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o costumeiro de pombeiro - Repositório Aberto da Universidade do ...

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2.4. Do regresso à normali<strong>da</strong><strong>de</strong> à expulsão <strong>do</strong>s monges<br />

A reforma <strong>da</strong> Or<strong>de</strong>m, leva<strong>da</strong> a cabo pela Congregação <strong>do</strong>s Monges<br />

Negros, originou profun<strong>da</strong>s transformações no mosteiro. Além <strong>da</strong> regularização<br />

<strong>da</strong> observância monástica, com o regresso à normalização <strong>do</strong>s costumes, o<br />

mosteiro sofreu alterações a nível <strong>do</strong> traça<strong>do</strong> <strong>do</strong>s edifícios, <strong>da</strong>n<strong>do</strong> assim<br />

origem a um imponente conjunto arquitectónico. Mas os monges não se<br />

empenharam apenas na reedificação e no melhoramento <strong>da</strong> igreja e <strong>do</strong><br />

mosteiro, preocuparam-se também em <strong>do</strong>tar o mosteiro <strong>de</strong> utensílios litúrgicos<br />

diversifica<strong>do</strong>s para a realização <strong>do</strong> culto; em enriquecer a biblioteca, hoje<br />

dispersa e quase totalmente perdi<strong>da</strong>, com várias obras indispensáveis à<br />

formação cultural e religiosa <strong>do</strong>s monges; em cui<strong>da</strong>r <strong>do</strong> cartório on<strong>de</strong> estavam<br />

guar<strong>da</strong><strong>do</strong>s os títulos <strong>de</strong> posse <strong>de</strong> igrejas e casais, bulas, <strong>de</strong>man<strong>da</strong>s, <strong>do</strong>ações,<br />

100<br />

testamentos, escambos, prazos e tombos .<br />

Foi durante o aba<strong>da</strong><strong>do</strong> <strong>de</strong> Frei Bento <strong>da</strong> Ascensão (1719-1721) que se<br />

construiu a capela <strong>de</strong> Santa Quitéria, santuário mira<strong>do</strong>uro, promoven<strong>do</strong>-se<br />

assim o culto <strong>da</strong> santa 101 . Outro culto igualmente promovi<strong>do</strong> pelos monges <strong>de</strong><br />

Pombeiro foi o <strong>de</strong> S. Gonçalo, que era venera<strong>do</strong> como beneditino.<br />

No que respeita à administração <strong>do</strong> mosteiro é indispensável a consulta<br />

<strong>do</strong>s Esta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> Tibães, que são os relatórios para os Capítulos Gerais que <strong>de</strong><br />

três em três anos se reuniam em Tibães. Durante este perío<strong>do</strong> os monges<br />

empenharam-se bastante no <strong>de</strong>senvolvimento agrícola. Por exemplo, em 1647<br />

plantaram-se 700 carvalhos e alguns castanheiros; «o "Esta<strong>do</strong> <strong>de</strong> 1764" anota<br />

a plantação nos passais <strong>do</strong> mosteiro <strong>de</strong> 70 castanheiros, 56 pessegueiros, 106<br />

vi<strong>de</strong>s, 30 enxertos, 20 estacas <strong>de</strong> macieiras, 20 figueiras, 50 marmeleiros, 10<br />

álamos, 7 salgueiros, e na quinta <strong>de</strong> Avelar, 153 carvalhos, 63 castanheiros, 24<br />

102<br />

estacas <strong>de</strong> pereiros, 121 vi<strong>de</strong>s e 11 enxertos» .<br />

100 DIAS Geral<strong>do</strong> J A. Coelho - O mosteiro <strong>de</strong> Pombeiro, p.49.<br />

- DLAS Gnkta J A. Coelho - O mosteiro <strong>de</strong> Pombeiro, p.49. Sobre o culto <strong>de</strong> santa Quuena ver<br />

ASCENSÃO Frei Bento - Vi<strong>da</strong> e martvrio <strong>da</strong> insigne virgem e mártir prodigiosa santa Qui ten a ... no<br />

Zfe Pombeiro. Lisboa, 1722 (2« ed Porto, 1855); MACHADO, Pe. Hennque: - ££ nu^oe<br />

milagres <strong>de</strong> santa Quitéria - Glórias e maravilhas <strong>do</strong> monte Pombeiro, Porto^ 1919 SILVA, Jwe<strong>da</strong><br />

Santa Quitéria em terras <strong>de</strong> Felgueiras, in «Douro Litoral,, VTII, 2» senc, tfVH; 1947, pp.48-55, n°VHI,<br />

- otS' SSxAXDdho - O mosteiro <strong>de</strong> Pombeiro. p.49. O mosteiro <strong>de</strong> Santa Maria <strong>de</strong> Pomteiro<br />

const U<strong>da</strong> um importante centro cerealífero, como se po<strong>de</strong> avaliar pelos monfcntes reca<strong>do</strong>s <strong>da</strong>s sua,<br />

Sumas PombSro recebia dízimos <strong>de</strong> <strong>de</strong>z lgrejas anexas: Santa Mana <strong>de</strong> Pombeno (a freguesia <strong>do</strong><br />

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