04.09.2015 Views

Download this publication as PDF - CEAD - Unimontes

Download this publication as PDF - CEAD - Unimontes

Download this publication as PDF - CEAD - Unimontes

SHOW MORE
SHOW LESS
  • No tags were found...

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

UAB/<strong>Unimontes</strong> - 1º Período<br />

BOX 4<br />

Para Saber mais<br />

Escolha uma d<strong>as</strong> fr<strong>as</strong>es<br />

do Box 4 e escreva um<br />

comentário no fórum<br />

de discussão.<br />

a) “Não b<strong>as</strong>ta ter um corpo, é necessário senti-lo, amá-lo, cuidá-lo respeitosamente, conhecê-lo,<br />

vivê-lo na totalidade para que possamos, na relação com o outro, <strong>as</strong>sumir com autoria<br />

o que somos, sentimos, desejamos, pensamos, fazemos com o nosso corpo, nossa vida,<br />

nossa história.” (Madalena Freire /2000.)<br />

b) “... um indivíduo ou um grupo de pesso<strong>as</strong> podem sofrer um verdadeiro dano, uma autêntica<br />

deformação se a gente ou a sociedade que os rodeiam lhes mostram como reflexo,<br />

uma imagem limitada, degradante, depreciada sobre ele.” (Charles Taylor, 1994, p. 58)<br />

c) ”É um costume inglês: na primavera, <strong>as</strong> pesso<strong>as</strong> semearem, vári<strong>as</strong> sementes misturad<strong>as</strong>.<br />

Nada de jardins com cerc<strong>as</strong> separando qualidades... simplesmente espalham-se <strong>as</strong> sementes,<br />

e o maior prazer, é ver o resultado. A maior expectativa é ver como ficará o jardim.<br />

Não interessa tamanhos, cores, espessur<strong>as</strong>, m<strong>as</strong> a beleza disforme do jardim...”<br />

4.3 Educação indígena<br />

Atividade<br />

Pesquise sobre a<br />

contribuição da raça<br />

negra para a Cultura<br />

Br<strong>as</strong>ileira, seguindo os<br />

seguintes endereços<br />

eletrônicos e faça um<br />

relatório sobre su<strong>as</strong><br />

impressões.<br />

32<br />

O Br<strong>as</strong>il conta com uma v<strong>as</strong>ta diversidade<br />

étnica e racial, entre el<strong>as</strong> os povos indígen<strong>as</strong>.<br />

A luta histórica desses povos fez com que<br />

seus direitos relacionados à interculturalidade,<br />

língua materna, entre outros, fossem <strong>as</strong>segurados<br />

em lei. Protagonist<strong>as</strong> de sua história, vários<br />

povos indígen<strong>as</strong> do Br<strong>as</strong>il deram um salto<br />

significativo, conquistando não apen<strong>as</strong> o respaldo<br />

legal para seus direitos, m<strong>as</strong> também os<br />

colocando em prática.<br />

Um exemplo disto são os índios sul-matogrossenses,<br />

no município de Amambai, onde<br />

há três aldei<strong>as</strong> d<strong>as</strong> etni<strong>as</strong> Guarani e Kaiowá,<br />

com uma população estimada em 8.000 (oito<br />

mil) índios, entre el<strong>as</strong> du<strong>as</strong> escol<strong>as</strong> indígen<strong>as</strong>,<br />

tendo como atores 80% (oitenta por cento) de<br />

professores indígen<strong>as</strong>, habilitados em cursos<br />

específicos, sendo o Ará Verá, oferecido pela<br />

Secretaria de Estado de Educação e o Normal<br />

Superior Indígena que foi oferecido pela Universidade<br />

Estadual de Mato Grosso do Sul na<br />

Unidade de Amambai.<br />

A implantação d<strong>as</strong> primeir<strong>as</strong> escol<strong>as</strong> n<strong>as</strong><br />

comunidades indígen<strong>as</strong> no Br<strong>as</strong>il é contemporânea<br />

à consolidação do próprio empreendimento<br />

colonial. A dominação política dos<br />

povos nativos, a inv<strong>as</strong>ão de su<strong>as</strong> terr<strong>as</strong>, a destruição<br />

de su<strong>as</strong> riquez<strong>as</strong> e a extinção de su<strong>as</strong><br />

cultur<strong>as</strong> têm sido, desde o século XVI, o resultado<br />

de prátic<strong>as</strong> que sempre souberam aliar<br />

métodos de controle político a algum tipo de<br />

atividade escolar civilizatória.<br />

A educação escolar indígena na história<br />

do Br<strong>as</strong>il:<br />

Br<strong>as</strong>il Colônia - foi promovida por missionários,<br />

principalmente jesuít<strong>as</strong>, por delegação<br />

explícita da Coroa Portuguesa, e instituída<br />

por instrumentos oficiais, como <strong>as</strong> Cart<strong>as</strong><br />

Régi<strong>as</strong> e os Regimentos, com objetivos voltados<br />

ao ensino religioso e a preparação para o<br />

trabalho. Ressaltamos ainda que nessa época<br />

existiam 1.175 língu<strong>as</strong> indígen<strong>as</strong>. Mediante<br />

a esse fato, os jesuít<strong>as</strong> tentaram utilizar uma<br />

única língua na comunicação com todos os<br />

povos: a nheengatu (língua geral amazônica),<br />

tentativa que não obteve sucesso.<br />

No século XIX - como súdito do Imperador,<br />

visava-se à civilização para o nativo, pois<br />

como civilizado poderia fazer parte da monarquia.<br />

Esperava-se da escola a intervenção n<strong>as</strong><br />

aldei<strong>as</strong> no intuito de sedentarizar os indígen<strong>as</strong>,<br />

mudar seus hábitos, convertendo-os ao<br />

catolicismo e ao trabalho.<br />

No século XX - o nativo é idealizado<br />

como cidadão nacional, patriota, consciente<br />

de seu pertencimento à nação br<strong>as</strong>ileira, integrado<br />

e dissolvido na imaginada sociedade<br />

nacional, porém, contraditoriamente, submetido<br />

ao poder tutelar. Para esse fim, tod<strong>as</strong> <strong>as</strong><br />

ações do Serviço de Proteção ao Índio (SPI),<br />

criado em 1910, dirigiam-se a manutenção de<br />

uma proteção do índio enquanto propriedade<br />

do estado br<strong>as</strong>ileiro e, nesse sentido, a escola<br />

para os índios p<strong>as</strong>sou a ter funções mais controlad<strong>as</strong><br />

pelo Estado que eram de educá-los e<br />

territorizá-los.<br />

Em termos de legislação federal, a Constituição<br />

de 1934 foi a primeira que atribuiu poderes<br />

exclusivos da União para legislar sobre<br />

<strong>as</strong>suntos indígen<strong>as</strong>, consolidando um quadro<br />

administrativo da educação escolar indígena,<br />

que só vai ser significativamente alterado em<br />

1991.<br />

As primeir<strong>as</strong> propost<strong>as</strong> de implantação<br />

de um modelo de educação bilíngüe para<br />

os povos indígen<strong>as</strong>, ainda nos anos de 1950,<br />

como influência da Conferência da UNESCO de<br />

1951, foram considerad<strong>as</strong> inadequad<strong>as</strong> à realidade<br />

br<strong>as</strong>ileira por técnicos do Serviço de Proteção<br />

ao Índio (SPI). Um dos argumentos mais

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!