os painéis de azulejo da estação de s. bento - Repositório Aberto da ...
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A sua obra mais notável e mais reproduzi<strong>da</strong> é a <strong>de</strong>coração <strong>da</strong> Estação <strong>de</strong> S.<br />
Bento, projecto do arquitecto portuense Marques Silva (1869-1947) como vim<strong>os</strong>. A<br />
espectacular Entra<strong>da</strong> <strong>de</strong> D. João I no Porto e outr<strong>os</strong> moment<strong>os</strong> <strong>de</strong>stacad<strong>os</strong> <strong>da</strong> história<br />
<strong>da</strong> ci<strong>da</strong><strong>de</strong>, como a Batalha <strong>de</strong> Arc<strong>os</strong> <strong>de</strong><br />
Val<strong>de</strong>vez, vistas e cenas rurais e ain<strong>da</strong> a<br />
«história d<strong>os</strong> transportes» a cores,<br />
excepcionalmente integrad<strong>os</strong> no espaço<br />
interior <strong>da</strong> Estação, dão conta <strong>da</strong>s reais<br />
capaci<strong>da</strong><strong>de</strong>s <strong>de</strong>corativas do pintor. Esta<br />
obra é realiza<strong>da</strong> na Fábrica <strong>de</strong> Sacavém,<br />
em 1915. Na mesma Fábrica, realizou <strong>os</strong><br />
<strong>painéis</strong> do Gran<strong>de</strong> Hotel do Buçaco em<br />
1907, <strong>da</strong> Casa do Alentejo em Lisboa (c.<br />
1918), Palácio Jácome Correia em Ponta<br />
Delga<strong>da</strong>, do Pavilhão d<strong>os</strong> Desport<strong>os</strong> <strong>de</strong><br />
Lisboa <strong>de</strong> 1922.<br />
Esta série <strong>de</strong> <strong>de</strong>corações em<br />
edifíci<strong>os</strong> <strong>de</strong> gran<strong>de</strong> interesse, correspon<strong>de</strong><br />
a<strong>os</strong> melhores moment<strong>os</strong> <strong>da</strong> obra <strong>de</strong> Colaço, nomea<strong>da</strong>mente na articulação com <strong>os</strong><br />
espaç<strong>os</strong> que a arquitectura lhe reserva, numa correcta <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> temas, escalas e<br />
element<strong>os</strong> <strong>de</strong> separação, como cercaduras e padronagens que no caso <strong>de</strong>ste pintor<br />
funcionam por vezes como «molduras» para a sua pintura. 71<br />
fig. 31 - Os Lusía<strong>da</strong>s, palácio do Buçaco. Jorge<br />
Colaço<br />
As estações <strong>de</strong> comboi<strong>os</strong> atribuí<strong>da</strong>s a Jorge Colaço representam uma tipologia<br />
<strong>de</strong>corativa a que já n<strong>os</strong> referim<strong>os</strong>. Trata-se <strong>de</strong> edifíci<strong>os</strong> «à portuguesa», que lembram<br />
casas, sendo profusamente <strong>de</strong>corad<strong>os</strong> com <strong>painéis</strong> recortad<strong>os</strong> e cercaduras barrocas ao<br />
g<strong>os</strong>to <strong>da</strong> época <strong>de</strong> D. João V, e que mais uma vez «<strong>os</strong>tentam por fora» lambris <strong>de</strong><br />
azulej<strong>os</strong> azuis e branc<strong>os</strong> que foram concebi<strong>da</strong>s para interiores. Se comparado com as<br />
<strong>de</strong>corações <strong>de</strong> outr<strong>os</strong> pintores <strong>de</strong> estações, o trabalho <strong>de</strong> Jorge Colaço parece claramente<br />
melhor tanto na construção rigor<strong>os</strong>amente académica <strong>da</strong>s paisagens e figuras, n<strong>os</strong><br />
71 PAMPLONA, Fernando <strong>de</strong> – Dicionário <strong>de</strong> Pintores e Escultores Portugueses ou que trabalharam em<br />
Portugal II. 2.ª Edição (actualiza<strong>da</strong>). Porto: Livraria Civilização Editora, 1987,Vol. II, pp. 55-55.<br />
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