SCMedia News | Revista | Janeiro 2023

SCM Supply Chain Magazine 71
época que não esteja tão forte em termos de
operação, para uma operação que esteja mais
em pico”, destaca, sendo que ao movimentarem
pessoas com mais experiência e know-how,
reduzem o risco de irem buscar ao mercado
pessoas que não tenham tanta experiência.
“Existe muito a tendência de nos picos de
sazonalidade as empresas quererem só dar
uma resposta quantitativa, mas acima de tudo
que essa resposta seja mais qualitativa. Algo
para que nós sensibilizamos bastante os nossos
clientes, é termos sempre o cuidado de não
alocar recursos em demasia, nem num número
deficitário”, explica, justificando que nem vão
ter recursos suficientes, nem incrementar a
produtividade ou maximizar o potencial das
pessoas e da operação. “É muito importante ter
esta visão e esta capacidade de dimensionar,
e fazer permanentemente os movimentos de
ramp up e ramp down no dimensionamento das
equipas, sem penalizar as operações”.
TENDÊNCIAS PARA 2023
“2023 é um ano de incógnita”, caracteriza Jorge
Carvalho. “Existem inúmeros receios neste
momento no ar, não só pela conjuntura que
vivemos em 2022 devido à guerra na Ucrânia,
como também a um passado muito recente
de uma pandemia. Isto causa aqui um nível de
incerteza bastante grande”.
O project manager destaca duas grandes
tendências para este ano: a necessidade de
introduzir cada vez mais processos eficientes nas
operações logísticas, conseguir fazer mais com
menos e rentabilizar os recursos disponíveis;
e começar a olhar mais para processos de
automatização na logística, realçando que esta
não deve ser vista como uma substituição dos
recursos humanos, mas como um auxiliar para
os colaboradores. “As pessoas continuarão a
ser necessárias nesse processo, com funções
e com conteúdos funcionais diários diferentes
daqueles que têm hoje”, defende, “os próprios
equipamentos que hoje são perfeitamente
habituais na logística foram equipamentos que,
à sua época, já se tratavam de processos de
automatização. E nós continuámos a ter pessoas
a trabalhar em logística. Simplesmente, as
pessoas adquiriram outras competências”.
Adicionalmente, e numa ótima mais interna da
Gesgrup, passar a mensagem de que outsourcing
não é a mesma coisa que trabalho temporário.
“Estamos a falar de soluções chave-na-mão, de
valor acrescentado, em que existem equipas
com líderes especializados, a gerir determinadas
operações e em permanente partilha de
informação com o parceiro, para em conjunto
conseguirem fazer crescer os seus negócios
de uma forma sustentável. É uma questão de
cooperação”, conclui Jorge Carvalho. •