os painéis de azulejo da estação de s. bento - Repositório Aberto da ...
os painéis de azulejo da estação de s. bento - Repositório Aberto da ...
os painéis de azulejo da estação de s. bento - Repositório Aberto da ...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
coloca<strong>da</strong> solenemente em 7 <strong>de</strong> Junho <strong>de</strong> 1784. Nesse dia, com a presença do bispo D.<br />
João Rafael <strong>de</strong> Mendonça, acompanhado por cinco «Ilustres Capitulares» - o Tesoureiro<br />
Mor, Álvaro Leite Pereira do lago e Vasconcel<strong>os</strong>, e <strong>os</strong> Cóneg<strong>os</strong>, António Martins <strong>de</strong><br />
Sampaio, J<strong>os</strong>é Joaquim R<strong>os</strong>ado <strong>de</strong> Faria e Simão <strong>de</strong> Melo Cogominho, e o Arcediago<br />
do Porto, António Jorge <strong>de</strong> Meireles que pegava no «Baco Episcopal» - foi coloca<strong>da</strong> a<br />
primeira pedra. 7<br />
Lança<strong>da</strong> a primeira pedra, trabalhando-se intensamente nas pedreiras <strong>de</strong>s<strong>de</strong><br />
1783, as obras <strong>da</strong> nova igreja vão continuar ininterruptamente até à sua conclusão, em<br />
1794.<br />
Ao longo d<strong>os</strong> <strong>de</strong>z an<strong>os</strong> que duraram as obras, foram divers<strong>os</strong> <strong>os</strong> mestres<br />
pedreir<strong>os</strong> e carpinteir<strong>os</strong> que contribuíram para a sua concretização, <strong>de</strong>s<strong>de</strong> <strong>os</strong> que<br />
estavam à frente <strong>da</strong>s pedreiras, até a<strong>os</strong> que trabalharam na igreja.<br />
Interiormente a igreja que substitui a antiga era vasta, clara, com galerias n<strong>os</strong><br />
dois an<strong>da</strong>res que a «cingem partindo d<strong>os</strong> cor<strong>os</strong>, e permitindo o uso <strong>de</strong> to<strong>da</strong>s as<br />
tribunas». Igreja «<strong>de</strong> uma só nave, coberta <strong>de</strong> abóba<strong>da</strong> assente em gr<strong>os</strong>sas pare<strong>de</strong>s<br />
corta<strong>da</strong>s <strong>de</strong> corredores, com sumptu<strong>os</strong><strong>os</strong> altares e magnifico órgão». 8<br />
A facha<strong>da</strong> <strong>da</strong> nova igreja do M<strong>os</strong>teiro <strong>de</strong> S. Bento <strong>da</strong> Ave-Maria estava dividi<strong>da</strong><br />
em quatro zonas que tornavam o corpo central um pouco saliente (fig. 4). Na primeira<br />
zona, la<strong>de</strong>avam a porta<strong>da</strong> dois pares <strong>de</strong> colunas, que sustentavam um frontão curvo<br />
interrompido, conjunto que recor<strong>da</strong>, ain<strong>da</strong> que este seja mais imponente, a porta<strong>da</strong> <strong>da</strong><br />
igreja do Recolhimento <strong>de</strong> N<strong>os</strong>sa Senhora do Patrocínio. Não po<strong>de</strong>m<strong>os</strong> esquecer que<br />
Manuel d<strong>os</strong> Sant<strong>os</strong> Porto e Manuel Álvares, eram <strong>de</strong> Santa Cruz do Bispo. Um janelão<br />
abria-se no centro <strong>da</strong> segun<strong>da</strong> zona, que seguia o mesmo esquema do an<strong>da</strong>r do portal,<br />
mas agora remata<strong>da</strong> por um frontão triangular interrompido. Estas duas zonas lembram<br />
a comp<strong>os</strong>ição <strong>da</strong> facha<strong>da</strong> <strong>da</strong> catedral <strong>de</strong> Siracusa <strong>de</strong> Pompeo Picherali (1670-1743).<br />
Finalmente, um grandi<strong>os</strong>o ático rematado por um frontão triangular <strong>de</strong> linhas ondulante,<br />
amb<strong>os</strong> «cavad<strong>os</strong> numa superfície côncava similar à <strong>da</strong> maioria d<strong>os</strong> retábul<strong>os</strong> portuenses<br />
<strong>de</strong> talha rocaille» coroavam a facha<strong>da</strong>. No primeiro, inscrevia-se um nicho com a<br />
estátua do padroeiro; no segundo, o tímpano era <strong>de</strong>corado com as armas reais. Os dois<br />
corp<strong>os</strong> laterais terminavam em frontões <strong>de</strong> volutas interrompi<strong>da</strong>s. Aqueles<br />
apresentavam, como em todo frontispício, tanto n<strong>os</strong> remates d<strong>os</strong> dois janelões como n<strong>os</strong><br />
7 ALVES, Joaquim Jaime B. Ferreira – O Porto na época d<strong>os</strong> Alma<strong>da</strong>s: arquitectura, pág. 122.<br />
8 Ibi<strong>de</strong>m, pág. 123.<br />
8