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o costumeiro de pombeiro - Repositório Aberto da Universidade do ...

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acrescenta "falso". Na memória 1 a , Frei António Meirelles analisa este<br />

<strong>do</strong>cumento e refere-se às suas incoerências. Um historia<strong>do</strong>r actual, Geral<strong>do</strong><br />

Coelho Dias, apresenta as razões por que se <strong>de</strong>ve consi<strong>de</strong>rar falso tal<br />

<strong>do</strong>cumento. Antes <strong>de</strong> mais «os elementos <strong>de</strong> suspeição são o tom<br />

empanturra<strong>do</strong> <strong>do</strong> texto, a alusão à <strong>de</strong>struição <strong>do</strong>s mouros e a explícita<br />

referência aos monges beneditinos negros: "proponimus facere monasterium et<br />

<strong>do</strong>mus fratrum nigrorum ordinis sancti Benedicti" [...]. A referência aos monges<br />

negros em 1059 é <strong>de</strong>scabi<strong>da</strong> e constitui um insofismável anacronismo, pois a<br />

distinção <strong>de</strong> beneditinos em monges negros (observância <strong>de</strong> Cluny) e monges<br />

brancos (observância <strong>de</strong> Cister) só se começou a fazer quan<strong>do</strong> S. Bernar<strong>do</strong><br />

(1090-1153) a<strong>do</strong>ptou o hábito branco em Claraval»<br />

Po<strong>de</strong>-se, contu<strong>do</strong>, afirmar que o mosteiro <strong>de</strong> Pombeiro foi fun<strong>da</strong><strong>do</strong>, ou<br />

pelo menos, inicialmente habita<strong>do</strong>, por beneditinos <strong>de</strong> observância<br />

cluniacense, e <strong>da</strong>ta certamente <strong>de</strong> finais <strong>do</strong> século XI. Isto porque o primeiro<br />

<strong>do</strong>cumento ver<strong>da</strong><strong>de</strong>iro <strong>de</strong>ste mosteiro <strong>da</strong>ta <strong>de</strong> 1102 (10/ Fev.). Trata-se <strong>de</strong> uma<br />

<strong>do</strong>ação que o fun<strong>da</strong><strong>do</strong>r <strong>do</strong> mosteiro D. Gomes Echigues e sua mulher,<br />

Gontro<strong>da</strong>, fazem em favor <strong>do</strong> seu mosteiro 78 . Os <strong>de</strong>scen<strong>de</strong>ntes <strong>do</strong>s fun<strong>da</strong><strong>do</strong>res<br />

<strong>do</strong>taram o mosteiro <strong>de</strong> numerosos bens enriquecen<strong>do</strong> bastante o seu<br />

.79<br />

património .<br />

A família que <strong>de</strong>tinha o padroa<strong>do</strong> <strong>do</strong> mosteiro <strong>de</strong> Pombeiro era a <strong>do</strong>s<br />

Sousas, família po<strong>de</strong>rosa <strong>de</strong> infanções e ricos-homens, cujos chefes <strong>de</strong><br />

linhagem <strong>de</strong>sempenharam frequentemente o cargo <strong>de</strong> mor<strong>do</strong>mo-mor <strong>da</strong> corte e<br />

vários filhos segun<strong>do</strong>s o <strong>de</strong> alferes.<br />

2.2. Enriquecimento patrimonial<br />

Entre os benfeitores <strong>do</strong> mosteiro <strong>de</strong>staca-se, logo à parti<strong>da</strong>, D. Teresa,<br />

mulher <strong>do</strong> con<strong>de</strong> D. Henrique, que lhe conce<strong>de</strong>u carta <strong>de</strong> Couto, com jurisdição<br />

11 DIAS Geral<strong>do</strong> J A. Coelho - O mosteiro <strong>de</strong> Pombeiro, p.46.<br />

" MEmELLES - Memórias <strong>do</strong> mosteiro <strong>de</strong> Pombeiro, pp.2, 118-120. Nesta escritura figuram ain<strong>da</strong><br />

quafo^os filhos <strong>do</strong>s fun<strong>da</strong><strong>do</strong>res: D. Egas Gomes, D. Paio Gomes, D. Trondili Gomes e D. Flâmula<br />

Gomes Atesta também a veraci<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong>ste <strong>do</strong>cumento Geral<strong>do</strong> Coelho Dias (O.L , p 46)<br />

-Ver sobre a <strong>de</strong>scendência <strong>do</strong>s fun<strong>da</strong><strong>do</strong>res <strong>de</strong> Pombeiro: MEIRELLES - Memórias<strong>do</strong> moste,ro <strong>de</strong><br />

Pombeiro, pp.2-6; S. TOMÁS, Frei Leão <strong>de</strong> - Benedictina Lusitana, t.U, cap.VIII, pp. 49-53,<br />

FERNANDES - M.Antonino, Felgueiras, pp.40-41.<br />

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