INTRODUÇÂO A ENGENHARIA
Engenharia civil estacio
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INTRODUÇÀO À ENGEMHARIA — CONCEITOS, FERRAMENTAS E COMPORTAMENTOS
CAPITULO 4 - O ENGENHEIRO
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É praticamente impossível que uma pessoa seja capaz de dominar todos
esses assuntos numa profundidade tal que a permita trabalhar com
desenvoltura e competência em todos eles. Por isso existem as várias
modalidades de engenharia. Especializando-se num determinado campo, um
indivíduo pode dar conta de dominar adequadamente vários conhecimentos
específicos relativos a cada um deles, e assim poder desempenhar a contento as
suas atividades.
Isso não significa que um especialista ficará restrito a trabalhos muito
limitados, desconhecendo a fundamentação básica de outros temas que dizem
respeito-à profissão e sendo incapaz de compreender e discutir diversos outros
assuntos. Para cada uma das áreas da engenharia - florestal, química, têxtil,
civil... - há ainda diversos desdobramentos, todos capazes de ocupar a vida
inteira de dedicação de inúmeros profissionais.
PROCESSO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL
Para preparar profissionais que atuem com competência nessas inúmeras
áreas, são necessários cursos bem estruturados que contemplem um conjunto
consistente de conhecimentos que os habilitem para tal. Disciplinas teóricas
bem fundamentadas, estágios no mercado de trabalho e aulas práticas são,
portanto, mais que necessários, são essenciais para que se possam alcançar
estes propósitos.
Um dos objetivos de um processo educacional é capacitar indivíduos
para que eles resolvam problemas técnicos específicos. E lógico que não se
restringe apenas a isso o papel de um curso superior. Mas estamos agora
tratando deste aspecto.
Para atingir estes objetivos, os cursos são planejados de maneira a
fornecer um conjunto de conhecimentos que habilitem cidadãos a dominar
uma determinada área de atuação. Por exemplo, para atuar na área de extração de
petróleo, devemos estudar topografia, geologia, petrografia, economia mineral,
química etc. Mas estes campos de estudo não são essenciais, por exemplo, para
que um engenheiro de alimentos ou um engenheiro naval desempenhe suas
atividades profissionais mais clássicas.
Mas temos de concordar num ponto: em qualquer caso, a formação
básica é essencial. Um curso que tenha entre suas metas profissionalizar
cidadãos, capacitando-os a solucionar problemas técnicos específicos, precisa
proporcionar uma formação básica consistente, com disciplinas teóricas de
bom nível e com nível com informações técnicas atualizadas. Além do
mais,
um
engenheiro deve ser capaz de propor soluções que sejam não apenas
tecnicamente apropriadas, mas deve também ter o discernimento de abordar
os problemas de forma ampla, considerando-os como parte de uma cadeia
de causa e efeito de múltiplas dimensões.
Ao implantarmos uma rodovia ou uma indústria numa determinada
região, temos de ter consciência de que estamos impondo uma alteração
brusca no ecossistema local, bem como alterando o contexto social da região.
Tudo isso também tem de constar como preocupação de um profissional
competente. Por isso a lógica de um curso de engenharia prevê divisões em
algumas grandes áreas, que abarcam inúmeros tópicos de estudo, oferecendo
temas técnicos e de formação geral.
Se sintetizarmos uma visão mais ampla de um curso de engenharia
em grandes áreas de conhecimento, chegaremos a um esquema como o
apresentado na figura abaixo, onde cada tópico representa um conjunto de
matérias com propósitos mais ou menos comuns. Física, química e
matemática, por exemplo, são conteúdos básicos fundamentais para todas as
engenharias; logo, todos devem estudá-los com alguma profundidade.
Lavra a céu aberto e jazidas minerais, por exemplo, são assuntos mais
pertinentes à engenharia de minas, fazendo, portanto, parte da formação
nessa área. Já para a formação de um engenheiro naval, por exemplo, supõe-se
que estes assuntos não sejam essenciais e, por isso, não façam parte do seu
currículo. Nada impede, é claro, que por conta própria cada um estude
assuntos que lhe interessem - através de cursos formais ou como autodidata.
um curso de engenharia
Assim, num curso de engenharia temos uma parcela do currículo que
contempla conhecimentos que devem garantir uma boa formação básica, e
outra que permita uma formação profissional consistente, preparando o
engenheiro para resolver problemas técnicos voltados para o seu campo de
ação. Cada uma dessas áreas é coberta através de conjuntos de disciplinas que
contemplem os conteúdos necessários para uma boa formação.
Mas só isso é pouco. Para que a formação profissional seja
consistente, são necessários conteúdos de punho geral — que digam
respeito à atuação no