17.04.2013 Views

boletim tr/es 2010.241 - Justiça Federal

boletim tr/es 2010.241 - Justiça Federal

boletim tr/es 2010.241 - Justiça Federal

SHOW MORE
SHOW LESS

You also want an ePaper? Increase the reach of your titles

YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.

ural no período posterior à morte da mãe da recorrida. Todas as <strong>tr</strong>ês t<strong>es</strong>temunhas confirmaram que a recorrida <strong>es</strong>tava<br />

<strong>tr</strong>abalhando na roça na época do depoimento. A primeira t<strong>es</strong>temunha, mais <strong>es</strong>pecificamente, declarou que a recorrida<br />

continuou <strong>tr</strong>abalhando como meeira de José dos Santos, que é o subscritor do con<strong>tr</strong>ato de parceria agrícola.<br />

Recurso improvido. Condenação do recorrente em honorários advocatícios, arbi<strong>tr</strong>ados em dez por cento do valor da<br />

condenação.<br />

A C Ó R D Ã O<br />

Vistos, relatados e discutidos <strong>es</strong>t<strong>es</strong> autos, decide a Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais da Seção Judiciária<br />

do Espírito Santo negar provimento ao recurso.<br />

12 - 2006.50.51.001401-8/01 INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS (PROCDOR: Bruno Medeiros Bastos.)<br />

x ALVARO FERREIRA DE AMORIM (ADVOGADO: ANDRE MIRANDA VICOSA.).<br />

E M E N T A<br />

APOSENTADORIA POR IDADE. TRABALHADOR RURAL. SEGURADO ESPECIAL. FALTA DE PROVA. REGIME DE<br />

ECONOMIA FAMILIAR. TEMPO EQUIVALENTE À CARÊNCIA DA APOSENTADORIA. PERÍODO IMEDIATAMENTE<br />

ANTERIOR AO REQUERIMENTO DO BENEFÍCIO.<br />

O recorrente alegou genericamente não ter ficado comprovado exercício de atividade rural em regime de economia familiar<br />

no período imediatamente anterior ao requerimento do benefício.<br />

Segundo documentos, o recorrido adquiriu um pedaço de terras com 4,8 hectar<strong>es</strong> em 1977 situado em Córrego Socorro.<br />

Em 2001, adquiriu ou<strong>tr</strong>a gleba contígua com igual tamanho, tendo sido qualificado como agricultor na <strong>es</strong>critura pública.<br />

D<strong>es</strong>de 1977 o recorrido conserva a condição de proprietário rural.<br />

A prova t<strong>es</strong>temunhal, embora muito superficial, complementou o início de prova material. A única t<strong>es</strong>temunha ouvida em<br />

juízo declarou que o recorrido e os filhos dele tocam uma propriedade rural de dois alqueir<strong>es</strong> sem <strong>tr</strong>abalhador<strong>es</strong><br />

assalariados, apenas com “<strong>tr</strong>oca de dias”.<br />

A exploração da propriedade rural sem <strong>tr</strong>abalhador<strong>es</strong> assalariados e com colaboração dos filhos configura regime de<br />

economia familiar. O auxílio eventual de terceiros não d<strong>es</strong>natura o regime de economia familiar. Ademais, o tamanho do<br />

imóvel rural, inferior a um módulo fiscal, é incompatível com a pr<strong>es</strong>unção de con<strong>tr</strong>atação de <strong>tr</strong>abalhador<strong>es</strong> assalariados.<br />

