Cultura, Esporte e Lazer - Assembleia Legislativa do Estado de São ...
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<strong>de</strong>bates - a socieda<strong>de</strong> se manifesta – <strong>Cultura</strong>, <strong>Esporte</strong> e <strong>Lazer</strong><br />
em que estará falan<strong>do</strong> em nome da Secretaria <strong>do</strong> Emprego e <strong>do</strong> Trabalho, para<br />
dizer <strong>do</strong> ponto <strong>de</strong> vista da Secretaria, como ele encara os problemas aqui<br />
levanta<strong>do</strong>s nesse <strong>de</strong>bate e quais são as preocupações que estão sen<strong>do</strong><br />
encaminhadas. Então, agra<strong>de</strong>cemos, também, a presença <strong>do</strong> senhor Francisco<br />
Marsília, que nesse ato também representa o Secretário <strong>de</strong> Empregos e Relações<br />
<strong>do</strong> Trabalho, o Dr. Valter Barelli.<br />
O SR. FRANCISCO MARSÍLIA -Muito boa tar<strong>de</strong> a to<strong>do</strong>s. Gostaria <strong>de</strong>,<br />
inicialmente, saudar o <strong>de</strong>puta<strong>do</strong> Nival<strong>do</strong> Santana, em nome <strong>do</strong> qual saú<strong>do</strong> os<br />
<strong>de</strong>mais <strong>de</strong>puta<strong>do</strong>s presentes, os componentes da Mesa, Vicentinho, Bel, Nei<strong>de</strong>,<br />
verea<strong>do</strong>r Vital Nolasco, meu professor Clóvis Moura, com quem tive o prazer <strong>de</strong><br />
trabalhar junto no jornal Movimento. Para que possa iniciar a minha fala, sou<br />
obriga<strong>do</strong> a dizer que , tanto Vicentinho como Nei<strong>de</strong>, praticamente esgotaram o<br />
assunto. Eles teceram consi<strong>de</strong>rações, principalmente o Vicentinho, em relação à<br />
necessida<strong>de</strong> da conscientização <strong>de</strong> to<strong>do</strong>s para esse perverso quadro <strong>de</strong> preconceito<br />
e <strong>de</strong> discriminação existente nesse país. E a Nei<strong>de</strong> colocou alguns da<strong>do</strong>s<br />
sumamente relevantes e que comprovam que a discriminação da população negra<br />
não é só no trabalho. É na escola, no lazer. E vemos, até com tristeza, que até nas<br />
crianças vemos a discriminação entre a criança branca e a criança negra. Isso, <strong>de</strong><br />
uma certa forma, não po<strong>de</strong>ria acontecer num país que abriga a maior população<br />
negra <strong>de</strong> to<strong>do</strong> o mun<strong>do</strong>. Fora a África, evi<strong>de</strong>ntemente. Não há cabimento algum o<br />
país da nossa dimensão, que possui cerca <strong>de</strong> 45 a 50% da sua população negra. A<br />
nossa PEA, a População Economicamente Ativa, atinge a 45% <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res.<br />
Isso significa um contigente <strong>de</strong> 30 milhões <strong>de</strong> trabalha<strong>do</strong>res representantes da<br />
população negra. E nós vemos, com absoluta perplexida<strong>de</strong>, consternação e tristeza<br />
que o salário médio entre o branco e o negro, pura e simplesmente, tem uma<br />
diferença <strong>de</strong> 5 para 2. O salário médio da população branca é <strong>de</strong> cerca <strong>de</strong> 5 salários<br />
mínimos. Enquanto que o da população negra, mal atinge os 2 salários mínimos.<br />
Esses da<strong>do</strong>s são inquestionáveis. Infelizmente há necessida<strong>de</strong>, como disse o<br />
Pensan<strong>do</strong> <strong>São</strong> Paulo FÓRUM SÃO PAULO - SÉCULO 21<br />
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