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ARTIGO TEMÁTICO | ESTUDO<br />
NEGÓCIOS<br />
Atual confinamento agrava em<br />
mais 30% as quebras de faturação<br />
já registadas em Portugal<br />
Valor faturado pelos negócios volta a descer com o<br />
novo confinamento, mas menos que no anterior<br />
Três semanas após o período préconfinamento<br />
geral, os negócios<br />
portugueses obtiveram uma nova<br />
redução da sua faturação, que se junta<br />
ao impacto transacional já sentido nos<br />
confinamentos parciais anteriores.<br />
Neste novo lockdown, a moda, as<br />
perfumarias e os cabeleireiros voltam<br />
a ser das categorias mais afetadas pelo<br />
encerramento dos seus pontos de<br />
venda, tendo registado uma quebra de<br />
92%, 86% e 79%, respetivamente.<br />
O REDUNIQ Insights indica ainda<br />
uma quebra de 55% na faturação<br />
estrangeira e de 6% na faturação<br />
proveniente de cartões nacionais.<br />
No total, a faturação global do<br />
sistema de retalho português desceu<br />
16% face a 2019, resultado para o<br />
qual contribuiu, significativamente,<br />
a quebra homóloga de 36,1% no<br />
segundo trimestre de 2020.<br />
O novo confinamento geral volta<br />
a impactar o comportamento<br />
transacional dos negócios<br />
portugueses, que no final de janeiro<br />
registaram uma quebra de faturação<br />
de 30% face à semana anterior ao<br />
novo encerramento da economia (de 3<br />
a 9 de janeiro), descida que representa<br />
um agravamento das quebras<br />
resultantes dos confinamentos parciais<br />
ocorridos em 2020 e início de <strong>2021</strong>.<br />
Apesar deste cenário, o REDUNIQ<br />
Insights – solução de conhecimento<br />
da REDUNIQ responsável por<br />
analisar a evolução transacional do<br />
sistema de retalho em Portugal –<br />
demonstra que o impacto na atividade<br />
económica está a ser menor agora que<br />
no primeiro confinamento, em que<br />
as perdas ascenderam 44% ao fim de<br />
três semanas do primeiro Estado de<br />
Emergência.<br />
Outra diferença observada<br />
na comparação entre os dois<br />
confinamentos gerais verificase<br />
na performance conseguida<br />
pelas várias categorias do sistema<br />
retalhista, a começar pela saúde e<br />
pelas gasolineiras que obtiveram<br />
uma menor quebra de consumo três<br />
semanas após o novo lockdown,<br />
tendo estas reduzido em 7% e 27%<br />
a sua faturação, respetivamente, em<br />
comparação com o período das três<br />
primeiras semanas do confinamento<br />
iniciado em março, altura em que<br />
diminuíram o total faturado em<br />
81% e 51%, respetivamente. Estes<br />
resultados justificam-se, em primeiro<br />
lugar, pelo não encerramento de<br />
algumas áreas do setor da saúde que<br />
foram obrigadas a fechar no primeiro<br />
confinamento, e, em segundo<br />
lugar, pela maior mobilidade dos<br />
portugueses neste novo confinamento,<br />
menos restritivo que o anterior.<br />
A restauração e os cafés<br />
demonstraram também uma<br />
resposta mais estruturada face ao<br />
novo confinamento, nomeadamente<br />
através de soluções de delivery e<br />
take-away, que permitiram uma<br />
quebra de faturação menos acentuada<br />
(60%, dados de janeiro de <strong>2021</strong>),<br />
face ao primeiro confinamento<br />
(83% de queda em março de 2020).<br />
Devemos ainda considerar que a estes<br />
60% de queda acumulam negócios<br />
que fecharam já em 2020 sem ter<br />
reaberto, representando então uma<br />
redução ainda mais significativa.<br />
Em contrapartida, as categorias de<br />
moda (- 92%), perfumarias (- 86%)<br />
e cabeleireiros (- 79%) voltaram a ter<br />
quebras bastante elevadas, devido ao<br />
total encerramento dos seus pontos de<br />
venda físicos.<br />
Já as categorias dos eletrodomésticos<br />
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