o impacto das cotas nas
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monitoramento, permanência e promoção da<br />
diversidade: as ações afirmativas em risco na<br />
universidade Federal de Santa maria-RS<br />
Paulo Roberto Silveira 1<br />
Marta Íris Camargo Messias da Silveira 2<br />
Andressa Rodrigues Messias 3<br />
Neste artigo, argumentamos que, após cinco anos da<br />
aprovação da Resolução 011/2007, 4 que estabeleceu o<br />
sistema de <strong>cotas</strong> para acesso à Universidade Federal<br />
de Santa Maria, a integralidade de uma política de ações<br />
afirmativas ainda enfrenta óbices de natureza política e<br />
institucional. No tocante aos aspectos fundamentais para a<br />
1 Doutor pelo Programa Interdisciplinar em Ciências Huma<strong>nas</strong> da Universidade<br />
Federal de Santa Catarina; professor do Departamento de Educação Agrícola e<br />
Extensão Rural da Universidade Federal de Santa Maria; presidente da Comissão<br />
de Implantação e Acompanhamento <strong>das</strong> Ações Afirmativas da UFSM.<br />
2 Doutora em Educação pelo Programa de Pesquisa e Pós-graduação em Educação da<br />
UFBA; professora adjunta do curso de Licenciatura em Educação Física da UNIPAMPA,<br />
campus de Uruguaiana; presidente da Comissão Especial de Estudos sobre a Cultura<br />
Afro-brasileira e Indígena da Universidade Federal do Pampa – HICABI.<br />
3 Acadêmica do curso de Licenciatura em Educação Física da Universidade Federal<br />
de Santa Maria.<br />
4 Esta resolução, aprovada pelo Conselho de Ensino, Pesquisa e Extensão da<br />
UFSM em agosto de 2007, passando a vigorar para os processos seletivos<br />
de 2008, institui <strong>cotas</strong> de 10 a 15 % para afro-brasileiros negros (pretos ou<br />
pardos), aumentando um por cento a cada ano, até o limite de 15%; 5% para<br />
portadores de necessidades especiais; 20% para provenientes da escola<br />
pública; e a criação de vagas para indíge<strong>nas</strong> <strong>nas</strong> áreas deman<strong>das</strong> por este<br />
segmento (até dez vagas/ano).