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1 - Faculdade de Direito da UNL

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Veja scrbm este sbjeeto um bello artigo ti pala~ra=Poa'res=se<br />

Dicrienruiire <strong>de</strong> [E~onomle Politaque.<br />

Jose Ferreira Barges, no seu Dic~ionrm~o hridico-Comwerekl,<br />

diz que as Feiras hzem que se reunào productos, se<br />

facilitem as trocas, se di3 a competencia, e se tente e alcance<br />

um maror eansumo e circulaçáo. E <strong>de</strong>pois acrescenta:-sN'um<br />

estado <strong>de</strong> commercio iaterno muito adrantado, em paiz <strong>de</strong> boas<br />

estra<strong>da</strong>s, e ~ [~aes, pó<strong>de</strong> a sua utili<strong>da</strong><strong>de</strong> 6er <strong>de</strong> não gran<strong>de</strong> consi<strong>de</strong>ração;<br />

porh n'um palz atrazado, cujas povoações são ootras<br />

taritas ilhas nâa communicavers, as feiras são um meio <strong>de</strong> ins-<br />

Iigar a aberlura <strong>de</strong> estra<strong>da</strong>s e csrnmunrca@es, <strong>de</strong> introduzir a<br />

ciuilisa~ao, e <strong>de</strong> ~gualar as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s e riqueras dos pov0s.n-<br />

- Daestrtna adma9~istratita:<br />

Entre a6s, compete As Carnara6 <strong>de</strong>liberar\ sobre o esiabelecimento,<br />

suppressão ou mu<strong>da</strong>nça <strong>da</strong>s feiras; ficando esta <strong>de</strong>liberação<br />

sujerta 6 app~ovaç30 <strong>da</strong>s Juntas Geraes <strong>de</strong> Districto.<br />

A nossa hgislafão neste particular parece-me muito me-<br />

Iho~ do que a Franeez8.-E com effeito iquem po<strong>de</strong>r$ conhecer<br />

melhor du que as Camaras Muoicipaes os interesses dos<br />

Concelhos?-Mas as Camaras po<strong>de</strong>m <strong>de</strong>ixar-se influenciar 1-<br />

las pre~ençôee <strong>da</strong> locali<strong>da</strong><strong>de</strong>.. . Assim he; mas para isso IA esth<br />

a Justa Geral <strong>de</strong> Districto, a qual, representando o interesse<br />

geral do Districto, e apreerando bem o jogo d~s conveniencias<br />

dos diversos Concelhos, nega ou approva as <strong>de</strong>liberações especiaes<br />

<strong>de</strong> uma Municipali<strong>da</strong><strong>de</strong>, segundo elIas se oppõem ou não<br />

aos rnteresses do maior oumero.<br />

Em França predorn~na unia <strong>de</strong>masia <strong>de</strong> centraliçapão, e no<br />

caso presente a Legrslaçâa be esta:-nE'etablissement <strong>de</strong>s foires<br />

est autons8 par un acte du guuvernement in&& au BuEleiita<br />

<strong>de</strong>s Lozs.-Une d6cision rnrnist&nelle, rendue s u I'auis ~ du<br />

eonsei\d'État, statue sur Y~tablissement <strong>de</strong>s ma~c.chés.il-<br />

Quando traiei <strong>de</strong>ste assumpto, concebi a esperança <strong>de</strong> que<br />

o famoso Decreto Imperial <strong>de</strong> 25 <strong>de</strong> Março <strong>de</strong> 1852, com justa<br />

raz8o <strong>de</strong>nominado <strong>de</strong> <strong>de</strong>sceatralistzç60, tivesse tambem localirado<br />

(para assim dizer) ebte assumpto; mas R ~ succe<strong>de</strong>u O assim,<br />

pors que no T~bleau B hão se encontrão senão estas disposlções<br />

sobre o assumpto <strong>de</strong> que trato:- R 1.0, Aulorisatian d'ourrir<br />

<strong>de</strong>s marchés, sauf pour les bestra~x.-7.~ Examen et approbatiou<br />

<strong>de</strong> rkglemeots <strong>de</strong> police commerciale pour les foires,<br />

marchgf, ports et autres lieux publics. #-Ora, he claro que<br />

n%o apparece aqui uma s6 i<strong>de</strong>ia emquanto atl estabelecimento<br />

clB feiras, mas s6mente <strong>de</strong> mercados, e em quanto ás feiras,<br />

apenas se <strong>de</strong>sceatraltsa a <strong>Facul<strong>da</strong><strong>de</strong></strong> <strong>de</strong> examinar e approvar os<br />

regulamentos <strong>de</strong> policia commercial.<br />

O estabelecimento, suppresslo, ou mu<strong>da</strong>nça <strong>de</strong> feiras são<br />

objectos <strong>da</strong> mera jurisdic@o voluntaria, e exclusivamente proprios<br />

<strong>da</strong> administração activa, faltaiido-lhes todos os caracteres<br />

que assrgnálào e distinguem os assumptos contenerosos.<br />

Ern tal materia trata-se apenas <strong>da</strong> apmidçh <strong>da</strong>s conveniencias<br />

e interesses dos povoi em <strong>de</strong>termina<strong>da</strong>s locali<strong>da</strong><strong>de</strong>s,conveniencias<br />

e interesses, que po<strong>de</strong>rá0 estar em <strong>de</strong>sharrnonia<br />

com os <strong>de</strong> outros poros, mas j&rnd~s com o dtreilo, iiropriamente<br />

dito<br />

As Camaras, coma ~el)resaiihntes <strong>de</strong> í~teresse municipal, e as<br />

Juntas Geraes, como representanks do interesse districtal, t&m<br />

neste caso a missão <strong>de</strong> estu<strong>da</strong>r as necessi<strong>da</strong><strong>de</strong>s dos admiaistra-<br />

- dos, <strong>de</strong> p n e tb pkap@r~z~mdhes<br />

~<br />

to<strong>da</strong>s as uaatqens, e <strong>de</strong><br />

atten<strong>de</strong>r ás suas convenrencias, prererindo sempre o maior bem<br />

do maior ~omero.-O <strong>de</strong>sempenho <strong>de</strong>ste <strong>de</strong>ver requer aetivi<strong>da</strong><strong>de</strong>,<br />

dilrgencra, solliritu<strong>de</strong>; <strong>de</strong>man<strong>da</strong> estudo e in<strong>da</strong>ga~õei consclenGrosaS;<br />

exige imparciali<strong>da</strong><strong>de</strong>, e porventura um certo espirito<br />

<strong>de</strong> canciliaç'io; -mas nâo se refere n um Iiligro; 1130 he<br />

um~~*.lgamento, não he uma <strong>de</strong>cisào sobre direitos preextstentes,<br />

resultantes <strong>de</strong> contractos, ou <strong>de</strong> disposições expressa9 <strong>da</strong><br />

Lei.-Aquellas CorporaçBes, <strong>de</strong>libèrando sobre taes assumptos,<br />

po<strong>de</strong>vão umas vezes merecer o conceito <strong>de</strong> discretas ou <strong>de</strong> <strong>de</strong>svela<strong>da</strong>s<br />

e sollicitas pelo hem dos pmos, e em outras oceasiôes<br />

ser taxa<strong>da</strong>s <strong>de</strong> irreflecti<strong>da</strong>s, <strong>de</strong> parciaes, ou <strong>de</strong> negligentes.. .<br />

mas jhmais <strong>de</strong> jwtas eu <strong>de</strong> injustas, na accep@o rigorosa <strong>de</strong>stes<br />

vocabulos.

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