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o costumeiro de pombeiro - Repositório Aberto da Universidade do ...

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Lorsch, um catálogo <strong>do</strong> século X enumera já 590 volumes. Em Itália, Bobb.o<br />

tinha já no século X cerca <strong>de</strong> 700 volumes. Em Inglaterra, os mosteiros <strong>de</strong><br />

Cantorbery, York, Winchester, Worcester, Durham, entre outros, abrigavam<br />

bibliotecas muito ricas. Em Espanha no século X. a biblioteca mais r.ca<br />

encontrava-se em Ripoll, saben<strong>do</strong>-se por um catálogo <strong>de</strong> 1046 que possuía<br />

246 manuscritos. Havia ain<strong>da</strong> gran<strong>de</strong>s bibliotecas em Silos, Sahagun, San-<br />

Millan, e outras 64 . Em Portugal contam-se entre os mosteiros melhor<br />

apetrecha<strong>do</strong>s <strong>de</strong> manuscritos Guimarães, SantoTirso, Lorvão, Santa Cruz <strong>de</strong><br />

Coimbra e Alcobaça.<br />

Para manter estas bibliotecas os mosteiros faziam gran<strong>de</strong>s sacrifícios.<br />

Eram três os meios que permitiam o enriquecimento <strong>da</strong>s bibliotecas: compra <strong>de</strong><br />

manuscritos, prática a que os beneditinos recorriam frequentemente; cópia <strong>de</strong><br />

manuscritos empresta<strong>do</strong>s por outras bibliotecas ou, então, copia<strong>do</strong>s no<br />

mosteiro <strong>de</strong> origem, como é o caso <strong>de</strong> vários manuscritos <strong>de</strong> Santa Cruz <strong>de</strong><br />

Coimbra que foram copia<strong>do</strong>s em S. Rufo <strong>de</strong> Avignon 65 e, ain<strong>da</strong>, <strong>do</strong>ações,<br />

po<strong>de</strong>n<strong>do</strong> apontar-se como exemplo a <strong>do</strong>ação <strong>de</strong> vários livros feita pela<br />

con<strong>de</strong>ssa Muma<strong>do</strong>na Dias ao mosteiro <strong>de</strong> Guimarães por ocasião <strong>da</strong><br />

66<br />

<strong>de</strong>dicação <strong>da</strong> sua igreja, em 959 .<br />

Esta breve digressão pelas bibliotecas <strong>de</strong> alguns mosteiros europeus<br />

mostra como essas bibliotecas medievais estavam bem rechea<strong>da</strong>s <strong>de</strong> volumes<br />

e obras utiliza<strong>da</strong>s pelos monges <strong>de</strong> então. Entremos agora no conteú<strong>do</strong> <strong>de</strong>sses<br />

mesmos manuscritos. Absolutamente indispensável numa biblioteca era a<br />

Bíblia ou Vulgata <strong>de</strong> S. Jerónimo. Entre os autores <strong>de</strong> obras litúrgicas mais<br />

li<strong>do</strong>s e utiliza<strong>do</strong>s pelos medievais contam-se, antes <strong>de</strong> mais, Agostinho,<br />

Jerónimo, Gregório Magno, Ambrósio e Be<strong>da</strong>. Entre os autores <strong>de</strong> obras<br />

teológicas mais importantes contam-se Alcuino, Jonas, Hincmar, Smarag<strong>de</strong>,<br />

64 SCHMITZ Ph - Histoire <strong>de</strong> l'ordre <strong>de</strong> saint Benoit, 7 vols., Maredsous, 1948-1956, til, pp.76-77 (<strong>de</strong><br />

fc^SSS e2 Oto <strong>de</strong> forma abrevia<strong>da</strong>: SCHMITZ, Ph. - Histoire <strong>de</strong> t'or<strong>de</strong> <strong>de</strong> sa,nt Benoit,<br />

Penitência, o Pastoral <strong>de</strong> S. Gregório e o comentário <strong>de</strong> Be<strong>da</strong> sobre S Lucas^<br />

«MATOSO, José - A cultura monástica em Portugal (875-1200) in Religião e Cultura, p.380.<br />

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