o impacto das cotas nas
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O impactO <strong>das</strong> cOtas <strong>nas</strong> universidades brasileiras (2004-2012) • 193<br />
no Brasil: a exclusão dos negros do sistema de ensino, sendo<br />
eles vítimas da evasão escolar ainda no ensino fundamental,<br />
o que implica na urgência de políticas de inclusão e<br />
permanência da comunidade negra no espaço escolar.<br />
b) A divulgação insuficiente do sistema de <strong>cotas</strong> junto<br />
às escolas do ensino médio, onde a Universidade pouco<br />
tem atuado, mas que tem melhorado com o trabalho<br />
desenvolvido pelas entidades liga<strong>das</strong> ao movimento social<br />
negro e com participação efetiva dos grupos organizados de<br />
estudantes cotistas afro-brasileiros, o coletivo AFRONTA<br />
e a AENUSFM (Associação dos Estudantes Negros da<br />
UFSM). Tal aspecto pode ser avaliado quando se observa<br />
que em 2011 foram selecionados pela situação cidadão<br />
presente A 232 estudantes, cerca de 30% dos ingressantes<br />
em todo período de 2008-2010; é necessário considerar,<br />
também, que o debate mais profundo e publicizado pela<br />
mídia sobre a adoção de <strong>cotas</strong> <strong>nas</strong> universidades, motivado<br />
pelas tentativas de aprovação deste instituto no Congresso<br />
Nacional ou na avaliação pelo Supremo Tribunal Federal<br />
da sua constitucionalidade, ampliou a divulgação junto aos<br />
jovens interessados em cursar a universidade.<br />
c) O terceiro fator relaciona-se ao processo seletivo em<br />
si, onde o estabelecimento de um mesmo ponto de corte<br />
universal para cotisitas e não cotistas, a partir do qual serão<br />
corrigi<strong>das</strong> as redações elabora<strong>das</strong> pelos candidatos para<br />
após estabelecer-se a classificação por sistema de <strong>cotas</strong>, tem<br />
feito que em cursos com média de acertos maiores (médias<br />
mais altas), muitos candidatos sejam aí eliminados. Segundo<br />
a PROGRAD em seu relatório de 2011, “tal requisito afasta<br />
eventuais dissídios quanto ao aspecto meritório dos certames<br />
vestibulares”. Ora, o vestibular sempre foi um mecanismo<br />
de exclusão e que não avalia nenhum mérito real, ape<strong>nas</strong><br />
permite que se manifeste o efeito da desigualdade no acesso<br />
ao ensino de qualidade nos níveis fundamental e médio,