Prevalência de resistência a antimicrobianos em isolados ...
Prevalência de resistência a antimicrobianos em isolados ...
Prevalência de resistência a antimicrobianos em isolados ...
You also want an ePaper? Increase the reach of your titles
YUMPU automatically turns print PDFs into web optimized ePapers that Google loves.
<strong>Prevalência</strong> <strong>de</strong> <strong>resistência</strong> a <strong>antimicrobianos</strong> <strong>em</strong> <strong>isolados</strong> ambientais <strong>de</strong> Escherichia coli e enterococos<br />
et al., 1988; Pace and Yang, 2006). A codificação <strong>em</strong> plasmí<strong>de</strong>o potencializou a sua<br />
rápida diss<strong>em</strong>inação, sendo associados um ano mais tar<strong>de</strong> a infeções nos Estados<br />
Unidos da América (Pace and Yang, 2006).<br />
1.1.4.1. Mecanismo <strong>de</strong> ação<br />
Os glicopéptidos têm a sua ação centrada no processo <strong>de</strong> biossíntese do peptidoglicano.<br />
Distintamente aos beta-lactâmicos, estes <strong>antimicrobianos</strong> atuam na interface da fase<br />
citoplasmática e m<strong>em</strong>branar. Após a formação das unida<strong>de</strong>s UDP-NAG e UDP-NAM-<br />
pentapeptí<strong>de</strong>o na fase citoplasmática, estas últimas são prontamente translocadas para o<br />
transportador lipídico, não havendo a sua acumulação citoplasmática. Posteriormente<br />
dá-se o seu transporte através da m<strong>em</strong>brana citoplasmática (Ferreira et al., 2010).<br />
A ativida<strong>de</strong> antimicrobiana <strong>de</strong>sta classe baseia-se na ligação química ao terminal<br />
dipeptí<strong>de</strong>o da ca<strong>de</strong>ia peptídica (D-Ala- D-Ala) do transportador lipí<strong>de</strong>o II. Esta é uma<br />
molécula altamente conservada, consistindo numa cabeça hidrofilica e ca<strong>de</strong>ia <strong>de</strong><br />
bactoprenol ligada através <strong>de</strong> uma ponte pirofosfato ao complexo NAG-NAM-<br />
pentapeptí<strong>de</strong>o (Kruijff et al., 2008).<br />
1.1.5. Outros <strong>antimicrobianos</strong><br />
Como referido anteriormente, para além da inibição da síntese da pare<strong>de</strong> celular<br />
bacteriana exist<strong>em</strong> outros mecanismos pelos quais os <strong>antimicrobianos</strong> atuam (Quadro<br />
III).<br />
1.1.5.1. Inibição da síntese proteica<br />
Estes <strong>antimicrobianos</strong> atuam ao nível do processo <strong>de</strong> tradução do RNA mensageiro<br />
(mRNA), compreendida <strong>em</strong> três fases: iniciação, elongação e terminação. Estes<br />
processos requer<strong>em</strong> a interação específica do mRNA, ribossomas, RNA <strong>de</strong> transferência<br />
e fatores proteicos (Vi<strong>de</strong>ira, 2001). Os ribossomas são el<strong>em</strong>entos essenciais da síntese<br />
proteica compostos por duas subunida<strong>de</strong>s, que constitu<strong>em</strong> alvos importantes. Os<br />
15