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o impacto das cotas nas

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O impactO <strong>das</strong> cOtas <strong>nas</strong> universidades brasileiras (2004-2012) • 181<br />

ao Estudante – SATIE, que mantém o Plantão Psicológico, o Plantão<br />

Beneficio Sócio Econômico (BSE) e as Ofici<strong>nas</strong> de Apoio Pedagógico,<br />

carecendo, talvez, de especializar tais serviços para que dialoguem com<br />

as especificidades de cada categoria cotista. 15<br />

Segundo as manifestações dos diversos segmentos, a questão<br />

da permanência ultrapassa em muito as possibilidades de tais<br />

programas de apoio no âmbito da PRAE, que nem significam<br />

uma forma sistemática de acompanhamento dos cotistas. A mera<br />

existência desses, deixando na responsabilidade dos cotistas acessálos<br />

se necessário, traduz-se em uma forma de desresponsabilização<br />

da instituição, pois se atribui ao âmbito individual a concessão<br />

de benefícios aos cotistas, ao invés da comunidade universitária<br />

assumir a tarefa de propor políticas e programas capazes de atender<br />

às expectativas dos diferentes segmentos. Pelo menos, caberia<br />

identificar a existência de dificuldades e orientar os estudantes a<br />

procurar apoio. A mera oferta de instrumentos de apoio pedagógico<br />

não é suficiente, pois é necessário identificar quais apoios são<br />

indispensáveis aos diferentes segmentos de cotistas, inclusive com<br />

atenção a questões específicas de caráter individual.<br />

Assim, dever-se-ia definir a quem cabe monitorar os<br />

cotistas em sua vida institucional, atribuindo ao laboratório<br />

AFIRME e as coordenações de curso, estas hoje praticamente<br />

ausentes da execução do programa de ações afirmativas, uma<br />

função executiva, que deveria ser realizada em parceria com<br />

as entidades que representam os diferentes segmentos de<br />

cotistas. Aliás, tal situação, de colocar na responsabilidade<br />

do estudante buscar apoio quando achar necessário, não tem<br />

impedido, entre os demais estudantes da Universidade, a<br />

existência de uma evasão significativa sem acompanhamento<br />

efetivo da instituição (6,57%), mas, ainda menor do que a<br />

verificada entre os cotistas, onde a vulnerabilidade é maior,<br />

conforme tabela abaixo.<br />

15 Relatório PROGRAD-UFSM (2011), p.12, disponível em .

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