08.08.2015 Views

ação civil publica - Repórter Brasil

ação civil publica - Repórter Brasil

ação civil publica - Repórter Brasil

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

MINISTÉRIO PÚBLICO DO TRABALHOPROCURADORIA REGIONAL DO TRABALHO DA 15ª REGIÃOPROCURADORIA DO TRABALHO NO MUNICÍPIO DE ARARAQUARAque isso aconteça, ainda que de forma dissimulada,aparentemente legal (mas, só aparentemente!)Acrescente-se a este argumento o fato de que, no contrato porsafra ou atividade de colheita no âmbito rural, dependendo do tipode atividade, como, no caso, o corte de cana (fl. 398,testemunhas), a sobrejornada não aumenta os ganhos reais doobreiro ao final (só os antecipa), pois a quantidade de trabalho élimitada pela própria safra (aquilo que pode vir a ser colhido oufeito, que não cresce e já está definido pela natureza).Trabalhando mais, cada dia, os empregados antecipam o final docontrato e deixam de ganhar, por exemplo, os avoscorrespondentes às férias e à gratificação natalina de acordo comos meses, assim como outros direitos contratualmente exigíveis(FGTS, benefícios normativos, etc.)Considerada essa limitação física e geográfica, trabalhar mais emum dia, repita-se, implica redução do prazo do contrato detrabalho, ao final, constituindo mera antecipação daquilo queseria feito dentro da normalidade; o desgaste físico não écompensado pelo pagamento da “produção”, ainda mais só com“o adicional de horas extras”.A lógica desse sistema torna-se ainda mais perversa quando sãovários os trabalhadores fazendo a colheita no mesmo espaço. Emfunção do trabalho ser limitado pela safra, aquele que deixou detrabalhar além de sua jornada, terá seus ganhos reduzidos, poisoutro obreiro, trabalhando em sobrejornada, colherá a parte que o85

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!