Jornal das Oficinas 190

a verdade é que demorará pelo menos uma década para que
este parque tenha alguma representatividade.
É por esta razão que se tornarmos o parque atual, que está
envelhecido e em muitos casos carente de manutenção/reparação
de qualidade, num parque mais atual (e logo com
emissões mais baixas) e num parque mais conforme as especificações
do fabricante e em linha com os requisitos legais
definidos nas IPOs, seguramente o planeta já agradecia.
Imaginem o que seria resolver tecnicamente todas as viaturas
da Europa que fazem fumo ou emitem gases de escape
para a atmosfera, que apesar de não visíveis, são à mesma
nocivos e não respeitam as características do fabricante
aquando da homologação das viaturas em causa.
Os Modelos de Negócio terão de Mudar
Quando os distribuidores de peças forem “multados” por
agressão ambiental, por fazerem quatro entregas diárias aos
seus clientes em viaturas de combustão interna, então muitos
vão repensar na sua estratégia logística e de distribuição.
Quando as oficinas tiverem mais lucro a reparar uma peça
técnica que a aplicar uma nova ou reconstruída, então muito
mudará relativamente ao atual.
Quando a oficina ou mesmo o distribuidor de peças, tiver
mais lucro na venda da peça reutilizável do que na nova, então
mais mudanças teremos. O lucro deixará de ser analisado
apenas na margem do produto, mas sim numa perspetiva
de benefício ou malefício fiscal, relativo às práticas de sustentabilidade
da empresa.
A Indústria da Mobilidade
É nosso entendimento que todos os players na cadeia de
distribuição automóvel devem assumir o seu papel na nova
Indústria da Mobilidade em substituição da Indústria Automóvel.
Segundo um estudo da Frost & Sulivan, o pós-venda
5.0 (Quadro IV) irá convergir na Mobilidade Integrada e na
Gestão da Posse do Bem.
Conforme é possível verificar neste quadro da Frost & Sulivan,
o papel do digital na nova indústria da mobilidade é
preponderante. O digital é também fator crítico no desenvolvimento
da economia circular.
Resumo
Fizemos dois artigos sobre a Economia Circular e tema não
nos falta para fazer muitos mais. Sendo um tema tão impactante
para nós como Pessoas e não só como gestores de aftermarket,
fica difícil focar este desafio da humanidade numa
indústria ou num setor de atividade.
Segundo o último estudo realizado pela ONU sobre o Clima
e o impacto do Homem no Planeta Terra, estamos à beira
de dizer aos nossos netos que não existirá planeta pare eles
viverem. Se isto não nos fizer mudar a todos… então não sei
o que fará. l
Dário Afonso, diretor da ACM
Quadro III // Para as empresas que trabalham
com mapas de gestão, terão de incluir
nestes os indicadores da sustentabilidade
económica, social e ambiental,
conforme se mostra neste quadro
Fonte: ResearchGate
Social
COMUNIDADE
SUSTENTÁVEL
AMBIENTE NATURAL
E CONSTRUÍDO
SUSTENTÁVEL
Meio ambiente
UM AMBIENTE NATURAL VIÁVEL
Desenvolvimento
Sustentável
AMBIENTE
SOCIAL
EQUITATIVO
DESENVOLVIMENTO
ECONÓMICO
SUSTENTÁVEL
Económico
ECONOMIA
SUFICIENTE
Quadro IV // Segundo um estudo da Frost & Sulivan, o
pós-venda 5.0 irá convergir na Mobilidade
Integrada e na Gestão da Posse do Bem Fonte:
Frost & Sulivan
O futuro do pós-venda 5.0
OEMs afastar-se-ão das plataformas locais para criar uma
plataforma digitalizada única e abrangente com múltiplos
pontos de contacto para servir todos os serviços ao
cliente e outras necessidades de pós-venda
eCommerce
Peças IAM
Novos
modelos de
serviços
Envolvimento
digital
Reparação
online
Convergência de plataformas
Mercados de
serviços
Mobilidade Integrada & Gestão de Propriedade
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