17.04.2013 Views

boletim tr/es 2010.241 - Justiça Federal

boletim tr/es 2010.241 - Justiça Federal

boletim tr/es 2010.241 - Justiça Federal

SHOW MORE
SHOW LESS

Create successful ePaper yourself

Turn your PDF publications into a flip-book with our unique Google optimized e-Paper software.

EMILENE ROVETTA DA SILVA, ALAN ROVETTA DA SILVA.) x INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS<br />

(PROCDOR: OLÍVIA BRAZ VIEIRA DE MELO.).<br />

E M E N T A<br />

PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. REABILITAÇÃO PROFISSIONAL IMPROVÁVEL. DATA DE<br />

INÍCIO DO BENEFÍCIO. SENTENÇA REFORMADA.<br />

A sentença condenou o INSS a conceder à recorrente auxílio-doença. A recorrente interpôs recurso com o objetivo de obter<br />

aposentadoria por invalidez e de modificar a data de início do benefício.<br />

O perito do juízo diagnosticou que a recorrente é portadora de <strong>es</strong>pondilodiscoar<strong>tr</strong>ose cervical, torácica e lombar (qu<strong>es</strong>ito 1,<br />

fl. 78). Concluiu que a doença induz incapacidade definitiva para o d<strong>es</strong>empenho de atividad<strong>es</strong> que exijam sobrecarga física<br />

acentuada ou moderada na coluna vertebral (qu<strong>es</strong>ito 4, fl. 79). At<strong>es</strong>tou, porém, a possibilidade de reabilitação para<br />

atividad<strong>es</strong> lev<strong>es</strong>, como atendente, recepcionista, fiscal de loja ou telefonista (qu<strong>es</strong>ito 4, fl. 78). A d<strong>es</strong>peito do laudo pericial, a<br />

recorrente alegou impossibilidade de reabilitação profissional tendo em conta suas condiçõ<strong>es</strong> p<strong>es</strong>soais: idade avançada (53<br />

anos), baixo grau de ins<strong>tr</strong>ução e experiência profissional limitada a <strong>tr</strong>abalhos braçais.<br />

A recorrente já <strong>tr</strong>abalhou como balconista (fl. 22). Possui, portanto, experiência profissional em atividade que, em t<strong>es</strong>e, não<br />

demanda <strong>es</strong>forço físico. O grau de ins<strong>tr</strong>ução de quem exerce a profissão de balconista não difere do de quem <strong>tr</strong>abalha<br />

como atendente ou recepcionista.<br />

O pagamento do auxílio-doença foi c<strong>es</strong>sado em 10/11/2008. A sentença condenou o INSS a pagar os proventos do<br />

auxílio-doença a partir de 12/02/2009. A recorrente pediu a reforma da sentença para re<strong>tr</strong>oagir os efeitos financeiros a<br />

10/11/2008. A sentença levou em conta que o laudo pericial somente at<strong>es</strong>tou incapacidade para o <strong>tr</strong>abalho a partir de<br />

12/02/2009. Ao assim proceder, o perito apenas considerou que o laudo de exame complementar realizado em 12/2/2009<br />

confirmava origem da incapacidade naquela data (qu<strong>es</strong>ito 8, fl. 78). Ex<strong>tr</strong>ai-se dos autos, porém, prova documental suficiente<br />

para suprir a lacuna do laudo pericial e caracterizar a incapacidade laborativa em momento anterior. O at<strong>es</strong>tado médico,<br />

subscrito por ortopedista em 11/11/2008, certifica que a recorrente padecia da m<strong>es</strong>ma l<strong>es</strong>ão diagnosticada pelo perito do<br />

juízo (fl. 26). O at<strong>es</strong>tado subscrito por médico particular é aceitável porque, embora não <strong>es</strong>teja compromissado com o juízo,<br />

revela conclusão compatível com aquela a que chegou o perito. O laudo pericial judicial não d<strong>es</strong>cartou a possibilidade de<br />

que a l<strong>es</strong>ão incapacitante já <strong>es</strong>tiv<strong>es</strong>se consolidada no dia do exame pericial: r<strong>es</strong><strong>tr</strong>ingiu-se a não emitir parecer conclusivo<br />

por falta de subs<strong>tr</strong>ato documental sobre o <strong>es</strong>tado pretérito da recorrente. A lacuna do laudo pericial é suprida pelo at<strong>es</strong>tado<br />

