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Pedagogia - Antropologia e Educação<br />
UNIDADE 5<br />
A escola e os novos complexos<br />
culturais<br />
5.1 Introdução<br />
Nesta unidade, abordaremos <strong>as</strong> nov<strong>as</strong><br />
configurações sociais e o olhar antropológico<br />
em relação a uma sociedade em constante<br />
mudança. Um novo mapa cultural formado<br />
por nov<strong>as</strong> configurações culturais, que traz<br />
em seu bojo nov<strong>as</strong> relações entre estudantes<br />
e professores, entre cultura popular e conhecimento<br />
científico e o aparecimento d<strong>as</strong> nov<strong>as</strong><br />
tecnologi<strong>as</strong> permeando a cultura de m<strong>as</strong>sa<br />
e moldando comportamentos e modos de<br />
vida. Surgem, <strong>as</strong>sim, <strong>as</strong> nov<strong>as</strong> identidades e<br />
<strong>as</strong> crises dess<strong>as</strong> identidades via mobilidade,<br />
flutuação, superficialidade e deslocamento<br />
de sentidos. Dentro desse contexto pós-moderno<br />
e diferenciado, abordaremos o ser cultural<br />
e a virtualidade e o lugar da educação,<br />
da escola e da relação permeada por mudanç<strong>as</strong><br />
ininterrupt<strong>as</strong> e por seres humanos influenciados<br />
por tais mudanç<strong>as</strong> em contínuo<br />
processo de adaptação.<br />
Para saber mais<br />
Entenda melhor a<br />
estória dos eletroeletrônicos<br />
em<br />
http://www.youtube.<br />
com/watch?v=MPWgqkIVgbw<br />
5.2 Nov<strong>as</strong> relações entre<br />
estudantes e professores<br />
Pesquisadores australianos, num provocativo<br />
e instigante ensaio, descrevem <strong>as</strong><br />
presentes relações entre jovens e adultos, estudantes<br />
e professores, como relações entre<br />
seres alienígen<strong>as</strong>; com uma qualificação importante:<br />
nós somos os alienígen<strong>as</strong>, adultos/<br />
professores, e não eles (BIGUM, 1995).<br />
Bigum (1995) também observa que nós,<br />
adultos e intelectuais, podemos teorizar o pósmoderno,<br />
m<strong>as</strong> são eles, os jovens e <strong>as</strong> crianç<strong>as</strong>,<br />
que vivem realmente o pós-moderno.<br />
O que esse autor quer demonstrar é que<br />
o novo complexo cultural representado pela<br />
combinação entre cultura popular (nos chamados<br />
meios de comunicação de m<strong>as</strong>sa) e<br />
<strong>as</strong> nov<strong>as</strong> tecnologi<strong>as</strong> de comunicação estão<br />
produzindo uma transformação radical nos<br />
processos de produção de subjetividade e de<br />
identidades sociais.<br />
Na mudança de uma cultura b<strong>as</strong>eada<br />
nos meios impressos para uma cultura b<strong>as</strong>eada<br />
nos meios audiovisuais e nos computadores,<br />
gera-se um sujeito com nov<strong>as</strong> e diferentes<br />
capacidades e habilidades.<br />
Ess<strong>as</strong> importantes transformações exigem<br />
nov<strong>as</strong> interpretações e novos olhares.<br />
El<strong>as</strong> não podem ser interpretad<strong>as</strong> no registro<br />
conservador do pânico moral e da visão patologizante<br />
que vê a ampliação da influência<br />
da cultura popular e o predomínio dos novos<br />
meios e conteúdos culturais como uma<br />
ameaça a tradicionais valores e capacidades<br />
supostamente mais universais, humanos e superiores.<br />
O novo mapa cultural formado por ess<strong>as</strong><br />
revolucionad<strong>as</strong> configurações culturais não<br />
pode ser interpretado como déficit, patologia,<br />
carência, degeneração, degradação e involução.<br />
Ele tampouco pode ser interpretado na<br />
clave, supostamente progressista e benigna,<br />
de uma tradição de crítica cultural quê vê os<br />
novos meios e conteúdos proporcionados<br />
pela cultura de m<strong>as</strong>sa como produzindo uma<br />
população p<strong>as</strong>siva, mistificada e alienada.<br />
Nessa perspectiva, <strong>as</strong> nov<strong>as</strong> identidades<br />
sociais <strong>as</strong>sim produzid<strong>as</strong> também são vist<strong>as</strong><br />
como patológic<strong>as</strong>, embora el<strong>as</strong> sejam referid<strong>as</strong><br />
não a um p<strong>as</strong>sado mítico e supostamente<br />
mais íntegro, mais completo e autêntico, m<strong>as</strong><br />
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