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INTRODUÇÂO A ENGENHARIA

Engenharia civil estacio

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INTRODUÇÃO À ENGENHARIA - CONCEITOS, FERRAMENTAS E COMPORTAMENTOS

CAPÍTULO 6 - CRIATIVIDADE

A técnica do brainstorming - como todas as demais descritas a seguir,

embora de fácil entendimento - requer alguma prática. Sugerimos que grupos de

estudantes, ao longo de seus cursos, procurem solucionar alguns problemas

através dela. Temos certeza de que os resultados motivarão novas experiências.

QUEBRA DA ADAPTAÇÃO PSICOLÓGICA. Esta técnica visa a romper os

condicionamentos de situações e lugares usuais, através da simulação de um

ambiente completamente novo, submetido a novas regras e caracterizado por

situações especiais. Por exemplo: ao tentarmos resolver o problema de

transporte de um produto, podemos reunir um grupo de interessados e definir

um novo ambiente. Poderia ser um planeta onde não existisse gravidade,

onde seus habitantes tivessem apenas um olho, três braços e uma perna e não

percebessem sons com freqüência abaixo de 20 mil Hz. Esse novo contexto deverá

quebrar a adaptação psicológica usual dos participantes e os forçará a criar

alternativas sob novas regras. E de se esperar que as soluções sejam

radicalmente diferentes das usuais.

Uma alternativa - complementar à técnica da adaptação psicológica -é o

uso da fantasia: para gerar novas idéias imaginam-se coisas irreais ou

processos sobrenaturais. Isso pode ser de grande valia para maximizar e

diversificar as soluções. Considerar soluções idealmente perfeitas também

pode ser útil. Mais uma vez, neste caso, a idéia é criar uma composição de

fatores totalmente diferente da usual. Espera-se com isso disparar formas

inovadoras de resolver nossos problemas.

INVERSÃO. Esta técnica normalmente é empregada para encontrarmos

novas soluções para um problema atual. Ela consiste, basicamente, em

observar um problema de uma forma completamente diversa da tradicional. Se

um sistema normalmente é observado pelo lado de fora, a técnica da inversão

instiga sua observação pelo lado de dentro. Se um sistema é normalmente

usado na vertical, deve-se imaginá-lo funcionando na horizontal. Se numa

máquina uma parte sempre é fixa e outra móvel, podemos imaginá-la com as

funções invertidas.

Podemos inferir daí que esta técnica também objetiva cortar os vínculos

que a forma convencional de pensar das pessoas impõe ao seu comportamento

cotidiano. Com isso, abrem-se novas fronteiras para a busca de soluções

alternativas.

ANALOGIA. Através desta técnica, soluções de problemas são sugeridas a

partir de situações análogas encontradas na natureza ou em áreas diferentes das

do nosso campo de trabalho. Esta técnica exige - para que seja eficaz

-conhecimentos em vários ramos, como biologia, fisiologia, folclore, mitologia

ou ficção científica.

Muitos problemas de engenharia podem ser resolvidos por analogia.

Como exemplos podemos citar:

• Marc Isambard Brunel (1769-1849) inventou um método de proteção

para túneis, observando o trabalho de vermes na madeira;

• em 1876, Alexandre GrahamBell (1847-1922) patenteou o telefone

elétrico, inventado com base numa analogia com fenômenos que

ocorrem no ouvido interno;

• os diversos tipos e tamanhos de corações de seres vivos podem, cm

muito, auxiliar o engenheiro no problema de transporte de líquidos;

• Thomas Edison (1847-1931), quando pesquisava a lâmpada elétrica,

constatando que todos os filamentos queimavam, resolveu usar um já

queimado - filamento de carbono; esta idéia lhe surgiu quando leu

um livro de provérbios orientais que dizia algo como: a vantagem de

estar morto reside no fato de não se morrer de novo;

• Albert Einstein imaginou-se cavalgando num raio de luz, e dali

concluiu passos importantes para formular a teoria da relatividade

CAIXA MORFOLÓGICA. A técnica da caixa morfológica é a aplicação de um

sistema organizado para a solução de um problema, através do uso de uma

matriz ou de uma caixa morfológica. A análise morfológica é mais eficiente

quando se decompõe o problema em subproblemas. Cada componente pode

representar partes identificáveis de um problema maior.

Esta técnica consiste em dividirmos o problema em duas ou m.m

dimensões baseadas nas funções requeridas do sistema ou de componente, a

serem projetados. Devemos listar o maior número de possíveis caminhos para

a solução do problema. Depois, essas listagens são colocadas em forma de

matriz, de modo que diversas combinações possam ser analisadas.

O exemplo de um sistema de aquecimento de uma residência serve

como ilustração de um processo morfológico simples. Na figura abaixo está

mostrada uma matriz onde podemos estudar novas alternativas para o sistema de

aquecimento de residências.

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