médico, na medida em que detectou, em instante anterior, a m<strong>es</strong>ma l<strong>es</strong>ão que o perito do juízo diagnosticou<br />

posteriormente.<br />

Recurso parcialmente provido para reformar a sentença, condenando o INSS a pagar os proventos de auxílio-doença d<strong>es</strong>de<br />

a data de c<strong>es</strong>sação do pagamento adminis<strong>tr</strong>ativo. Ante a sucumbência recíproca, compensam-se os honorários<br />

advocatícios (art. 21 do CPC). Condeno a ré a r<strong>es</strong>tituir metade das custas adiantadas pelos autor<strong>es</strong>.<br />

A C Ó R D Ã O<br />

Vistos, relatados e discutidos <strong>es</strong>t<strong>es</strong> autos, acordam os membros da Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais da<br />

Seção Judiciária do Espírito Santo dar parcial provimento ao recurso.<br />

4 - 2007.50.51.002876-9/01 MARIA JOSE DA SILVA OLIVEIRA (ADVOGADO: ANTÔNIO JUSTINO COSTA.) x INSTITUTO<br />

NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS (PROCDOR: OLÍVIA BRAZ VIEIRA DE MELO.).<br />

E M E N T A<br />

PREVIDENCIÁRIO. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. INCAPACIDADE LABORATIVA ANTERIOR AO REINGRESSO<br />

AO RGPS. SENTENÇA MANTIDA.<br />

A recorrente recebeu auxílio-doença a partir de 1º/7/2003. Em 10/8/2005, o benefício foi convertido em aposentadoria por<br />

invalidez. Em 13/11/2005, porém, o INSS suspendeu o pagamento da aposentadoria, sob o fundamento de que a<br />

incapacidade laborativa era anterior ao reingr<strong>es</strong>so no RGPS, ocorrido em fevereiro/2003. A sentença, sob o m<strong>es</strong>mo<br />

fundamento utilizado pelo INSS, julgou improcedente o pedido de r<strong>es</strong>tabelecimento da aposentadoria por invalidez.<br />

A recorrente arguiu que, embora a doença que originou a inaptidão laboral fosse anterior ao reingr<strong>es</strong>so ao RGPS, a<br />

incapacidade laborativa decorreu de superveniente agravamento da patologia. Assim, quando voltou a recolher<br />

con<strong>tr</strong>ibuiçõ<strong>es</strong> previdenciárias, ainda não <strong>es</strong>taria incapacitada para o exercício da atividade habitual. A afirmação, porém,<br />

não encon<strong>tr</strong>a r<strong>es</strong>paldo no laudo pericial. O perito do juízo expr<strong>es</strong>samente afirmou que a incapacidade laborativa já <strong>es</strong>tava<br />

consolidada d<strong>es</strong>de o ano de 2000, quando a recorrente sofreu acidente vascular cerebral. E não há nos autos prova de que<br />

a recorrente tenha exercido atividade laborativa após o derrame. Ademais, na def<strong>es</strong>a realizada no proc<strong>es</strong>so adminis<strong>tr</strong>ativo,<br />

a própria recorrente alegou que já <strong>es</strong>tava definitivamente incapacitada em 2002 (fl. 161).<br />

O art. 59, parágrafo único, da Lei nº 8.213/91 proíbe a conc<strong>es</strong>são de auxílio-doença ao segurado que já era portador da<br />

inaptidão laboral ao filiar-se ao RGPS.<br />

Recurso improvido. A recorrente, embora sucumbente, <strong>es</strong>tá isenta de custas e honorários advocatícios, por ser beneficiária<br />

da assistência judiciária gratuita.<br />

A C Ó R D Ã O<br />

Vistos, relatados e discutidos <strong>es</strong>t<strong>es</strong> autos, acordam os membros da Turma Recursal dos Juizados Especiais Federais da<br />

Seção Judiciária do Espírito Santo negar provimento ao recurso.<br />

5 - 2007.50.51.002499-5/01 INSTITUTO NACIONAL DO SEGURO SOCIAL - INSS (PROCDOR: Vinícius de Lacerda<br />

Aleodim Campos.) x JOSE ALVES LOPES (ADVOGADO: SEBASTIAO SILVA PACHECO.).<br />

E M E N T A

Hooray! Your file is uploaded and ready to be published.

Saved successfully!

Ooh no, something went wrong!