Esquistossomose mansônica: aspectos sócio-culturais em ...
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<strong>Esquistossomose</strong> <strong>mansônica</strong>: <strong>aspectos</strong> <strong>sócio</strong>-<strong>culturais</strong>... Daniella Coelho G. da Silva<br />
entendendo-se a saúde como ausência de doenças, passando a incluir fatores mentais,<br />
<strong>culturais</strong>, socioeconômicos como dimensões importantes no que diz respeito à saúde.<br />
O desenvolvimento do conhecimento da história da doença com todas as etapas<br />
e fatores – fatores sociais como, socioeconômicos, <strong>sócio</strong>políticos, socio<strong>culturais</strong> e<br />
psicossociais e os fatores ambientais – como forma de prevenção. A história da doença<br />
implica afirmar que todo desenvolvimento de uma doença passa por um conjunto de<br />
processos interativos compreendendo as inter-relações do agente, do suscetível e do<br />
meio ambienta. Afetando o processo global e seu desenvolvimento, desde as primeiras<br />
forças que criam o estímulo patológico no meio ambiente, ou <strong>em</strong> qualquer outro lugar,<br />
passando pela resposta do hom<strong>em</strong> ao estímulo, até as alterações que levam a um defeito,<br />
invalidez, recuperação ou morte (Rouquayrol & Goldbaum, 2003).<br />
Modernamente, a epid<strong>em</strong>iologia não apresenta os fatores sociais como uma<br />
variável no conhecimento da História Natural da Doença, como antes era percebido;<br />
mas sim, como campo onde a doença adquire um significado específico, obtendo assim<br />
a sua importância como etapa nesse processo.<br />
“A perspectiva de pensar o ‘social’ sob a forma mais<br />
totalizante – uma estrutura social particularizada <strong>em</strong><br />
conjunturas econômicas, políticas e ideológicas – que<br />
condiciona a uma dada situação de vida de grande parcela da<br />
população e um agravamento crítico do seu estado de saúde, dá<br />
ao estudo do processo epidêmico sua real dimensão enquanto<br />
fenômeno coletivo” (Marsiglia et al.,2003, p.277).<br />
De acordo com Rouquayrol & Goldbaum (2003), o hom<strong>em</strong> está presente <strong>em</strong><br />
todas as etapas na produção da doença. É gerador das condições socioeconômicas<br />
favorecedoras das anomalias ecológicas predisponentes a alguns dos agentes<br />
diretamente responsáveis por doenças, como também, é a primeira vítima na agressão à<br />
saúde.<br />
Voltando a uma concepção de saúde e doença, dentro de um contexto<br />
epid<strong>em</strong>iológico, doença pode ser definida nos t<strong>em</strong>pos atuais como:<br />
“... desajustamento ou uma falha nos mecanismos de<br />
adaptação do organismo ou uma ausência de reação aos<br />
estímulos a cuja ação está exposto. O processo conduz a uma<br />
perturbação da estrutura ou da função de um órgão, ou de um<br />
sist<strong>em</strong>a ou de todo o organismo ou de suas funções vitais”<br />
(Rouquayrol et al., 2003, p.229).<br />
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