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1 - Faculdade de Direito da UNL

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aumero <strong>de</strong> estacas, ou finalmente, por urna especie <strong>de</strong> sebe <strong>de</strong><br />

mato seeco. 0 terreno <strong>de</strong>sta bardos, qrl~ se vão to<strong>da</strong>s as noiy<br />

ies mu<strong>da</strong>do, f ~ por a tal modo adubado, que pó<strong>de</strong> <strong>da</strong>r emdois<br />

annos suceessivos exccllentes searas <strong>de</strong> trigo, uma Fez que se<br />

tenha trdo a previ<strong>de</strong>ncia <strong>de</strong> enterrar GS estrumes immediata-<br />

mente que Forem <strong>de</strong>pcstos no siilo Esta pratica i! <strong>de</strong> tanta uti-<br />

li<strong>da</strong><strong>de</strong>, que iienhum lavrador dilrgente <strong>de</strong>ve <strong>de</strong>ixar <strong>de</strong> abraça-la<br />

na certeza <strong>de</strong> que as ourinas e as mais escremento5 <strong>da</strong> o~elha<br />

são o melhor adubo com que po<strong>de</strong>m enriquecer os seus ter-<br />

reno&.<br />

O gmrno <strong>de</strong>ste g ah no pasto <strong>de</strong>ve ser dirigido pelas se-<br />

guinles regras:-De~em evitar-se com o maior em<strong>da</strong>do as pas-<br />

tagens hurni<strong>da</strong>s, principalmente durante o inverno e primavera,<br />

na certeza <strong>de</strong> que são prejudicialissimas á sau<strong>de</strong> <strong>da</strong>s ovelhas, e<br />

a causa mais frequente <strong>de</strong> epiaoolias ou enfermi<strong>da</strong><strong>de</strong>s epi<strong>de</strong>mi-<br />

cas.-Dele haver uma transicão gradual <strong>da</strong> aIimentaçâo sêcca<br />

para a ter<strong>de</strong>. -Quando as pasi agens se acharem cobertas pelas<br />

g~<strong>da</strong>s e pelos orvalhos, 6 preciso fugir <strong>de</strong> apascentar ahr as<br />

oueihas, para evitar o meteorismo e outras doenças; e então,<br />

ou <strong>de</strong>vem conservar-se na alpeodra<strong>da</strong> até que o sol tenhadissipado<br />

queHas humi<strong>da</strong><strong>de</strong>s, ou <strong>de</strong>vem trazer-se nas pastagens<br />

sma3 e altas, pa- serem <strong>de</strong>pois conduzidos para as baixas k<br />

cresceoca do dia.-As aguas que w offerecem ás ovelhas <strong>de</strong>-<br />

Tem ser puras, quanto seja possivel.-Coniem traze-las á sombra<br />

durante os maiores ardores do sol.-Os rebanbos <strong>de</strong>vem<br />

ser guiados <strong>de</strong> vagar, prmcipalmente quando subirem eoilinas,<br />

e quando <strong>de</strong>sarem por terrenos escabrosos -Nos terrenos <strong>de</strong>stinados<br />

as pastagens <strong>da</strong>s ovelhas 6 conveniente que haja altas<br />

e baixas pastagens; as primeiras para o inverno e pr1mavei.a;<br />

as segun<strong>da</strong>s para o outomno e verso. Kso sè <strong>de</strong>iem percorrer<br />

com 6s rebâohos gran<strong>de</strong>s extensões <strong>de</strong> terreno, para não enxovalhar<br />

e <strong>de</strong>struir as pastagens; antes 6 necessario que o gado<br />

se limite diariamente aquella porçao <strong>de</strong> terreno que lhe po<strong>de</strong>r<br />

fkn~cer uma suEcienb alimentaç&.-O uso <strong>de</strong> limitar estes<br />

terrenos por meio <strong>de</strong> mncellas moíey, & muito economico e<br />

digno <strong>de</strong> ser geralmente adoptado.-E preciso ter sempre empaaeira<strong>da</strong>s<br />

algumas forragens para alimentar o gado no curral,<br />

guanl for ind~spensavel recolh+lo ahi para o preservar<br />

<strong>de</strong> rigores do tempo.-Como o sal B miiito convenie~te á<br />

san<strong>de</strong> h carneiros, importa que <strong>de</strong> oito a oito dias lh'o offem<br />

w no carral; tem-se calculado qae a ddze <strong>da</strong> uma onça,<br />

semanalmedte sufficiente para ca<strong>da</strong> uma cabeça <strong>de</strong> gado. --<br />

