boletim tr/es 2010.241 - Justiça Federal
boletim tr/es 2010.241 - Justiça Federal
boletim tr/es 2010.241 - Justiça Federal
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
pensão por morte.<br />
6. O cálculo da revisão do benefício originário, en<strong>tr</strong>etanto, deve servir apenas como ins<strong>tr</strong>umento para calcular-se<br />
corretamente a RMI do benefício derivado, deixando de gerar qualquer efeito pa<strong>tr</strong>imonial em relação ao primeiro benefício<br />
(diferenças devidas em relação ao benefício originário).<br />
7. A revisão do benefício de pensão por morte deve ser calculada com base no valor da aposentadoria que o segurado<br />
instituidor receberia na data de seu falecimento (art. 75 da Lei 8213 / 91), considerando-se a revisão do benefício originário.<br />
8. Se a sentença condenatória se baseou em cálculos que incluem as diferenças devidas relativas ao benefício originário<br />
(fls. 42/47), pelo óbvio, o pagamento d<strong>es</strong>tas parcelas é indevido, porque já se operou a decadência do direito de rever o ato<br />
de conc<strong>es</strong>são do benefício originário. O titular do benefício derivado somente tem direito às diferenças relativas ao seu<br />
próprio benefício, ainda que tenham por fundamento a alteração da RMI do benefício originário; <strong>es</strong>ta alteração, contudo,<br />
far-se-á somente para apurar diferenças no benefício derivado.<br />
9. Recurso conhecido e parcialmente provido, para reconhecer a decadência do direito de rever o ato de conc<strong>es</strong>são do<br />
benefício originário datado de 01.11.1985 em ação proposta em 24.07.2008, para assim excluir da condenação todas as<br />
diferenças relativas ao benefício originário. É devida, en<strong>tr</strong>etanto, a revisão do benefício derivado da parte autora, cuja renda<br />
mensal inicial deverá ser fixada com base no valor revisado da aposentadoria que o segurado instituidor receberia na data<br />
de seu falecimento. Sem condenação em custas e honorários (art. 55 da Lei 9.099/95).<br />
A C Ó R D Ã O<br />
Vistos, relatados e discutidos <strong>es</strong>t<strong>es</strong> autos, em que são part<strong>es</strong> as acima indicadas, decide a Turma Recursal do Juizado<br />
Especial <strong>Federal</strong> da Seção Judiciária do Espírito Santo, por unanimidade, DAR PARCIAL PROVIMENTO AO RECURSO<br />
DO INSS na forma da ementa constante dos autos, que fica fazendo parte integrante do pr<strong>es</strong>ente julgado.<br />
67 - 2009.50.52.000813-2/01 VALDOMIRO FELICIANO DE ANDRADE (ADVOGADO: MARCELO ANTONIO DE SOUZA.) x<br />
INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS (PROCDOR: ANDRE COUTINHO DA FONSECA FERNANDES<br />
GOMES.).<br />
EMENTA<br />
PREVIDENCIÁRIO. REVISÃO. RMI. DECADÊNCIA CONFIGURADA. RECURSO INTERPOSTO PELA PARTE AUTORA<br />
NÃO PROVIDO.<br />
1. Recurso inominado interposto pela parte autora con<strong>tr</strong>a sentença que reconheceu a decadência de direito à revisão de<br />
renda mensal inicial de benefício previdenciário, nos termos do art. 103 da Lei 8213 / 91.<br />
2. A Turma Regional de Uniformização, em s<strong>es</strong>são realizada em 29.06.2009, apreciou a matéria em exame e editou o<br />
enunciado nº 8 de sua súmula, nos seguint<strong>es</strong> termos: Em 01.08.2007 operou-se a decadência das açõ<strong>es</strong> que visem à<br />
revisão de ato conc<strong>es</strong>sório de benefício previdenciário instituído anteriormente a 28.06.1997, data de edição da MP nº<br />
1.523-9, que deu nova redação ao art. 103 da Lei nº 8.213/91. Precedente: proc<strong>es</strong>so nº 2008.50.50.000808-0.<br />
3. No caso dos autos, a parte autora busca a revisão de RMI de benefício concedido em 08.05.1995, mas só veio a ajuizar<br />
a pr<strong>es</strong>ente ação em 20.08.2009, configurando-se a decadência.<br />
4. Recurso não provido. Condenação da parte recorrente ao pagamento de honorários advocatícios fixados em R$ 50,00,<br />
com fundamento no art. 20 §4º – CPC c / c art. 55 da Lei 9099 / 95, observando-se o disposto no art. 12 da Lei 1060 / 50.<br />
Sem custas (art. 4º II – Lei 9289 / 96).<br />
ACÓRDÃO<br />
Vistos, relatados e discutidos <strong>es</strong>t<strong>es</strong> autos, em que são part<strong>es</strong> as acima indicadas, decide a Turma Recursal do Juizado<br />
Especial <strong>Federal</strong> da Seção Judiciária do Espírito Santo NEGAR PROVIMENTO ao recurso, nos termos da ementa que<br />
integra o pr<strong>es</strong>ente julgado.<br />
FICAM INTIMADAS AS PARTES E SEUS ADVOGADOS DOS ATOS ORDINATÓRIOS/INFORMAÇÕES DA SECRETARIA<br />
NOS AUTOS ABAIXO RELACIONADOS<br />
91003 - MANDADO DE SEGURANÇA/ATO JUIZADO ESPECIAL<br />
68 - 2005.50.52.000439-0/02 INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS (PROCDOR: ALCINA MARIA COSTA<br />
NOGUEIRA LOPES.) x LUIZ MARIO DE MELLO (ADVOGADO: ADENILSON VIANA NERY.) x JUIZ FEDERAL DA VARA<br />
FEDERAL DE SÃO MATEUS.<br />
EMENTA<br />
MANDADO DE SEGURANÇA – DECISÃO JUDICIAL PROFERIDA POR JUIZ FEDERAL DA VARA FEDERAL DE SÃO<br />
MATEUS/ES – INEXISTÊNCIA DE RENÚNCIA EXPRESSA AO VALOR EXCEDENTE AO TETO DO JUIZADO NA DATA<br />
DO AJUIZAMENTO DA AÇÃO – IMPOSSIBILIDADE DE RECONHECIMENTO DE RENÚNCIA TÁCITA – SÚMULA 17 DA<br />
TNU – INADMITIDA AÇÃO RESCISÓRIA NO ÂMBITO DE JUIZADO ESPECIAL – NÃO CABIMENTO DE MANDADO DE<br />
SEGURANÇA – INDEFERIMENTO DA INICIAL – ART. 10 DA LEI 12.016/2009.<br />
Trata-se de mandado de segurança impe<strong>tr</strong>ado pelo INSS con<strong>tr</strong>a ato jurisdicional praticado pelo Juiz <strong>Federal</strong> da Vara<br />
<strong>Federal</strong> de São Mateus/ES, que determinou a expedição de precatório sem limitar as parcelas vencidas até a propositura da<br />
ação ao patamar de 60 salários mínimos, diante da ausência de renúncia expr<strong>es</strong>sa da parte, e con<strong>tr</strong>a Luiz Mario de Melo,<br />
parte requerida no proc<strong>es</strong>so originário de aposentadoria por tempo de con<strong>tr</strong>ibuição.<br />
Nos termos do art.10 da Lei 12.016, poderá a inicial do mandado de segurança ser indeferida quando não for caso de<br />
impe<strong>tr</strong>ação de mandado de segurança ou lhe faltar algum dos requisitos legais ou quando decorrido o prazo legal para a