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Jornal das Oficinas 190

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PATROCINADOR ><br />

Ao contrário do que acontece com a bateria dos<br />

automóveis a combustíveis fósseis, que se substitui<br />

facilmente e, na maioria dos casos, por menos<br />

de duas centenas de euros, as baterias que alimentam<br />

os carros elétricos custam alguns milhares de<br />

euros. Por exemplo, num dos carros elétricos de<br />

maior sucesso, o Nissan Leaf, a bateria custa cerca<br />

de sete mil euros, sendo que a troca pressupõe<br />

ainda o tempo de mão de obra especializada. Normalmente,<br />

este não é um assunto problemático<br />

uma vez que as marcas oferecem garantias para<br />

as baterias superiores às da<strong>das</strong> ao resto do carro.<br />

No entanto, o melhor é não arriscar e ter alguns<br />

cuidados de preservação.<br />

A bateria pode ser carregada de várias formas:<br />

numa tomada doméstica, se houver tempo, será<br />

a solução mais em conta, além de que o carregamento<br />

lento proporciona à bateria uma maior<br />

saúde e, consequente, longevidade. Outra possibilidade<br />

passa por ter uma Wallbox em casa e<br />

nestes casos, o carregamento é feito de forma<br />

mais célere, ainda que não seja necessariamente<br />

um chamado carregamento rápido. Caso não<br />

tenha possibilidade de efetuar os carregamentos<br />

em casa, há a possibilidade de usar a rede pública,<br />

podendo escolher entre postos de abastecimento<br />

normal ou rápido. No entanto, para preservar a<br />

vida da bateria, deixe os carregadores rápidos<br />

apenas para situações de emergência, pois a prática<br />

continuada acelera a degradação da bateria.<br />

Não devem ser rejeitados, mas é aconselhável limitar<br />

o recurso a estes pontos de carregamento<br />

somente para as situações em que seja necessário.<br />

O tempo absoluto que uma bateria demora a<br />

carregar dependerá da capacidade da mesma, o<br />

que não é difícil de compreender: uma que reclame<br />

uma autonomia de 200 quilómetros levará<br />

menos tempo que outra que prometa percorrer<br />

400 quilómetros com um único carregamento.<br />

No entanto, em qualquer uma delas, é sabido levar<br />

muito menos tempo a carregar até 80% da<br />

capacidade do que os restantes 20%. No caso<br />

<strong>das</strong> baterias de iões de lítio, que são as mais comuns<br />

atualmente, manter permanentemente os<br />

100% de carga acaba por ter impacto na quantidade<br />

de energia que a bateria consegue armazenar.<br />

Igualmente, a descarga completa também<br />

é prejudicial, pelo que é aconselhável manter os<br />

níveis de carga acima dos 20% (para acautelar<br />

qualquer situação inesperada) e abaixo dos 80%.<br />

O carregamento total da bateria é apenas aconselhado<br />

para viagens longas, próximas da autonomia<br />

máxima do veículo. Os sistemas de navegação<br />

que equipam a maioria dos modelos são<br />

um auxiliar precioso nesta gestão.<br />

Idealmente, convém manter o carregamento <strong>das</strong><br />

baterias sempre entre os 40 e os 80 por cento da<br />

sua capacidade. Isto porque o carregamento gera<br />

calor e quanto mais tempo a bateria está exposta<br />

a este, maiores serão os possíveis danos. Ou seja,<br />

quanto menos tempo estiver ligado à corrente melhor.<br />

Também é importante não colocar o carro a<br />

carregar quando este está quente. Depois de o desligar,<br />

deixe que os vários componentes, sobretudo os<br />

que formam a bateria, arrefeçam. Só depois, ligue<br />

a ficha. Por outro lado, a exposição a temperaturas<br />

extremas acelera a degradação <strong>das</strong> baterias. É assim<br />

aconselhável que o veículo seja protegido dos elementos,<br />

sobretudo nos períodos mais frios e quentes<br />

do ano. O carregamento deve ser efetuado preferencialmente<br />

durante a noite, ou numa garagem ou<br />

parque coberto. Como qualquer outro veículo, um<br />

carro elétrico não deve permanecer parado durante<br />

longos períodos de tempo. É importante que o automóvel<br />

seja conduzido com regularidade, mesmo<br />

que apenas em trajetos curtos.<br />

Fatores que influenciam a autonomia dos VE<br />

A autonomia dos veículos elétricos é uma <strong>das</strong> principais<br />

preocupações de quem pretende comprar um<br />

automóvel com este tipo de tecnologia. Quem se limita<br />

a conduzir na cidade ou num raio reduzido de<br />

distância de casa e carrega a bateria do carro to<strong>das</strong><br />

as noites, não tem de se preocupar com o alcance do<br />

carro. Usar o modo “eco”, nestes casos, é a melhor<br />

forma de poupar carga, se necessário. No entanto,<br />

quando é preciso fazer uma viagem maior, é sempre<br />

bom conhecer alguns dos truques a que pode recorrer<br />

para evitar ficar com a bateria descarregada a<br />

meio da viagem.<br />

O efeito da pressão dos pneus<br />

Um estudo recente demonstrou que um controlo<br />

mais apertado da perda de pressão dos pneus<br />

pode levar a ganhos consideráveis na eficiência<br />

dos veículos elétricos. Os fabricantes têm feito<br />

grandes progressos na melhoria da eficiência destes<br />

veículos, reduzindo a “ansiedade” que estes<br />

carros causam ao utilizador. Embora tenha sido<br />

dada muita atenção aos avanços tecnológicos em<br />

baterias, controlos dos sistemas e aerodinâmica,<br />

os VE são também muito afetados pelos pneus.<br />

Os pneus perdem uma certa quantidade de ar<br />

numa base regular. Um pneu sub-insuflado é menos<br />

rígido e deforma muito mais, resultando em<br />

mais calor. Isto leva a uma maior dissipação de<br />

calor e, em última análise, a uma maior resistência<br />

ao rolamento e menor eficiência dos pneus em<br />

termos de performance e durabilidade. Não vigiar<br />

a pressão dos pneus é má ideia por diversos motivos,<br />

e um deles é uma menor eficiência energética.<br />

O ar condicionado<br />

O ar condicionado é um dos elementos do carro<br />

que mais recorre à bateria, e pode mesmo reduzir<br />

o alcance do carro em 25%. O melhor truque<br />

para combater este efeito é precondicionar<br />

o carro enquanto está a carregar. Se ligar o ar<br />

condicionado enquanto o carro ainda está ligado<br />

à corrente, evita o excesso de energia gasto ao<br />

início. Assim, o carro atinge a temperatura ideal<br />

sem gastar a bateria.<br />

Os bancos aquecidos<br />

Em vez de manter o ar condicionado ligado durante<br />

toda a viagem, depois de ter atingido uma<br />

www.jornal<strong>das</strong>oficinas.com Outubro 2021 19

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