E mister que o curral an<strong>de</strong> sempre limpo e acerddo. a existen-<br />

cia <strong>de</strong> bancos <strong>de</strong> ma<strong>de</strong>ira levantados um ou dois pbs acima do<br />

chão, e dispostos no sentido longitud~nal do mesmo curral, é<br />

um meto excellente para pile as ovelhas se não amontoemumas<br />

sobre as ouiras, para que repouzem, e se enchuguem h sua von-<br />

ta<strong>de</strong>, e para que a 1à se conserve limpa.<br />

Os creadores <strong>de</strong> gado ovelhum <strong>de</strong>vem procurar a todo o<br />

custo bons pastores, bons cães e bons curr<strong>de</strong>s. Os pastoresd*<br />

vpm possulr as conhecimenlos e a esperiencia propria <strong>de</strong> seu<br />

officio; <strong>de</strong>vem ser diligentes, probos, fieis e zelosos <strong>da</strong> prospe-<br />

r<strong>da</strong><strong>de</strong> do rebanho. 0s cães <strong>de</strong> gado <strong>de</strong>vem ser ~ateIIigenta,<br />

sollieitos na <strong>de</strong>feza e guar<strong>da</strong> do rebanho; <strong>de</strong>vem obe<strong>de</strong>cer h<br />

voz do pastor, não tratar mal as ovelhas; e se acaso reunirem<br />

to<strong>da</strong>s estas quali<strong>da</strong><strong>de</strong>s, szo <strong>de</strong> um valor inestimavel. Oscurraes<br />

<strong>de</strong>vem ter as condições que ~a indicamos; <strong>de</strong>vem ser espaçosos,<br />

seccos, aqados, quentes <strong>de</strong> rnrerno, e frescos <strong>de</strong> verão, e quando<br />

a sua construcção satisfizer aestes requisitos, poucas cousas po-<br />

<strong>de</strong>rão concorrer tão po<strong>de</strong>rosamonte para a boa conservafio e<br />

sau<strong>de</strong> dos rebanhos.<br />

Pedimos perdão aos Leitores por entrarmos nestas miu<strong>de</strong>-<br />

zas. O alvo a que atirâmos he o <strong>de</strong> promover o bam <strong>da</strong> nwco.<br />

portugiteza Veio a proposito fallar <strong>da</strong> cria@o dos gados, e jul-<br />

ghmos do nosso <strong>de</strong>ver iecor<strong>da</strong>r boas doutrluas, e incitar ao pro-<br />

gresso nac praticas uteis e salutares.<br />

Recommendâmos a leitura <strong>de</strong> um excelIente trabalho <strong>de</strong><br />

M. Léoncce <strong>de</strong> Lacergne, intitulado=l'économie rurab en An-<br />

g1eterre.-<br />

-O nosso Domingos Nunes <strong>de</strong> Oliveira, no Discu~so Juri<strong>da</strong>eo,<br />

tratando <strong>de</strong> ~ndicar o modo <strong>de</strong> regular o aproveitamento<br />

~ Qpasto% S com relação quaIr<strong>da</strong><strong>de</strong> e numero dos @dos, diz<br />

que os pastos <strong>de</strong>vem ser negados, ou ao menos <strong>da</strong>dos em se-<br />

parado: i.", aos gados morbosos, e que po<strong>de</strong>m levar o conta-<br />

gio ,aos outros, <strong>de</strong>vendo separar-se as ovelhas que tiverem be-<br />

xrga,' e multo pais havendo indicio <strong>de</strong> epizootia, e mesmo ma-<br />

tar logo as que cairem em raiva ou hydrophobia; 2.', aosque<br />

são nocivos aos mesmos pastos, taes são os pQrcos, que comas<br />

fossas revoltâo as terras, com ruina dos pastos e <strong>da</strong> agricultura,<br />

<strong>de</strong>sfazendo 0s tallados e regueiras, e em fim corrompendo as

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