A t<strong>es</strong>temunha não afirmou expr<strong>es</strong>samente que o recorrido tenha exercido atividade rural no período imediatamente anterior<br />

ao requerimento do benefício, uma vez que não foi indagada a r<strong>es</strong>peito d<strong>es</strong>se ponto. En<strong>tr</strong>etanto, considerando que o<br />

recorrido d<strong>es</strong>de 1977 conserva a propriedade de pequenos imóveis rurais contíguos e que não há nos autos nenhum indício<br />

mínimo de que ele algum dia tenha possuído fonte de renda alheia à atividade rural, o rigor na valoração da prova<br />

t<strong>es</strong>temunhal pode ser mitigado.<br />

Recurso improvido. Sem custas, nos termos do art. 4º, I, da Lei nº 9.289/96. Condenação do recorrente em honorários<br />

advocatícios, arbi<strong>tr</strong>ados em 10% do valor da condenação.<br />

A C Ó R D Ã O<br />

Vistos, relatados e discutidos <strong>es</strong>t<strong>es</strong> autos, acordam os membros da Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais da<br />

Seção Judiciária do Espírito Santo negar provimento ao recurso.<br />

13 - 2008.50.51.001445-3/01 INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS (PROCDOR: Luis Guilherme Nogueira<br />

Freire Carneiro.) x ARGENTINA FIORESE MINIGUITE (ADVOGADO: ADMILSON TEIXEIRA DA SILVA, EMILENE<br />

ROVETTA DA SILVA, ALAN ROVETTA DA SILVA.).<br />

E M E N T A<br />

PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA RURAL POR IDADE. INICIO DE PROVA MATERIAL SUFICIENTE. RENDA DE<br />

UM SALÁRIO MÍNIMO DECORRENTE DE PENSÃO POR MORTE. APLICAÇÃO ART. 11, § 9º DA LEI 8.213/91.<br />

A certidão de casamento, que identifica a profissão do marido, em 1951, como lavrador, constitui início razoável de prova<br />

material da atividade rurícola, conforme enuncia a Súmula nº 6 da Turma Nacional de Uniformização. O início de prova<br />

material é mera prova indiciária. Considerando o costume na época, o mero fato de o marido ser lavrador servia como fator<br />

indicativo de que a <strong>es</strong>posa recém-casada passava a exercer atividade rural.<br />

A certidão de casamento não foi o único documento apr<strong>es</strong>entado. A carteira de filiação ao sindicato de <strong>tr</strong>abalhador<strong>es</strong> rurais,<br />

emitida em 1971 em nome da recorrida (fl. 18); o cartão de inscrição da autora como dependente nos serviços de saúde<br />

pelo FUNRURAL, emitido em 1977 (fl. 19); a <strong>es</strong>critura de compra e venda de propriedade agrícola pelo cônjuge da autora,<br />

em 1968 (fls. 21/24); a certidão de óbito do cônjuge da autora, constando sua profissão de lavrador, em 1988 (fl. 26); os<br />

históricos <strong>es</strong>colar<strong>es</strong> dos filhos da autora onde consta a profissão de lavrador<strong>es</strong> dos pais (fl.31/34). Tais documentos<br />

concorrem para completar a prova indiciária.<br />

O início de prova material foi complementado satisfatoriamente pelo depoimento das duas t<strong>es</strong>temunhas, que confirmaram<br />

que a recorrida sempre <strong>tr</strong>abalhou na roça e, ap<strong>es</strong>ar da avançada idade, ainda <strong>tr</strong>abalha. O fato de a recorrida receber<br />

pensão por morte no valor de um salário mínimo não d<strong>es</strong>caracteriza a condição de segurada <strong>es</strong>pecial, conforme previsão<br />

do art. 11, § 9º, I da Lei 8.213/91. Ademais, a atividade rural não deixou de ser o principal meio de subsistência da recorrida,<br />

conforme depoimento das t<strong>es</strong>temunhas.<br />

Recurso improvido. Sem custas, nos termos do art. 4º, I, da Lei nº 9.289/96. Condenação do recorrente em honorários<br />

advocatícios, fixados em dez por cento do valor da condenação.<br />

A C Ó R D Ã O<br />

Vistos, relatados e discutidos <strong>es</strong>t<strong>es</strong> autos, decide a Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais da Seção Judiciária<br />

do Espírito Santo negar provimento ao recurso.

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!