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NOREVISTA MARÇO 2021

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ARTIGO TEMÁTICO | ESTUDO<br />

NEGÓCIOS<br />

Atual confinamento agrava em<br />

mais 30% as quebras de faturação<br />

já registadas em Portugal<br />

Valor faturado pelos negócios volta a descer com o<br />

novo confinamento, mas menos que no anterior<br />

Três semanas após o período préconfinamento<br />

geral, os negócios<br />

portugueses obtiveram uma nova<br />

redução da sua faturação, que se junta<br />

ao impacto transacional já sentido nos<br />

confinamentos parciais anteriores.<br />

Neste novo lockdown, a moda, as<br />

perfumarias e os cabeleireiros voltam<br />

a ser das categorias mais afetadas pelo<br />

encerramento dos seus pontos de<br />

venda, tendo registado uma quebra de<br />

92%, 86% e 79%, respetivamente.<br />

O REDUNIQ Insights indica ainda<br />

uma quebra de 55% na faturação<br />

estrangeira e de 6% na faturação<br />

proveniente de cartões nacionais.<br />

No total, a faturação global do<br />

sistema de retalho português desceu<br />

16% face a 2019, resultado para o<br />

qual contribuiu, significativamente,<br />

a quebra homóloga de 36,1% no<br />

segundo trimestre de 2020.<br />

O novo confinamento geral volta<br />

a impactar o comportamento<br />

transacional dos negócios<br />

portugueses, que no final de janeiro<br />

registaram uma quebra de faturação<br />

de 30% face à semana anterior ao<br />

novo encerramento da economia (de 3<br />

a 9 de janeiro), descida que representa<br />

um agravamento das quebras<br />

resultantes dos confinamentos parciais<br />

ocorridos em 2020 e início de <strong>2021</strong>.<br />

Apesar deste cenário, o REDUNIQ<br />

Insights – solução de conhecimento<br />

da REDUNIQ responsável por<br />

analisar a evolução transacional do<br />

sistema de retalho em Portugal –<br />

demonstra que o impacto na atividade<br />

económica está a ser menor agora que<br />

no primeiro confinamento, em que<br />

as perdas ascenderam 44% ao fim de<br />

três semanas do primeiro Estado de<br />

Emergência.<br />

Outra diferença observada<br />

na comparação entre os dois<br />

confinamentos gerais verificase<br />

na performance conseguida<br />

pelas várias categorias do sistema<br />

retalhista, a começar pela saúde e<br />

pelas gasolineiras que obtiveram<br />

uma menor quebra de consumo três<br />

semanas após o novo lockdown,<br />

tendo estas reduzido em 7% e 27%<br />

a sua faturação, respetivamente, em<br />

comparação com o período das três<br />

primeiras semanas do confinamento<br />

iniciado em março, altura em que<br />

diminuíram o total faturado em<br />

81% e 51%, respetivamente. Estes<br />

resultados justificam-se, em primeiro<br />

lugar, pelo não encerramento de<br />

algumas áreas do setor da saúde que<br />

foram obrigadas a fechar no primeiro<br />

confinamento, e, em segundo<br />

lugar, pela maior mobilidade dos<br />

portugueses neste novo confinamento,<br />

menos restritivo que o anterior.<br />

A restauração e os cafés<br />

demonstraram também uma<br />

resposta mais estruturada face ao<br />

novo confinamento, nomeadamente<br />

através de soluções de delivery e<br />

take-away, que permitiram uma<br />

quebra de faturação menos acentuada<br />

(60%, dados de janeiro de <strong>2021</strong>),<br />

face ao primeiro confinamento<br />

(83% de queda em março de 2020).<br />

Devemos ainda considerar que a estes<br />

60% de queda acumulam negócios<br />

que fecharam já em 2020 sem ter<br />

reaberto, representando então uma<br />

redução ainda mais significativa.<br />

Em contrapartida, as categorias de<br />

moda (- 92%), perfumarias (- 86%)<br />

e cabeleireiros (- 79%) voltaram a ter<br />

quebras bastante elevadas, devido ao<br />

total encerramento dos seus pontos de<br />

venda físicos.<br />

Já as categorias dos eletrodomésticos<br />

090 NOMAR21

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