INTRODUÇÂO A ENGENHARIA
Engenharia civil estacio
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106 Introdução À engenharia - conceitos, ferramentas e comportamentos
CAPITULO 4 - O ENGENHEIRO
O núcleo de disciplinas específicas é representado por extensões e
aprofundamentos do núcleo de conteúdos profissionalizantes, além de outros
temas destinados a caracterizar cada modalidade. Tais conteúdos são
conhecimentos científicos, tecnológicos e instrumentais necessários para a
definição de cada modalidade de engenharia. O seu estudo deve garantir o
desenvolvimento das competências e habilidades necessárias para uma boa
ação profissional. Porém isso não é tudo, pois cada curso tem suas próprias
disciplinas características que também exigem muita atenção. Para isso, é
salutar que, já a partir do início dos estudos, procuremos conhecer a estrutura
curricular do curso em que estamos matriculados.
Além dos conhecimentos básicos, também há a necessidade de uma
formação direcionada para cada área profissional, tanto em matérias de
embasamento científico específico quanto em tecnologias pertinentes. Um
conversa com o coordenador do curso, ou com os professores da área, poderá
servir como orientação para um planejamento das atividades a serem
desenvolvidas na universidade.
As matérias de formação geral objetivam fornecer aos engenheiros
conhecimentos que complementem a sua formação de uma maneira mais
ampla. Abrangem, em linhas gerais, temas de natureza humanística e de
ciências sociais.
Também fazem parte da formação do engenheiro matérias como:
economia, administração e ciências do ambiente. Isto porque engenheiros
precisam ter ao menos noções gerais de contabilidade e balance,
macroeconomia, administração financeira, administração e organização
industrial, preservação de recursos naturais, temas jurídicos etc. Uma boa
formação nessas áreas é importante porque o profissional vai atuar na
sociedade e precisa ter noções mínimas de vários destes aspectos. Isso não
significa, é claro, que todos devam conhecer em profundidade cada um desses
assuntos. Mas não podemos ser alienados em relação a estes aspectos.
FORMAÇÃO COMPLEMENTAR. Além das disciplinas que compõem o currículo
oficial, é interessante que sejam cursadas outras cadeiras - disciplinas
extracurriculares - para complementação dos conhecimentos no seu campo de
interesse. Cursos de extensão oferecidos pela escola, nas diversas áreas, também
são importantes atividades para complementar a formação. E mais: tais estudos
contribuem para a melhoria do currículo pessoal - curriculum vitae -, aliás uma
aspecto importante na colocação do profissional no mercado de trabalho.
Contatos com especialistas das mais diversas áreas de conhecimento
também são recomendados, pois podem ampliar em muito a visão no campo de
trabalho com o qual nos identificamos.
O aprendizado de outro idioma - por exemplo inglês, espanhol, francês ou
alemão - é importante para que mantenhamos contato com publicações
internacionais, que geralmente trazem as últimas novidades no campo
científico-tecnológico. Dificilmente um curso de engenharia preenche de forma
satisfatória esta lacuna. Por este motivo esta tarefa passa a ser de
responsabilidade individual, e pode ser cumprida através de cursos
extracurriculares. E bom não esquecer que, hoje, proficiência em outras línguas é
quase uma obrigatoriedade na hora da contratação.
Estágios - sem contar os exigidos pêlos próprios cursos -, podem e devem
ser feitos durante os períodos de férias. Apesar de implicar uma cota maior de
esforço, realizá-los constitui uma excelente estratégia para ganhar experiência e
despertar o interesse pela profissão. O contato com alguns aspectos da vida
profissional pode definir, inclusive, a sua continuidade ou não.
Esses poucos comentários acima não esgotam as possibilidades em
termos de sugestões, cuidados e preocupações que devemos ter ao cursar
engenharia. Mesmo assim, vamos comentar apenas mais um ponto importante: o
valor da área da informática. Praticamente mais nada hoje, na nossa vida
cotidiana, é feito sem o auxílio de ferramentas computacionais. Na engenharia,
em todos os seus campos, é inquestionável a sua aplicação. Por isso,
recomendamos o aprendizado, a atualização constante e o uso freqüente do
ferramental proporcionado pêlos sistemas computacionais, com seus
programas e possibilidades de programação.
O aprendizado - através de cursos regulares oferecidos pela instituição
ou cursos de extensão - deve ser constante. O engajamento em grupos de
pesquisa também é uma excelente forma de aprendizado nesta ou em qualquer
outra área. Aliás, em vários assuntos a atividade prática é uma forma
motivadora e eficiente para o aprendizado.