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REPORTAGEM<br />
REPORTAGEM<br />
Para manter a sustentabilidade do<br />
Serviço Regional de Saúde é necessário<br />
“acabar com os problemas, com o<br />
subfinanciamento, mas não é atirando<br />
dinheiro para o sistema que os problemas<br />
se resolvem. Se fosse simplesmente<br />
atirar dinheiro aos problemas eles só<br />
aumentam”. Resolve-se com determinação<br />
política e com a otimização dos recursos,<br />
nomeadamente, recursos financeiros<br />
quer dos equipamentos quer dos recursos<br />
humanos e “não faz qualquer sentido o<br />
custo de um equipamento que não seja<br />
utilizado de forma a ser rentabilizado, é<br />
preciso rentabilizar os equipamentos, é<br />
preciso otimizar toda a capacidade que<br />
temos e a que viermos a ter, mas também é<br />
importante que se rentabilizem os recursos<br />
humanos de forma a que todos trabalhem<br />
de acordo com aquilo que são as suas<br />
responsabilidades, as suas capacidades,<br />
competências e qualificações e que podem<br />
fazer muitos mais e que não fazem porque<br />
ou não estão motivados ou porque não<br />
têm os equipamentos ou os horários ou<br />
organização em termos de blocos”.<br />
Os doentes “são parte integrante do<br />
sistema e, se associados, se organizados,<br />
conseguem transmitir contributos<br />
positivos para a governação. Obviamente<br />
que ainda deve ser mais valorizado e todas<br />
as matérias são essenciais ao nível da<br />
construção deste sistema que começa nas<br />
pessoas e acaba nas pessoas e é por isto<br />
essencial que haja esta participação que<br />
vejo como algo muito útil”.<br />
O maior hospital da Região, o Hospital de<br />
Ponta Delgada, que serve mais de metade<br />
da população foi vítima de um maior<br />
desinvestimento nos últimos anos e que<br />
tem um défice mensal de dois milhões de<br />
euros, isto é, todos os meses tem sempre<br />
menos dois milhões do que aquilo que<br />
precisa para satisfazer as respostas. E<br />
sendo um problema estrutural é que<br />
“todos os meses fica tudo mais difícil de<br />
resolver e no sentido da tal motivação,<br />
da tal resposta, da tal eficácia e, por<br />
isso, é com esta atenção assumida que<br />
enfrentamos todas as questões ligadas à<br />
Região de forma muito particular e intensa<br />
à medida da dimensão do Hospital de<br />
Ponta Delgada”.<br />
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