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Cultura, Esporte e Lazer - Assembleia Legislativa do Estado de São ...

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<strong>de</strong>bates - a socieda<strong>de</strong> se manifesta – <strong>Cultura</strong>, <strong>Esporte</strong> e <strong>Lazer</strong><br />

negros. Agora, por que isso? Porque os trabalha<strong>do</strong>res negros precisam aumentar a<br />

sua renda. Portanto, eles ven<strong>de</strong>m muito mais as suas férias, aqueles <strong>de</strong>z dias que<br />

temos o direito <strong>de</strong> ven<strong>de</strong>r, <strong>do</strong> que os trabalha<strong>do</strong>res brancos. E eles ficam muito mais<br />

tempo trabalhan<strong>do</strong> mesmo porque precisam ampliar a sua renda. As mulheres<br />

negras são em número muito maior, chefes <strong>de</strong> família. Já o auxílio moradia também<br />

é mais usa<strong>do</strong> intensamente pela população negra. E o que significa isso? Que o<br />

rendimento da população negra é muito mais inferior que o rendimento da<br />

população branca, portanto precisa buscar muito mais esse recurso <strong>de</strong> ajuda a<br />

pagarem o auxílio moradia <strong>do</strong> que a população branca. Em contrapartida, o vale<br />

refeição, que é um benefício <strong>do</strong>s trabalha<strong>do</strong>res, que é uma conquista <strong>do</strong>s<br />

trabalha<strong>do</strong>res, os trabalha<strong>do</strong>res brancos utilizam muito mais o vale refeição. Isso<br />

também tem um significa<strong>do</strong>. Significa que o trabalha<strong>do</strong>r negro, que a trabalha<strong>do</strong>ra<br />

negra, não estão, em gran<strong>de</strong> número, nesse merca<strong>do</strong> formal <strong>de</strong> trabalho que tem<br />

direito a esses benefícios. Então, são leituras que precisamos fazer para po<strong>de</strong>rmos<br />

ter um quadro geral <strong>de</strong> como o trabalha<strong>do</strong>r negro e a trabalha<strong>do</strong>ra negra, sejam<br />

adultos ou crianças, estão inseri<strong>do</strong>s no merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> trabalho. Então, foram esses<br />

da<strong>do</strong>s que o Inspir levantou. E precisamos fazer algo. Essa situação que perdura<br />

<strong>de</strong>s<strong>de</strong> a escravidão, e recomen<strong>do</strong> aos senhores que leiam uma matéria que saiu na<br />

Folha <strong>de</strong> <strong>São</strong> Paulo, sába<strong>do</strong> retrasa<strong>do</strong>, bastante interessante, na parte <strong>de</strong> Opinião,<br />

digo bastante interessante porque não foi ninguém <strong>de</strong> esquerda que a escreveu. Foi<br />

um liberal assumi<strong>do</strong>, foi o Marcos Maciel, vice-presi<strong>de</strong>nte da República. E, aí,<br />

vemos como que esse pessoal está capitalizan<strong>do</strong> essa questão da diferença <strong>do</strong><br />

merca<strong>do</strong> <strong>de</strong> trabalho para po<strong>de</strong>r fazer política. Mas, política <strong>de</strong> discurso. E<br />

precisamos fazer a política da prática. E isso, com essa audiência pública, tenho<br />

certeza que sairemos hoje <strong>de</strong>ssa audiência com propostas, aliás, trouxe inúmeras,<br />

<strong>de</strong> propostas concretas que serão encaminhadas. Então, o senhor Marcos Maciel<br />

diz assim: “É chegada a hora <strong>de</strong> resgatarmos esse terrível débito que não se<br />

escreve apenas no passivo da discriminação ética. Mas, sobretu<strong>do</strong>, da quimérica<br />

igualda<strong>de</strong> <strong>de</strong> oportunida<strong>de</strong>s, virtualmente assegura por nossas constituições, aos<br />

Pensan<strong>do</strong> <strong>São</strong> Paulo FÓRUM SÃO PAULO - SÉCULO 21<br />

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