Cultura, Esporte e Lazer - Assembleia Legislativa do Estado de São ...
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<strong>de</strong>bates - a socieda<strong>de</strong> se manifesta – <strong>Cultura</strong>, <strong>Esporte</strong> e <strong>Lazer</strong><br />
religião, procedência nacional, etnia. O tipo legal está sen<strong>do</strong> amplia<strong>do</strong> para<br />
alcançar outras formas discriminatórias que, infelizmente, ainda estão entre nós.<br />
Nos <strong>de</strong>bates po<strong>de</strong>remos discutir melhor estas questões, mas os<br />
senhores precisam também ouvir os meus dignos companheiros <strong>de</strong> Mesa.. Muito<br />
obrigada.<br />
O SR. NIVALDO SANTANA - Muito obriga<strong>do</strong> à professora Eunice<br />
Pru<strong>de</strong>nte. Passamos a palavra agora ao próximo palestrante, o advoga<strong>do</strong> Celso<br />
Fontana.<br />
O SR. CELSO FONTANA - Bom dia a to<strong>do</strong>s. Vocês estão diante <strong>de</strong><br />
um aluno <strong>do</strong>s professores que estão aqui. Até 1984/85 quan<strong>do</strong> entrei para o<br />
Movimento Negro, convida<strong>do</strong> pelo Kabinguele Munanga, que <strong>de</strong>ve estar chegan<strong>do</strong><br />
ou virá na programação da parte da tar<strong>de</strong>, eu falava as mesmas “abobrinhas” que<br />
os brancos costumam falar sobre a questão racial. Observamos os mesmos<br />
equívocos, falta <strong>de</strong> leitura, falta <strong>de</strong> <strong>de</strong>bates com os ativistas <strong>do</strong> Movimento Negro e<br />
nos <strong>de</strong>bates feitos nas escolas.<br />
Na pessoa da ex-Deputada Teo<strong>do</strong>sina Ribeiro, quero cumprimentar<br />
to<strong>do</strong>s os parlamentares negros eleitos neste país, porque sei <strong>do</strong> esforço que tiveram<br />
<strong>de</strong> fazer para se elegerem. Há muitos anos, acompanho especialmente eleições <strong>de</strong><br />
candidaturas negras. Percebo como é muito mais difícil a eleição <strong>de</strong> candidatos<br />
negros e, pricipalmente, <strong>de</strong> mulheres negras pela adversida<strong>de</strong>s, pelos obstáculos<br />
que enfrentam. Se a eleição <strong>de</strong> homens negros já é difícil, das mulheres negras é<br />
dificílimo.<br />
Na campanha <strong>de</strong> 1996 tivemos a oportunida<strong>de</strong> <strong>de</strong> acompanhar 49<br />
candidaturas negras, espalhadas por 9 Esta<strong>do</strong>s <strong>do</strong> Brasil. Eram 8 mulheres negras.<br />
Em geral, as mulheres negras só conseguem se registrar como candidatas perto<br />
<strong>do</strong>s 50 anos <strong>de</strong> ida<strong>de</strong>. Das 8 que apoiamos só uma foi eleita. Ela não tinha filhos e<br />
era um pouco mais jovem. A sua eleição foi feita com muita dificulda<strong>de</strong>. Certa vez<br />
Pensan<strong>do</strong> <strong>São</strong> Paulo FÓRUM SÃO PAULO - SÉCULO 21<br />
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