ANTONIO ARALDO FERRAZ DAL POZZO* - Ministério Público - RS
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obstaculização dessa proposta, uma coisa cara, eu acho que ao <strong>Ministério</strong><br />
<strong>Público</strong>, pelas circunstâncias que vêm desses processos eleitorais estaduais.<br />
ENTREVISTADO: A questão das eleições diretas do Procurador-Geral de<br />
Justiça pelos membros do <strong>Ministério</strong> <strong>Público</strong>, durante um bom tempo, dividiu<br />
as opiniões da classe. Que Estado implantou isso em primeiro lugar mesmo?<br />
Foi depois da Constituinte. Parece que foi o Rio de Janeiro. Bem, houve um<br />
Estado da Federação que implantou essa eleição direta, e aqui, em São Paulo,<br />
nós, do grupo político dominante, éramos contra. No entanto, a bandeira era<br />
muito forte e estava sendo empunhada pela oposição e seria vitoriosa. Então o<br />
grupo resolveu mudar de posição e apoiar a idéia. Contudo eu, pessoalmente,<br />
sou contra, nos termos em que tais eleições se realizam atualmente.<br />
Outra bandeira da nossa oposição era conhecida como “voto uninominal”.<br />
Sempre que o cargo é preenchido por eleição, os membros do <strong>Ministério</strong> <strong>Público</strong><br />
votam em tantos quantos são os cargos. Para o Conselho Superior, por<br />
exemplo, a classe vota em seis nomes; para Procurador-Geral, em três que irão<br />
compor a lista tríplice e assim por diante. Pois bem. A oposição queria que cada<br />
eleitor votasse em apenas um nome – voto uninominal – e não em todos – voto<br />
plurinominal. A oposição achava, que esse era o único meio de ganhar<br />
eleições... Mas, nesse ponto perderam. O voto era e continua plurinominal.<br />
Quero acrescentar que seria favorável ao voto pela classe para a escolha<br />
do Procurador-Geral caso este fosse nomeado pelo Colégio de Procuradores – o<br />
mais votado e para mandato de três anos, sem reeleição consecutiva ou não.<br />
Aliás, a reeleição é muito ruim e faz do segundo mandato um período sem<br />
inovações, sem entusiasmo.<br />
MEMORIAL: Fase sucessora?<br />
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