ANTONIO ARALDO FERRAZ DAL POZZO* - Ministério Público - RS
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MEMORIAL: Mas houve cursos paralelos, mas com o mesmo fim, de<br />
fortalecimento da Instituição.<br />
ENTREVISTADO: Talvez o que tenha realmente acontecido na realidade –<br />
pois o Plínio não mente, ele é uma pessoa que fala o que é – foi o seguinte: a<br />
criação toda ficava por nossa conta e ela não encontrava resistência de quem<br />
estava assessorando, mais proximamente, o Plínio na redação final.<br />
MEMORIAL: Mas, de certa forma, isso é importante, porque nós tivemos o<br />
<strong>Ministério</strong> <strong>Público</strong> em pontos sensíveis. Eu ouso dizer, pelo meu<br />
desconhecimento da vivência, porque eu sou de 1988 no <strong>Ministério</strong> <strong>Público</strong>, é<br />
que o <strong>Ministério</strong> <strong>Público</strong> foi a única Instituição que trabalhou<br />
profissionalmente, penso que foi no <strong>Ministério</strong> <strong>Público</strong> não houve amadorismo.<br />
ENTREVISTADO: Sem dúvida, nós não “brincamos em serviço”, dessa vez<br />
nós fizemos “um negócio”...<br />
DR. RICARDO VAZ SEELIG: E também não foi uma coisa que surgiu ali,<br />
quer dizer, isso era um caminho já trilhado por todos aqueles que os<br />
antecederam, aqueles personagens que o senhor faz referência no início,<br />
quando falou do destino tecendo a vida.<br />
ENTREVISTADO: Isso é que acho importante: você olhar todo o movimento<br />
institucional como uma continuidade. Porque se não houvesse germinado a<br />
idéia da CAEMP, não tivéssemos feito o trabalho de aperfeiçoamento nos outros<br />
Estados, não teríamos uma linguagem universal no momento certo. Como é que<br />
eu poderia pedir para um colega do Pará conversar com um constituinte do<br />
Pará, se ele estava falando grego, e eu falando latim? Não havia jeito. Então<br />
precisávamos uniformizar a idéia institucional, vamos dizer, o quanto possível<br />
pelo menos, para que tudo fosse viável.<br />
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