06.04.2013 Views

o impacto das cotas nas

o impacto das cotas nas

o impacto das cotas nas

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

O impactO <strong>das</strong> cOtas <strong>nas</strong> universidades brasileiras (2004-2012) • 151<br />

candidatos para o curso específico. Ou seja, a dificuldade de<br />

ingresso é influenciada pelo número de competidores e também<br />

pelo grau de preparação deles. Mesmo se determinado curso<br />

tiver um número relativamente alto de candidatos por vaga,<br />

se o conjunto de alunos que escolher o curso não estiver bem<br />

preparado para to<strong>das</strong> as provas do vestibular, um indivíduo<br />

não precisa de um escore total muito alto para ser aprovado.<br />

Os cursos identificados como de difícil ingresso (que exigem<br />

escores altos) são Direito (diurno e noturno), Engenharia Civil,<br />

Engenharia Química, Medicina e Relações Internacionais. Os<br />

cursos de ingresso relativamente fácil (que exigem escores bem<br />

menores) são Biblioteconomia, Física Licenciatura (noturno)<br />

Matemática Licenciatura (diurno), Matemática Licenciatura<br />

(noturno) e Pedagogia.<br />

Usando essa classificação, fica evidente que, embora exista<br />

certa preferência pelos cursos de mais difícil entrada entre os<br />

alunos de to<strong>das</strong> as categorias, essa tendência é notavelmente<br />

mais forte entre aqueles que cursaram o ensino médio em<br />

escolas particulares. No período de 2008 a 2011, 33,9% dos<br />

vestibulandos de escolas particulares escolheram os cursos<br />

de difícil ingresso, ao passo que 22,5% dos alunos <strong>das</strong> escolas<br />

públicas escolheram esses cursos. Isso sugere que boa parte da<br />

“desvantagem”, identificada no Gráfico 2, de alunos oriundos de<br />

escolas particulares (categoria “outras”) depois da implantação<br />

<strong>das</strong> <strong>cotas</strong> é uma consequência da concentração desses alunos em<br />

concursos vestibulares mais exigentes. Existem poucas diferenças<br />

entre alunos brancos, pretos e pardos de escolas públicas na<br />

preferência pelos cursos de mais difícil entrada.<br />

Os gráficos 3 e 4 examinam as mudanças no período de<br />

2007 a 2011 <strong>nas</strong> probabilidades de aprovação de vestibulandos<br />

<strong>das</strong> diferentes categorias que disputaram vagas nos cursos<br />

com vestibulares mais exigentes e menos exigentes.<br />

Novamente, aproveitamos aqui as respostas aos questionários<br />

socioeconômicos e não as categorias de ingresso escolhi<strong>das</strong><br />

pelos alunos. Na competição por vagas nos cursos de mais difícil<br />

ingresso, a “desvantagem” dos alunos de escolas particulares

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!