15.04.2013 Views

o costumeiro de pombeiro - Repositório Aberto da Universidade do ...

o costumeiro de pombeiro - Repositório Aberto da Universidade do ...

o costumeiro de pombeiro - Repositório Aberto da Universidade do ...

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

3.4.10. A Biblioteca e o Scriptorium<br />

3.4.10.1. A Biblioteca<br />

554<br />

Nos inícios <strong>da</strong> I<strong>da</strong><strong>de</strong> Média, os livros <strong>do</strong> mosteiro guar<strong>da</strong>vam-se num<br />

armário, na Igreja ou na sacristia. Por isso é que no início quem tinha a<br />

guar<strong>da</strong> <strong>do</strong>s livros era o precentor. Com o tempo, foram-se construin<strong>do</strong><br />

claustros maiores, que eram o local <strong>de</strong> trabalho <strong>do</strong>s monges que liam,<br />

escreviam e faziam os manuscritos, e os livros <strong>de</strong> uso geral eram guar<strong>da</strong><strong>do</strong>s<br />

em armários na ala norte <strong>do</strong> claustro. Mais tar<strong>de</strong> passou a construir-se uma<br />

555<br />

sala própria para guar<strong>da</strong>r os livros <strong>do</strong> mosteiro .<br />

As bibliotecas monásticas contavam com gran<strong>de</strong> diversi<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong> obras<br />

conforme a sua importância e as suas possibili<strong>da</strong><strong>de</strong>s, pois os livros eram<br />

muito caros. Havia três meios que permitiam o enriquecimento <strong>de</strong> uma<br />

biblioteca: a compra <strong>de</strong> livros, a cópia <strong>de</strong> manuscritos empresta<strong>do</strong>s <strong>de</strong> outras<br />

556<br />

bibliotecas ou copia<strong>do</strong>s no mosteiro que guar<strong>da</strong>va os manuscritos a copiar<br />

e as <strong>do</strong>ações feitas pelos particulares ao mosteiro. Para os beneditinos a<br />

biblioteca representava o santuário mais precioso a seguir ao oratório, era o<br />

seu tesouro que, naturalmente, precisava <strong>de</strong> ser guar<strong>da</strong><strong>do</strong>. Daí na entra<strong>da</strong><br />

<strong>de</strong> muitas bibliotecas estar inscrito: Claustrum sine armário sicut grex sine<br />

armentario, ou Claustrum sine armário est castrum sine armamentario.<br />

Praticamente em to<strong>da</strong>s as bibliotecas, para além <strong>da</strong> Bíblia, havia uma<br />

série <strong>de</strong> livros litúrgicos <strong>de</strong>stina<strong>do</strong>s ao serviço <strong>do</strong> altar e <strong>do</strong> coro. Os Padres<br />

<strong>da</strong> Igreja estavam também representa<strong>do</strong>s, sobretu<strong>do</strong> Santo Agostinho, S.<br />

Jerónimo e S. Gregório Magno; S. Ambrósio e Be<strong>da</strong> encontram-se também<br />

em muitas <strong>da</strong>s colecções. As obras teológicas ocupam, igualmente, um lugar<br />

<strong>de</strong> relevo nas bibliotecas monásticas. São, geralmente, obras <strong>de</strong> Alcuíno,<br />

Florus, Jonas, Hincmar, Smarag<strong>do</strong>, Rábano Mauro, Odão <strong>de</strong> Cluny, Abbon<br />

<strong>de</strong> Fleury, Fulberto <strong>de</strong> Chartres, Lanfranco, Anselmo, João Crisóstomo,<br />

Isi<strong>do</strong>ro, Leão Magno, Pedro Lombar<strong>do</strong>, entre outros. Po<strong>de</strong>r-se-á dizer, <strong>de</strong><br />

554<br />

Ain<strong>da</strong> relativamente às bibliotecas e seu conteú<strong>do</strong> ver o capítulo "1.3.1.2. Leituras Monásticas",<br />

com bibliografia mais extensa.<br />

555<br />

KNOWLES. David - The monastic or<strong>de</strong>r in England, p.527.<br />

556<br />

Os livros copia<strong>do</strong>s eram empresta<strong>do</strong>s por outros mosteiros, por igrejas ou ain<strong>da</strong> por particulares.<br />

138

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!