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Cultura, Esporte e Lazer - Assembleia Legislativa do Estado de São ...

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<strong>de</strong>bates - a socieda<strong>de</strong> se manifesta – <strong>Cultura</strong>, <strong>Esporte</strong> e <strong>Lazer</strong><br />

itinerantes da própria Assembléia <strong>Legislativa</strong>, quer dizer, se não dá para a turma <strong>de</strong><br />

Penápolis e <strong>de</strong> Araçatuba às vezes vir aqui, quem sabe as comissões permanentes<br />

aqui da Assembléia <strong>Legislativa</strong> não po<strong>de</strong>m fazer eventos, como já há alguns casos<br />

assim, no interior <strong>do</strong> Esta<strong>do</strong> ou no litoral, mas fora da Capital. A comissão presidida<br />

pelo Deputa<strong>do</strong> Nival<strong>do</strong> Santana já teve diversas audiências fora da Capital. É<br />

importante trabalhar com a questão da periferia, inverten<strong>do</strong> as priorida<strong>de</strong>s e<br />

garantin<strong>do</strong> aos mora<strong>do</strong>res e estudantes <strong>de</strong> periferia um maior acesso aos <strong>de</strong>bates,<br />

às riquezas da cultura e da arte. Muito obriga<strong>do</strong>, agra<strong>de</strong>ço <strong>de</strong> público e espero que<br />

consigamos <strong>de</strong>pois divulgar os resulta<strong>do</strong>s <strong>de</strong>ste Seminário. Obriga<strong>do</strong>. (Palmas.)<br />

O SR. JUAREZ TADEU - Serei breve também. Gostaria <strong>de</strong> me ater a<br />

duas coisas: a questão da consciência e da organização. Nos anos 70 o Censo não<br />

registrava cor, porque a ditadura militar achou que seria melhor não saber o quanto<br />

<strong>de</strong> negros havia no Brasil, não temos então da<strong>do</strong>s <strong>do</strong>s anos 70. Nos anos 80 <strong>de</strong>ixou<br />

livre, livre classificação, então foram mais <strong>de</strong> 100 <strong>de</strong>nominações diferentes <strong>de</strong><br />

cores, como cor-<strong>de</strong>-rosa mais escuro, pretinho ao entar<strong>de</strong>cer, etc. Nos anos 90<br />

houve um avanço. Optou-se trabalhar com quatro <strong>de</strong>nominações: o branco, o preto,<br />

o par<strong>do</strong> e o amarelo; assim trabalhavam os recensea<strong>do</strong>res. Por exemplo, quem é<br />

branco? Eu sou um recensea<strong>do</strong>r, pergunto a vocês: quem é branco levanta a mão;<br />

quem é par<strong>do</strong> levanta a mão - par<strong>do</strong> seria o antigo mulato; quem é moreno levanta<br />

a mão; quem é preto levanta a mão. Val<strong>de</strong>mar, por favor, vem para cá. Vou<br />

perguntar novamente: Quem é branco, que é preto, quem é par<strong>do</strong>, quem é amarelo.<br />

Agora vamos trabalhar com outra idéia. Quem é branco? Quem é não branco?<br />

Visualmente dá para ver que a <strong>de</strong>finição <strong>de</strong> i<strong>de</strong>ntida<strong>de</strong> é uma questão <strong>de</strong> po<strong>de</strong>r. Se<br />

to<strong>do</strong>s os não brancos da socieda<strong>de</strong> brasileira se consi<strong>de</strong>rassem negros, obviamente<br />

essa socieda<strong>de</strong> seria muito diferente, porque os negros teriam condições <strong>de</strong> exercer<br />

o seu po<strong>de</strong>r político. Então a questão da consciência não é um problema individual,<br />

mas um problema político. Ainda mais porque no Brasil a idéia <strong>do</strong> esta<strong>do</strong> é não<br />

permitir que a população não branca seja maior. Essa é a questão central, mesmo<br />

Pensan<strong>do</strong> <strong>São</strong> Paulo FÓRUM SÃO PAULO - SÉCULO 21<br />

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