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o costumeiro de pombeiro - Repositório Aberto da Universidade do ...

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O Or<strong>do</strong> Cluniacensis tem um capítulo <strong>de</strong>dica<strong>do</strong> ao «man<strong>da</strong>tum trium<br />

pauperum quod inchoatur in capite ieiunii e perdurât usque ad kalen<strong>da</strong>s<br />

novembris» (pars I, cap.XLVIll, p.241; cerimonial <strong>da</strong> Quinta-feira Santa, pars<br />

II, cap.XV). Também os Consuetudines Farfenses se referem aos pobres (lib.<br />

II, cap. XLVI). Ain<strong>da</strong> os Decreta Lanfranci se manifestam quanto aos pobres<br />

(cap.32). Do mesmo mo<strong>do</strong>, os Consuetudines Hirsaugienses tem um capítulo<br />

relativo ao man<strong>da</strong>tum trium pauperum (lib. I, cap.CII).<br />

A cari<strong>da</strong><strong>de</strong> monástica inclui também a hospitali<strong>da</strong><strong>de</strong>. Tal como diz a<br />

Regra <strong>de</strong> S. Bento, os hóspe<strong>de</strong>s nunca faltam no mosteiro, por isso <strong>de</strong>vem<br />

ter divisões separa<strong>da</strong>s <strong>da</strong>s <strong>do</strong>s monges, recebem um tratamento especial e<br />

tomam as refeições com o aba<strong>de</strong> separa<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s monges («seja o jejum<br />

rompi<strong>do</strong> pelo superior por causa <strong>do</strong>s hóspe<strong>de</strong>s; a não ser que se trate <strong>de</strong> um<br />

<strong>do</strong>s dias principais <strong>de</strong> jejum que não se possa violar», R.B., LUI, 10). Acolher<br />

um hóspe<strong>de</strong> significava hospe<strong>da</strong>r o próprio Cristo, <strong>da</strong>í a obrigação <strong>de</strong><br />

receber to<strong>da</strong>s as pessoas, sem excepção. Ao tomar conhecimento <strong>da</strong><br />

chega<strong>da</strong> <strong>de</strong> um hóspe<strong>de</strong> saía o aba<strong>de</strong> ou os irmãos ao seu encontro.<br />

O Costumeiro <strong>de</strong> Pombeiro não tem muitas referências a hóspe<strong>de</strong>s.<br />

Prevê apenas a recepção <strong>de</strong> um aba<strong>de</strong>, bispo ou rei - «episcopus vel abbas<br />

aut rey recipiendus opportune <strong>de</strong> foris» 55 * -, e a atribuição aos hóspe<strong>de</strong>s <strong>de</strong><br />

roupas novas na Quinta-feira Santa e no dia <strong>de</strong> S. Martinho - «et si ospes<br />

interíuerít <strong>de</strong>ntur ei sicut unum ex frafrábus» 552 , «ponat camerahus quatuor<br />

pedules ad ledum unius cuiusque fratris necnon et <strong>de</strong> ospicibus si<br />

553<br />

adfuerint» .<br />

Os Consuetudines Farfenses explicam como se <strong>de</strong>ve receber um<br />

aba<strong>de</strong>, bispo ou rei (lib. II, caps. XXXII-XXXIV), além <strong>de</strong> ter um capítulo<br />

relativo aos hóspe<strong>de</strong>s (lib. Il, cap.LXV).<br />

5:>1 Costumeiro, f.34v.<br />

~ 52 Costumeiro. f.44v.<br />

553 Costumeiro, f.77r.<br />

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