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Prevalência de resistência a antimicrobianos em isolados ...

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<strong>Prevalência</strong> <strong>de</strong> <strong>resistência</strong> a <strong>antimicrobianos</strong> <strong>em</strong> <strong>isolados</strong> ambientais <strong>de</strong> Escherichia coli e enterococos<br />

Relativamente à tetraciclina observou-se uma alta taxa <strong>de</strong> frequência <strong>de</strong> <strong>resistência</strong><br />

(61,3%). O resultado obtido quanto a este agente antimicrobiano corrobora estudos <strong>de</strong><br />

realizados por Henriques e colaboradores (2006), Moore e colaboradores (2011) e<br />

Koczura e colaboradores (2012).Este antimicrobiano foi utilizado extensivamente na<br />

aquacultura como promotor <strong>de</strong> crescimento e agente profilático <strong>em</strong> concentrações sub-<br />

inibitórias (Barros et al., 2011).<br />

As estirpes <strong>de</strong> E. coli apresentaram um fenómeno <strong>de</strong> <strong>resistência</strong> à associação <strong>de</strong><br />

trimetoprim/sulfametoxazol <strong>de</strong> 46,8% (29/62). A alta frequência <strong>de</strong> <strong>resistência</strong><br />

observada a esta associação corrobora os resultados apontados por estudos <strong>de</strong> Henriques<br />

e colaboradores (2006), Servais and Passerat (2009) e Koczura e colaboradores (2012).<br />

Em estudos <strong>de</strong> Madureira e colaboradores (2010) foram <strong>de</strong>tetadas concentrações <strong>de</strong>ste<br />

agente antimicrobiano nas águas do Rio Douro. Estes compostos não são <strong>de</strong>gradados<br />

eficazmente pelos tratamentos aplicados nas ETARs e provêm essencialmente <strong>de</strong><br />

efluentes urbanos e hospitalares que <strong>de</strong>saguam diretamente ou indiretamente nas águas<br />

do rio. Os resultados <strong>de</strong>scritos po<strong>de</strong>m influenciar a <strong>resistência</strong> antimicrobiana a este<br />

agente. Adicionalmente as ETARs promov<strong>em</strong> e facilitam a transferência <strong>de</strong> <strong>resistência</strong><br />

entre bactérias (Baquero et al., 2008; Rahube and Yost, 2010).<br />

Relativamente às fluoroquinolonas observou-se que 35,5% (22/62) das estirpes<br />

manifestaram um fenómeno <strong>de</strong> <strong>resistência</strong> à ciprofloxacina. Este valor percentual<br />

apresentou-se inferior do que os resultados <strong>de</strong>finidos <strong>em</strong> amostras ambientais <strong>de</strong> E. coli<br />

por Koczura e colaboradores (2012).<br />

Na classe dos aminoglicosí<strong>de</strong>os verificou-se um fenómeno <strong>de</strong> <strong>resistência</strong> <strong>em</strong> 40,3%<br />

(25/62) das estirpes à estreptomicina. Estudos <strong>de</strong> Florea (2011) e Figueira e<br />

colaboradores (2011) evi<strong>de</strong>nciaram um valor percentual inferior <strong>de</strong> <strong>resistência</strong> a este<br />

antimicrobiano. Aos agentes <strong>antimicrobianos</strong> tobramicina e gentamicina observaram-se<br />

baixas frequências <strong>de</strong> <strong>resistência</strong>, 4,84% (3/62) e 9,67% (6/62), respetivamente. Em<br />

estudos realizados por Moore e colaboradores (2010) foram <strong>de</strong>scritas taxas superiores<br />

<strong>de</strong> <strong>resistência</strong> a estes compostos. Contudo, os resultados do presente estudo corroboram<br />

estudos <strong>de</strong>senvolvidos por Henriques e colaboradores <strong>em</strong> 2006 (8,0% <strong>de</strong> <strong>resistência</strong> à<br />

tobramicina e 10% <strong>de</strong> <strong>resistência</strong> à gentamicina). Ao agente antimicrobiano kanamicina<br />

constatou-se uma frequência <strong>de</strong> <strong>resistência</strong> <strong>de</strong> 11,3% (7/62). Este valor percentual<br />

apresentou-se inferior ao <strong>de</strong>scrito por Koczura e colaboradores (2012). Relativamente à<br />

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