16.04.2013 Views

ANTONIO ARALDO FERRAZ DAL POZZO* - Ministério Público - RS

ANTONIO ARALDO FERRAZ DAL POZZO* - Ministério Público - RS

ANTONIO ARALDO FERRAZ DAL POZZO* - Ministério Público - RS

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

DR. RICARDO VAZ SEELIG: Quais outras funções o <strong>Ministério</strong> <strong>Público</strong><br />

poderia exercer?<br />

ENTREVISTADO: Em primeiríssimo lugar, enfrentar a questão da<br />

criminalidade e da violência. Qual é a proposta do <strong>Ministério</strong> <strong>Público</strong> de<br />

combate à violência e à criminalidade?<br />

DR. RICARDO VAZ SEELIG: É que existe uma grande “grita” dentro do<br />

<strong>Ministério</strong> <strong>Público</strong>, apenas um parênteses, dizendo que com a Constituição de<br />

88, de repente, o <strong>Ministério</strong> <strong>Público</strong> esqueceu da sua missão, da primazia da<br />

sua missão, que era o combate à criminalidade. Avançou em outras áreas e<br />

esta, hoje, precisa ser retomada com muita força. Mas o controle externo da<br />

atividade policial, por exemplo, nós temos isso no Rio Grande do Sul, ela não<br />

seria, de certa forma, uma maneira de o <strong>Ministério</strong> <strong>Público</strong> ficar no controle<br />

dessa situação?<br />

ENTREVISTADO: Na questão da criminalidade e da violência não foi apenas<br />

o aparelho policial quem falhou. Os mecanismos sociais, culturais, econômicos<br />

e entidades como o <strong>Ministério</strong> <strong>Público</strong> e a Magistratura também falharam. O<br />

<strong>Ministério</strong> <strong>Público</strong>, em verdade, havia abdicado de lutar contra essas questões<br />

há muitos anos. O <strong>Ministério</strong> <strong>Público</strong> já tinha falhado na área criminal há<br />

muitos anos, porque sempre enfrentou a questão criminal de uma maneira<br />

extremamente burocrática. Nesse campo, ele sempre foi acionado, sempre<br />

reagiu, nunca agiu. O inquérito lhe vem às mãos por uma estímulo externo, o<br />

promotor sintetiza o caso e o remete para o juiz, sem qualquer compromisso<br />

com o resultado. Tanto isso é verdade, que o <strong>Ministério</strong> <strong>Público</strong> nunca se<br />

preocupou em fazer a coisa mais importante que tem no processo criminal, ou<br />

seja produzir prova. O mérito sempre foi dado para quem demonstra conhecer<br />

Direito Penal, faça uma brilhante denúncia, uma brilhante peça de razões ou<br />

32

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!