INTRODUÇÂO A ENGENHARIA
Engenharia civil estacio
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170 INTRODUÇÃO À ENGENHARIA - CONCEITOS, FERRAMENTA E COMPORTAMENTOS
CAPÍTULO 7 - MODELOS E SIMULAÇÃO
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Um outro gráfico pode ser traçado com os valores medidos numa
experimentação em laboratório - notar a correlação entre os procedimentos
matemático e experimental. Nesse caso são aplicadas forças reais, na
extremidade livre da viga, que podem ser medidas, por exemplo, através de
dinamômetros. As deflexões produzidas por essas forças podem ser lidas
através de equipamentos que medem deslocamentos por meio de um relógio
comparador. Neste caso, cada par (F; y) representa uma medição em
laboratório, e no caso anterior representava um cálculo teórico.
Como os resultados obtidos na experimentação raramente estão
dispostos de modo a permitir o traçado de uma linha que passe por todos os
pontos, devemos utilizar um procedimento matemático para representar a
tendência do comportamento do sistema. Porém, para que o modelo
matemático tenha uma boa capacidade de representação, estas duas linhas
deverão estar bastante próximas.
Entretanto, dificilmente os pontos experimentais estarão em perfeita
consonância com a curva obtida matematicamente. Os resultados matemáticos
foram obtidos através de um modelo que, por sua vez, foi deduzido em função de
uma série de simplificações do SFR, como as comentadas anteriormente. A
correlação perfeita entre o resultado medido e o resultado calculado deve ser
analisada com cautela, pois é inevitável alguma divergência entre eles.
Previsões sem erros são praticamente inatingíveis. Na verdade, seriam até
antieconômicas as tentativas de alcançá-las.
PARA QUE SERVEM OS MODELOS
Os engenheiros utilizam modelos com várias finalidades. Seguem abaixo
alguns comentários a respeito de algumas dessas finalidades.
PENSAR. Modelos são valiosos instrumentos de auxílio para visualizar e
pensar acerca da natureza de um sistema e do seu comportamento. Mecanismos,
circuitos eletrônicos, sistemas industriais ou processos químicos, pela sua
complexidade, mais que necessitam, exigem modelos adequados para a sua
perfeita compreensão. Um engenheiro, por exemplo, imagina uma carga
constante através de uma representação gráfica. Imagina também uma carga
aleatória - como as forças que atuam no sistema de suspensão de um automóvel,
ou as cargas de vento sobre uma edificação - através de representações gráficas
como apresentado na figura abaixo.
Por outro lado, se os resultados experimentais não estabelecem uma
tendência, indica que não existe qualquer correlação entre o modelo e o SFR
equivalente. Neste caso, devemos reavaliar o modelo, modificando-o -
verificando se o erro reside nas medições efetuadas, na interpretação dos
resultados obtidos ou se realmente o modelo utilizado é inadequado - até
garantir uma precisão aceitável nas previsões.
COMUNICAR. Uma importante habilidade que o engenheiro deve ter é a
capacidade de comunicação dos seus projetos para aqueles que deverão aproválos,
construí-los, operá-los ou mante-los. Os modelos, por facilitarem a descrição
da natureza e do funcionamento dessas criações, são muito usados