12.05.2021 Views

INTRODUÇÂO A ENGENHARIA

Engenharia civil estacio

Engenharia civil estacio

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

100

INTRODUÇÀO À ENGEMHARIA — CONCEITOS, FERRAMENTAS E COMPORTAMENTOS

CAPITULO 4 - O ENGENHEIRO

101

É praticamente impossível que uma pessoa seja capaz de dominar todos

esses assuntos numa profundidade tal que a permita trabalhar com

desenvoltura e competência em todos eles. Por isso existem as várias

modalidades de engenharia. Especializando-se num determinado campo, um

indivíduo pode dar conta de dominar adequadamente vários conhecimentos

específicos relativos a cada um deles, e assim poder desempenhar a contento as

suas atividades.

Isso não significa que um especialista ficará restrito a trabalhos muito

limitados, desconhecendo a fundamentação básica de outros temas que dizem

respeito-à profissão e sendo incapaz de compreender e discutir diversos outros

assuntos. Para cada uma das áreas da engenharia - florestal, química, têxtil,

civil... - há ainda diversos desdobramentos, todos capazes de ocupar a vida

inteira de dedicação de inúmeros profissionais.

PROCESSO DE FORMAÇÃO PROFISSIONAL

Para preparar profissionais que atuem com competência nessas inúmeras

áreas, são necessários cursos bem estruturados que contemplem um conjunto

consistente de conhecimentos que os habilitem para tal. Disciplinas teóricas

bem fundamentadas, estágios no mercado de trabalho e aulas práticas são,

portanto, mais que necessários, são essenciais para que se possam alcançar

estes propósitos.

Um dos objetivos de um processo educacional é capacitar indivíduos

para que eles resolvam problemas técnicos específicos. E lógico que não se

restringe apenas a isso o papel de um curso superior. Mas estamos agora

tratando deste aspecto.

Para atingir estes objetivos, os cursos são planejados de maneira a

fornecer um conjunto de conhecimentos que habilitem cidadãos a dominar

uma determinada área de atuação. Por exemplo, para atuar na área de extração de

petróleo, devemos estudar topografia, geologia, petrografia, economia mineral,

química etc. Mas estes campos de estudo não são essenciais, por exemplo, para

que um engenheiro de alimentos ou um engenheiro naval desempenhe suas

atividades profissionais mais clássicas.

Mas temos de concordar num ponto: em qualquer caso, a formação

básica é essencial. Um curso que tenha entre suas metas profissionalizar

cidadãos, capacitando-os a solucionar problemas técnicos específicos, precisa

proporcionar uma formação básica consistente, com disciplinas teóricas de

bom nível e com nível com informações técnicas atualizadas. Além do

mais,

um

engenheiro deve ser capaz de propor soluções que sejam não apenas

tecnicamente apropriadas, mas deve também ter o discernimento de abordar

os problemas de forma ampla, considerando-os como parte de uma cadeia

de causa e efeito de múltiplas dimensões.

Ao implantarmos uma rodovia ou uma indústria numa determinada

região, temos de ter consciência de que estamos impondo uma alteração

brusca no ecossistema local, bem como alterando o contexto social da região.

Tudo isso também tem de constar como preocupação de um profissional

competente. Por isso a lógica de um curso de engenharia prevê divisões em

algumas grandes áreas, que abarcam inúmeros tópicos de estudo, oferecendo

temas técnicos e de formação geral.

Se sintetizarmos uma visão mais ampla de um curso de engenharia

em grandes áreas de conhecimento, chegaremos a um esquema como o

apresentado na figura abaixo, onde cada tópico representa um conjunto de

matérias com propósitos mais ou menos comuns. Física, química e

matemática, por exemplo, são conteúdos básicos fundamentais para todas as

engenharias; logo, todos devem estudá-los com alguma profundidade.

Lavra a céu aberto e jazidas minerais, por exemplo, são assuntos mais

pertinentes à engenharia de minas, fazendo, portanto, parte da formação

nessa área. Já para a formação de um engenheiro naval, por exemplo, supõe-se

que estes assuntos não sejam essenciais e, por isso, não façam parte do seu

currículo. Nada impede, é claro, que por conta própria cada um estude

assuntos que lhe interessem - através de cursos formais ou como autodidata.

um curso de engenharia

Assim, num curso de engenharia temos uma parcela do currículo que

contempla conhecimentos que devem garantir uma boa formação básica, e

outra que permita uma formação profissional consistente, preparando o

engenheiro para resolver problemas técnicos voltados para o seu campo de

ação. Cada uma dessas áreas é coberta através de conjuntos de disciplinas que

contemplem os conteúdos necessários para uma boa formação.

Mas só isso é pouco. Para que a formação profissional seja

consistente, são necessários conteúdos de punho geral — que digam

respeito à atuação no

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!