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ANTONIO ARALDO FERRAZ DAL POZZO* - Ministério Público - RS

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Paulo, com a participação de 1.927 pessoas: sei o número exato porque era o<br />

Coordenador do Congresso.<br />

MEMORIAL: Isso em 1985, o Congresso de 85?<br />

ENTREVISTADO: Isso mesmo. Foi um Congresso fantástico, foi espetacular.<br />

Na época o Governador Montoro nos ajudou muito, com uma verba importante.<br />

Conseguimos movimentar o <strong>Ministério</strong> <strong>Público</strong> brasileiro.<br />

Nessa época já se falava abertamente na próxima Constituinte. Era um<br />

projeto que sabíamos inevitável para o Brasil. O passo seguinte nessa direção, e<br />

o mais importante, a meu ver, foi a reunião que fizemos em 1986 em Curitiba,<br />

aliás, durante os jogos da Copa do Mundo. E nesse momento, as grandes<br />

questões que realmente dividiam o <strong>Ministério</strong> <strong>Público</strong>, basicamente, eram duas:<br />

a primeira era atinente ao exercício da advocacia, pois vários <strong>Ministério</strong>s<br />

<strong>Público</strong>s Estaduais e o <strong>Ministério</strong> <strong>Público</strong> Federal conservavam o direito de<br />

exercer a advocacia. Promotores, Procuradores, todos advogavam. E nós<br />

defendíamos ardentemente a bandeira da não-advocacia, porque, por todos os<br />

títulos, ela, evidentemente, não se justificava. Hoje, olhando para trás, e faz tão<br />

pouco tempo, não podemos nem imaginar que se cogitava uma coisa tão<br />

absurda como essa. No entanto, era uma luta tremenda entre os que queriam<br />

conservar esse direito e os que, como nós, eram contra. A outra questão<br />

polêmica na época era a da escolha do Procurador-Geral. Esse também era um<br />

assunto complicado, porque enquanto uns já falavam em eleição, outros eram<br />

contra. Nós, particularmente, éramos contra a eleição pela classe . À época, São<br />

Paulo era contra. Ficamos reunidos durante mais de uma semana com a<br />

presença de representantes do <strong>Ministério</strong> <strong>Público</strong> do Brasil inteiro, não só dos<br />

Estaduais, mas também do <strong>Ministério</strong> <strong>Público</strong> Federal, do Trabalho, enfim,<br />

todos os seguimentos representados, e, depois de dez dias de grandes<br />

discussões, conseguimos forjar um documento chamado “Carta de Curitiba”<br />

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