INTRODUÇÂO A ENGENHARIA
Engenharia civil estacio
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122 CAI'!IULO 5 - PESQUISA TECNOLÓGICA
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mente em distinguir quais são as variáveis desprezáveis e quais as
relevantes nos ensaios, fazendo as simplificações possíveis e
controlando os parâmetros efetivamente mais significativos.
INDUÇÃO. A indução é uma forma de raciocínio analítico ou de
argumentação, consistindo num dos principais artifícios do experimentalismo
moderno.
É um processo através do qual se parte de verdades particulares para
concluir verdades universais, tendo como base a generalização de propriedades
comuns a um determinado número de casos observados. É um processo
ampliador que normalmente culmina numa lei. Lei é uma proposição que
estabelece uma relação constante entre as variáveis presentes num fenômeno,
enunciada após a confirmação dos fatos mediante a experimentação.
Um exemplo de raciocínio indutivo, que pode auxiliar no seu
entendimento, é o seguinte: foi constatado que os materiais A, B e C, todos
metais, são bons condutores de calor. Ora, se A, B e C são bons condutores de
calor e são metais, podemos concluir que todos os metais são bons
condutores de calor.
Processo de
Indução
Amostra
É importante atentar para o fato de que as generalizações das relações
devem ser compatíveis com os fenômenos estudados, e bem fundamentadas,
para que não cheguemos a conclusões falsas.
DEDUÇÃO. O processo de dedução - raciocínio sintético ou silogismo -parte
do geral para o particular, explicitando verdades particulares contidas em
verdades universais.
Na ciência experimental, a dedução ocorre principalmente na fase final
do processo de análise. Ao examinar uma estrutura com problemas, um
engenheiro principia com as induções do diagnóstico. Após o diagnóstico,
conclui dedutivamente sobre qual a solução a adotar.
População
Amostra
Processo de
Dedução
Um exemplo de processo de dedução é o seguinte: como sabemos que os
metais são condutores de eletricidade, e sendo o cobre um metal, podemos
deduzir que ele também conduz eletricidade.
Tal qual a indução, a dedução é uma forma de raciocínio ou de
argumentação, sendo portanto uma forma de reflexão, e não apenas de
pensamento. O pensamento é dispersivo e espontâneo, enquanto a reflexão
requer esforço e concentração intencionais.
ANÁLISE e SÍNTESE. A análise é um processo metódico de tratamento de um
problema, que implica a decomposição de um todo em suas partes. Ou seja, é
a separação do objeto de estudo em seus elementos constituintes. Dessa forma,
podemos estudar mais fácil e detalhadamente os seus elementos componentes, e
conhecer melhor as relações de causalidade.
Com esse procedimento a pesquisa fica facilitada, pois é muito mais
fácil trabalhar com tópicos mais restritos do que com assuntos mais complexos.
Neste último caso, a inter-relação entre as diversas variáveis envolvidas, e as
muitas vezes complexas relações de causa e efeito, estabelecem fatores
complicativos adicionais.
A síntese é a complementação da análise, sendo a composição geral das
conclusões desta. Sintetizar consiste em reconstruir ou recompor os tópicos
analisados numa seqüência compacta e lógica.
Devemos, no entanto, ter um cuidado adicional na hora da reconstituição
do todo, para que não façamos um somatório simplista dos fenômenos
analisados. As decorrências e implicações das partes de um problema devem
ser pensadas com crítica e ponderação, tendo como base estudos de suas
conseqüências globais.
Análise e síntese são processos essenciais no estudo de problemas complexos
e estão quase sempre juntas, presentes numa investigação. São processos
complementares, sendo a primeira sempre precedente, e a segunda, conclusão.