanitária da pandemia<br />
e dos hábitos das crianças que se vão<br />
criando com os atrativos que são as novas<br />
tecnologias, os jogos, os computadores, os<br />
tablets e todas estas questões informáticas<br />
que faz com que as crianças e os mais<br />
jovens se desabituem de ter atividade<br />
física e atividade motora “e tudo isto é<br />
também motivo de preocupação, porque<br />
para além da pandemia sanitária, temos<br />
tido uma pandemia física, uma pandemia<br />
motora com falta de hábitos de saúde<br />
com competências imprevisíveis, mas<br />
certamente muito nefastas”.<br />
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