Prevalência de resistência a antimicrobianos em isolados ...
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<strong>Prevalência</strong> <strong>de</strong> <strong>resistência</strong> a <strong>antimicrobianos</strong> <strong>em</strong> <strong>isolados</strong> ambientais <strong>de</strong> Escherichia coli e enterococos<br />
Manifestam suscetibilida<strong>de</strong> aos inibidores <strong>de</strong> beta-lactamases (ácido clavulânico,<br />
tazobactamo ou sulbactamo) (Poirel et al., 2012) e não <strong>de</strong>monstram ativida<strong>de</strong> hidrolítica<br />
às cefamicinas (cefoxitina e cefotetan) e aos carbapen<strong>em</strong>os (Bradford, 2001).<br />
Os carbapen<strong>em</strong>os são os <strong>antimicrobianos</strong> <strong>de</strong> eleição no tratamento <strong>de</strong> infeções causadas<br />
por estirpes Gram-negativo produtoras <strong>de</strong> ESBLs, o que subsequent<strong>em</strong>ente origina<br />
pressões seletivas e seleção <strong>de</strong> carbapen<strong>em</strong>ases (Bush, 2010). Estirpes produtoras <strong>de</strong><br />
várias combinações <strong>de</strong> beta-lactamases como ESBLs e carbapen<strong>em</strong>ases foram <strong>de</strong>scritas<br />
<strong>em</strong> vários países (Pournaras et al., 2010; Bush and Fisher, 2011).<br />
Os genes bla são frequent<strong>em</strong>ente codificados e transferidos <strong>em</strong> plasmí<strong>de</strong>os e integrões<br />
conjuntamente com <strong>de</strong>terminantes <strong>de</strong> <strong>resistência</strong> a outras classes <strong>de</strong> <strong>antimicrobianos</strong><br />
como aminoglicosí<strong>de</strong>os, fluoroquinolonas, tetraciclinas, sulfonamidas e trimetoprim<br />
(Bush and Fisher, 2011; Poirel et al., 2012) promovendo fenómenos <strong>de</strong> multir<strong>resistência</strong><br />
aos <strong>antimicrobianos</strong> mais importantes na antibioterapia humana.<br />
O aumento crescente e i<strong>de</strong>ntificação <strong>de</strong> variantes <strong>de</strong> beta-lactamases levou ao seu<br />
agrupamento <strong>em</strong> famílias <strong>de</strong> acordo com a sua orig<strong>em</strong>, sequência molecular e ativida<strong>de</strong><br />
hidrolítica. Os tipos <strong>de</strong> ESBLs mais numerosos e diss<strong>em</strong>inados são o TEM, SHV, CTX-<br />
M e OXA (Bush and Fisher, 2011).<br />
1.3.3.1. TEM-like ESBLs<br />
As ESBLs do tipo TEM são muito numerosas e <strong>de</strong>rivam das enzimas TEM-1 e TEM-2<br />
(Poirel et al., 2012). A TEM-1 foi <strong>de</strong>scrita na Grécia <strong>em</strong> 1960 numa estirpe <strong>de</strong> E. coli<br />
isolada a partir <strong>de</strong> uma h<strong>em</strong>ocultura (Bradford., 2001). A sua <strong>de</strong>signação foi atribuída<br />
<strong>de</strong> acordo com o nome do paciente (T<strong>em</strong>oneira) (Jacoby, 2006). A TEM-3 foi<br />
i<strong>de</strong>ntificada <strong>em</strong> 1989 e foi a primeira <strong>de</strong>ste tipo a manifestar fenótipo <strong>de</strong> ESBL e até<br />
então já estão <strong>de</strong>scritas mais <strong>de</strong> 150 variantes <strong>de</strong>ste tipo (Bush and Fisher, 2011).<br />
Estas enzimas estão inseridas na Classe A <strong>de</strong> Ambler e no grupo 2b <strong>de</strong> acordo com a<br />
classificação funcional <strong>de</strong> Bush and Jacoby (2010). O fenótipo ESBL advém <strong>de</strong><br />
mutações pontuais nos genes bla TEM com consequente expansão do seu espetro <strong>de</strong><br />
ativida<strong>de</strong> sobre as cefalosporinas <strong>de</strong> 3ª geração (Bradford, 2001), com ativida<strong>de</strong><br />
hidrolítica acrescida à ceftazidima <strong>em</strong> relação à cefotaxima (Poirel et al., 2012).<br />
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