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<strong>Revista</strong> CIER Nº 55 - 2010<br />
Com base nas curvas de carga<br />
destes equipamentos calculamos<br />
os máximos carregamentos admissíveis<br />
de acordo com a NBR-<br />
5416/97 [5] utilizando o SGT.<br />
Apesar de apresentarem demandas<br />
máximas quase iguais,<br />
as características das curvas de<br />
carga são bem diferentes entre si<br />
como pode ser visto nas fi guras<br />
7 e 8.<br />
Observando a fi gura 8 vemos<br />
que a SE Franca apresenta uma<br />
curva de carga mista, (residencial/comercial<br />
e industrial) com<br />
um pico no horário fora de ponta,<br />
enquanto a SE Gávea tem predominância<br />
de carga residencial<br />
e também apresenta pico no horário<br />
de ponta.<br />
Com base nestas duas curvas<br />
características simulamos na<br />
planilha de cálculo mostrada na<br />
fi gura 5 os máximos carregamentos<br />
admissíveis para cada<br />
um dos transformadores.<br />
4.1 Simulação de Carregamento<br />
dos Transformadores SE<br />
Franca e SE Gávea<br />
Para a realização dos cálculos<br />
de carregamento máximo admissível<br />
dos transformadores, foi<br />
considerado como valor de temperatura<br />
ambiente 35o C constante.<br />
52<br />
Figura 9. Curva de Carga. SE Gávea.<br />
Na prática sabemos que isso<br />
não ocorre, porém, de acordo<br />
com a NBR-5416/97 [5], a temperatura<br />
ambiente é mantida<br />
constante durante todo o período.<br />
Procedendo desta forma<br />
estamos sendo conservadores,<br />
mas por outro lado, provemos<br />
uma maior confi abilidade ao<br />
equipamento no caso da necessidade<br />
de operação acima das<br />
condições nominais.<br />
Transformador da SE Gávea<br />
Potência Nominal – 25 MVA;<br />
Tensão – 138 / 13,8 kV<br />
Ano de Fabricação – 1973<br />
Classe 55 o C<br />
Através do SGT que utiliza<br />
as equações da norma NBR-<br />
5416/97 [5], obtivemos os seguintes<br />
valores máximos de carregamento.<br />
Como podemos ver na tabela<br />
1, para o carregamento descrito<br />
através da curva de carga da SE<br />
Gávea podemos operar o transformador<br />
até 27% acima de sua<br />
potência nominal sem detrimento<br />
de sua vida útil. Isto é possível já<br />
que a maior parte do período o<br />
transformador fi ca no patamar de<br />
15 MVA e o pico de carga, atingindo<br />
cerca de 22 MVA, ocorre<br />
num curto espaço de tempo, 2<br />
horas aproximadamente.<br />
Carregamento Máximo<br />
Capacidade Nominal<br />
Critério de Planejamento<br />
Mantenimiento y operación en la distribución<br />
Tabela 1. Carregamento Máximo<br />
Admissível SE Gávea.<br />
CARREGAMENTO %<br />
Condições Normais de Operação<br />
(105°C)<br />
Acima das Condições Normais<br />
(110°C)<br />
Emergência de Longa Duração<br />
(115°C)<br />
Emergência de Curta Duração<br />
(120°C)<br />
Transformador da SE Franca<br />
Potência Nominal – 25 MVA;<br />
Tensão – 138 / 13,8 kV<br />
Ano de Fabricação – 1981<br />
Classe 55 o C<br />
27<br />
29<br />
29<br />
29<br />
Da mesma forma, obtivemos<br />
os seguintes valores máximos<br />
de carregamento para a SE<br />
Franca.<br />
Tabela 2. Carregamento Máximo Admissível<br />
SE Franca.<br />
CARREGAMENTO %<br />
Condições Normais de<br />
Operação (105°C)<br />
Acima das Condições Normais<br />
(110°C)<br />
Emergência de Longa Duração<br />
(115°C)<br />
Emergência de Curta Duração<br />
(120°C)<br />
11<br />
11<br />
11<br />
11<br />
Observando a tabela 2 podemos<br />
perceber que a situação da<br />
SE Franca é bem diferente da<br />
SE Gávea. Nesse caso o carregamento<br />
máximo admissível é<br />
de apenas 11% sem que haja<br />
detrimento da vida útil do transformador.<br />
A razão para esse menor patamar<br />
é devido ao fato que na maior<br />
parte do tempo o transformador<br />
opera na casa dos 22 MVA, ou<br />
seja, o transformador trabalha<br />
muito mais aquecido. Por essa<br />
razão o valor máximo de temperatura<br />
enrolamento é atingido<br />
mais rapidamente e a patamares<br />
inferiores de sobrecarga.