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os painéis de azulejo da estação de s. bento - Repositório Aberto da ...

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CAPÍTULO III<br />

JORGE COLAÇO: PERCURSO ARTÍSTICO E OBRAS<br />

Jorge Colaço nasceu (1868-1942) em Tânger, filho do 1.º barão <strong>de</strong> Colaço, vice-<br />

cônsul <strong>de</strong> Portugal em Marroc<strong>os</strong>. Cresceu na Legação portuguesa, on<strong>de</strong> a imaginação<br />

juvenil é alimenta<strong>da</strong> pelas ruínas <strong>de</strong> edifíci<strong>os</strong> portugueses, a contemplação d<strong>os</strong> camp<strong>os</strong><br />

<strong>de</strong> Alcácer Quibir, a activi<strong>da</strong><strong>de</strong> diplomática do<br />

pai. No entanto, é em Madrid e <strong>de</strong>pois em Paris<br />

que obtém uma cui<strong>da</strong>d<strong>os</strong>a formação académica,<br />

com Ferdinand Cormon, representante <strong>da</strong><br />

Escola <strong>de</strong> Paris, mestre <strong>de</strong> muit<strong>os</strong> bolseir<strong>os</strong><br />

portugueses <strong>da</strong> segun<strong>da</strong> geração naturalista,<br />

como Vel<strong>os</strong>o Salgado e outr<strong>os</strong>. 67<br />

Na pintura, tratou <strong>de</strong> preferência<br />

motiv<strong>os</strong> árabes, em que se especializara. Na 7.ª<br />

Exp<strong>os</strong>ição do Grémio Artístico, apresentou as<br />

telas «Filósofo árabe» e «España y sus<br />

cantares»; na 1.ª Exp<strong>os</strong>ição <strong>da</strong> Socie<strong>da</strong><strong>de</strong> Nacional <strong>de</strong> Belas-Artes (1901), as telas<br />

«Nóma<strong>da</strong>», «Nero» e «A uma esquina» (esta pertencente à Assistência a<strong>os</strong><br />

Tubercul<strong>os</strong><strong>os</strong>). Notável o seu quadro <strong>de</strong> batalha «N<strong>os</strong> Camp<strong>os</strong> <strong>de</strong> Arzila», carga <strong>de</strong><br />

cavalaria muçulmana interpreta<strong>da</strong> com energia e intenso colorido. No Museu Militar, na<br />

Sala Afonso Albuquerque, o painel «Conquista <strong>de</strong> Socotorá».<br />

Distinguiu-se também como caricaturista e <strong>de</strong>senhador humorístico <strong>de</strong> traço<br />

acerado e graça esfuziante: inesquecíveis as suas comp<strong>os</strong>ições satíricas nas páginas <strong>de</strong><br />

«O Talassa» e <strong>de</strong> alguns jornais diári<strong>os</strong> <strong>de</strong> Lisboa, em que não poupava <strong>os</strong> próceres d<strong>os</strong><br />

primeir<strong>os</strong> an<strong>os</strong> <strong>da</strong> República. Obteve a 1.ª me<strong>da</strong>lha <strong>de</strong> honra na Exp<strong>os</strong>ição Portuguesa<br />

no Rio <strong>de</strong> Janeiro, em 1908. 68<br />

67 PEREIRA, Paulo – História <strong>da</strong> Arte Portuguesa. Mem Martins: Círculo <strong>de</strong> Leitores, Vol. 9, 2008, pág.<br />

54.<br />

fig. 29 – Jorge Colaço<br />

68 PAMPLONA, Fernando <strong>de</strong> – Dicionário <strong>de</strong> Pintores e Escultores Portugueses ou que trabalharam em<br />

Portugal II. 2.ª Edição (actualiza<strong>da</strong>). Porto: Livraria Civilização Editora, 1987, Vol. II, pp. 109-110.<br />

49

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