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ARTIGO TEMÁTICO | ESTUDO<br />
NEGÓCIOS<br />
e tecnologias e do retalho alimentar<br />
(hiper e supermercados) não<br />
alcançaram neste novo confinamento<br />
um pico de faturação como tinha<br />
acontecido em março, quando as<br />
famílias procuraram equipar os seus<br />
lares para o trabalho e ensino remoto<br />
e abastecer as suas dispensas. Desta<br />
vez, a categoria eletrónica registou<br />
uma quebra de 23% e o retalho<br />
alimentar menos 6% três semanas<br />
após o período de 3 a 9 de janeiro.<br />
Sobre os resultados apresentados,<br />
Tiago Oom, Diretor da REDUNIQ,<br />
comenta:<br />
Após uma primeira quinzena do<br />
mês de janeiro, que refletiu um<br />
comportamento de consumo<br />
praticamente normalizado, e que<br />
seguia uma linha de recuperação<br />
já registada em dezembro de 2020,<br />
o país voltou a deparar-se com<br />
um novo confinamento geral que,<br />
apesar do impacto negativo nos<br />
negócios, teve as suas particularidades<br />
quando comparado com o primeiro<br />
confinamento. Desde logo a própria<br />
composição deste lockdown, que<br />
implicou o encerramento de menos<br />
atividades e a manutenção da rotina<br />
de trabalho de diversos portugueses.<br />
Para além disso, o comportamento<br />
dos consumidores também mudou,<br />
agora mais conhecedores do cenário<br />
de pandemia, no qual passaram a<br />
utilizar soluções de pagamentos<br />
mais diversificadas – desde os<br />
formatos físicos até ao e-commerce<br />
– chegando mesmo a alterar os seus<br />
tradicionais hábitos de consumo<br />
aquando do confinamento parcial<br />
aos fins-de-semana, onde as sextasfeiras<br />
se tornaram o dia da semana<br />
com maiores níveis de consumo,<br />
substituindo o fim de semana nas<br />
tradicionais compras e idas ao<br />
supermercado.<br />
Quando efetuada uma análise<br />
regional, verifica-se que todos<br />
os distritos, sem exceção, caíram<br />
menos agora do que há 10 meses.<br />
Apesar disso, os distritos que tinham<br />
maior atividade turística foram<br />
novamente os mais afetados pelo<br />
novo encerramento da atividade<br />
económica: Lisboa, Faro e Porto são<br />
os três exemplos mais prementes,<br />
tendo registado quebras de faturação<br />
de 32%, 31% e 30%, respetivamente.<br />
Já os distritos do interior e/ou com<br />
menor população sentiram menos<br />
este impacto, nomeadamente os<br />
Açores, Beja e Portalegre, que viram<br />
a sua faturação cair 10%, 12% e 13%,<br />
respetivamente.<br />
Negócios portugueses fecham 2020<br />
com uma quebra de 55% na faturação<br />
estrangeira<br />
Neste novo relatório do REDUNIQ<br />
Insights foi ainda analisada a variação<br />
homóloga da faturação obtida em<br />
2020 que, no total, reduziu 16% em<br />
comparação com o ano de 2019,<br />
tendo existido um maior impacto<br />
na faturação feita com cartões<br />
estrangeiros, que desceu 55%,<br />
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