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os painéis de azulejo da estação de s. bento - Repositório Aberto da ...

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N<strong>os</strong> an<strong>os</strong> 90, nota-se a presença <strong>de</strong> Colaço em to<strong>da</strong>s as exp<strong>os</strong>ições do Salão do<br />

Grémio Artístico e, p<strong>os</strong>teriormente, a sua participação activa na criação <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong><strong>de</strong><br />

Nacional <strong>de</strong> Belas-Artes em 1901, <strong>de</strong> que é presi<strong>de</strong>nte <strong>de</strong> 1906 a 1910.<br />

Distinguiu-se sobretudo no <strong>azulejo</strong>: <strong>de</strong>ve-se-lhe o renascimento <strong>de</strong>sta arte tão<br />

portuguesa, que levou a cabo graças às suas novas e arroja<strong>da</strong>s concepções. Sobretudo<br />

dign<strong>os</strong> <strong>de</strong> referência, por seu largo <strong>de</strong>corativismo, <strong>os</strong> <strong>painéis</strong> <strong>de</strong> azulej<strong>os</strong> azuis e branc<strong>os</strong><br />

do Palácio-Hotel do Buçaco, que recobrem as pare<strong>de</strong>s do vestíbulo e esca<strong>da</strong>ria principal<br />

interior, e representam <strong>os</strong> feit<strong>os</strong> d<strong>os</strong> Portugueses na África e na Índia e<br />

a batalha do Buçaco. Ain<strong>da</strong> a referir outr<strong>os</strong> <strong>painéis</strong> <strong>de</strong> azulej<strong>os</strong> <strong>da</strong> sua<br />

autoria: <strong>os</strong> <strong>da</strong> sala d<strong>os</strong> Pass<strong>os</strong> Perdid<strong>os</strong> <strong>da</strong> antiga Facul<strong>da</strong><strong>de</strong> <strong>de</strong><br />

Medicina <strong>de</strong> Lisboa; <strong>os</strong> do átrio do Paço <strong>da</strong> Bemp<strong>os</strong>ta, hoje Escola do<br />

Exército; <strong>os</strong> do claustro do Palácio <strong>da</strong> Justiça, em Coimbra. 69<br />

Foi consi<strong>de</strong>rado um renovador <strong>da</strong> azulejaria artística<br />

portuguesa, como aliás já tinha acontecido com Bor<strong>da</strong>lo Pinheiro,<br />

apesar <strong>da</strong> radical diferença <strong>da</strong>s obras correspon<strong>de</strong>ntes a temp<strong>os</strong><br />

relativamente próxim<strong>os</strong>. A azulejaria <strong>de</strong> Bor<strong>da</strong>lo, concebi<strong>da</strong> em finais<br />

<strong>de</strong> século XIX, <strong>de</strong>senha-se a partir <strong>de</strong> inspiração em padronagens<br />

quinhentistas, <strong>de</strong>senvolvendo <strong>de</strong>pois uma temática arte nova <strong>de</strong><br />

carácter muito pessoal <strong>de</strong>tectando-se também na azulejaria figurativa<br />

«azul-cobalto e branco» a sua verve irónica do <strong>de</strong>senhador (fig. 28). A<br />

azulejaria <strong>de</strong> Colaço situa-se numa corrente nacionalista em que a<br />

pintura <strong>de</strong> história (fig. 29), a representação <strong>de</strong> vistas e monument<strong>os</strong> e a<br />

vi<strong>da</strong> rural ou piscatória são emblemas do que se enten<strong>de</strong> por carácter <strong>da</strong><br />

Nação. 70<br />

A <strong>de</strong>fesa i<strong>de</strong>ológica do trabalho <strong>de</strong> Colaço é ilustra<strong>da</strong> com imagens que revelam<br />

aspect<strong>os</strong> que se pren<strong>de</strong>m com a articulação <strong>da</strong> azulejaria com a arquitectura.<br />

69 PAMPLONA, Fernando <strong>de</strong> - Dicionário <strong>de</strong> Pintores e Escultores, pp. 109-110.<br />

70 HISTÓRIA <strong>da</strong> Arte Portuguesa. Mem Martins: Círculo <strong>de</strong> Leitores, Vol. 3, 1995, pág. 416.<br />

fig. 30 - A rã lê,<br />

o grou fuma.<br />

Rafael Bor<strong>da</strong>lo<br />

Pinheiro, 1894.<br />

Tabacaria<br />

Mónaco,<br />

R<strong>os</strong>sio, Lisboa<br />

50

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